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Cédulas do Município de Portalegre (1917-1925)

Cédula é a designação que se consagrou para o dinheiro de pequeno valor, geralmente considerado como dinheiro de trocos, quando feito em papel, por oposição à designação de nota reservada para o mesmo dinheiro de papel, mas de valores elevados. Certos autores designam por cédula os valores inferiores a 1$00. Outros, o papel moeda emitido pela Casa da Moeda e ainda municípios e particulares, deixando para o Banco de Portugal as notas.
Cédula: Portalegre $01 Centavo (Camara Municipal)
Cédula: Portalegre $02 Centavos (Camara Municipal)
Em termos técnicos de finanças, distingue-se a cédula da nota, por a cédula ser convertível em metais pobres e a nota ser convertível em prata ou ouro.
Cédula: Portalegre $01 Centavo (Camara Municipal) Serie 4ª
Cédula: Portalegre $02 Centavos (Camara Municipal) Serie 4ª
O dinheiro de trocos é de intensa circulação, pelo que, quando executado em papel, se deteriora com grande rapidez, sendo por isso solução a que só se recorre excepcionalmente quando, por qualquer razão, não se pode dispor de metal. Este é um dos principais argumentos que leva à designação de dinheiro de necessidade ou dinheiro de emergência.
Cédula: Portalegre $04 Centavos (Camara Municipal) Serie 4ª
Cédula: Portalegre $05 Centavos (Camara Municipal) Serie 4ª
Cédula: Portalegre $10 Centavos (Camara Municipal) Serie 4ª
Em Portugal, houve dois períodos principais de emissão de cédulas, bem diferentes um do outro pelas suas características. O primeiro durante a crise financeira de 1891, o segundo, no fim da Primeira Grande Guerra, entre 1917 e 1925, período em que houve grande inflação que levou a que o dinheiro em metal se valorizasse e desaparecesse, porque as pessoas o guardavam.

Família Botânica "Asteraceae"

É a família botânica com o maior número de espécies entre as Magnoliophytas, é também conhecida por Compositae ou compostas. São aproximadamente 50 000 espécies divididas em 900 géneros. Muitas espécies são usadas no cultivo devido ao seu valor biológico, algumas também são consideradas plantas desgranhadoras.

Margarida roxa
A espécie Bellis perennis, também designada pelos termos populares (pouco precisos) de margarida, margarita, margarida-vulgar, margarida-menor, margarida-comum, margarida-inglesa, bonina, bela-margarida, sempre-viva, margaridinha, mãe-de-família, margarida-rasteira, rapazinho ou rapazinhos, é uma planta vivaz da família das Asteraceae. 

Margarida branca
Classificação Cientifica
Reino: Plantae
Ordem: Asterales
Família: Asteraceae
Gênero: Bellis

Malmequer
Chrysanthemum segetum é uma espécie de planta com flor pertencente à família Asteraceae. Os seus nomes comuns são erva-mijona, malmequer, malmequer-branco, malmequer-bravo, pampilho, pampilho-das-searas ou pingilhos.

Classificação Cientifica
Reino: Plantae
Ordem: Asterales
Família: Asteraceae
Género: Chrysanthemum
Espécie: C. segetum



Cédulas do Município de Ponte de Lima (1917-1925)

PAPEL MOEDA em Portugal - 1ª Republica
Portugal nos seus quase 900 anos de existência sempre viveu em constantes instabilidades económicas. A moeda sempre existiu e sempre serviu de moeda de troca nas transacções e negócios. Poderia ter sido um Pais estável, pois desde o inicio da sua existência que promoveu a expansão territorial interna e posteriomente com a expansão internacional através dos descobrimentos tornando-se num forte País comerciante.

Cédula: Ponte de Lima $03 Centavos (Associação Comercial)
Neste período áureo poder-se-á dizer que ou investiu ou gastou e nunca juntou. As riquezas trazidas de toda a parte do mundo serviram os interesses da época e sempre utilizada para a má gestão, pessoal, do País e suas colónias. Já no séc. XIX, o Brasil foi a nossa bolsa financeira com os Torna-Viagens que permitiram trazer muita riqueza e com eles investir num Portugal carenciado e pobre.
Cédula: Ponte de Lima $05 Centavos (Associação Comercial) Serie A
Com a entrada do séc. XX e com a Primeira Republica, a instabilidade politica é permanente, e a Grande-Guerra complementou-a e juntou-se à desordem social, económica e financeira. Com a implantação do novo regime, surgiram alterações monetárias, isto é, instituiu-se uma nova unidade monetária e modificaram-se os títulos das moedas, o seu peso e a liga, sendo tudo de forma a evitar-se qualquer alteração do seu valor real.
Cédula: Ponte de Lima $05 Centavos (Associação Comercial)
Em 22 de maio de 1911, através de Decreto-Lei, foi adoptada como unidade de cunhagem monetária, o escudo (divisível em 100 centavos), moeda de ouro equivalente ao antigo décimo de coroa, com o valor de 1000 réis, e que só apareceu como ensaio. Do mesmo modo, existiram moedas de 5 escudos, de ouro, de 1920, que não chegaram a entrar em circulação.
Cédula: Ponte de Lima $10 Centavos (Associação Comercial) Serie A
Nos últimos anos da Primeira Republica, a situação económica era tão desesperada e tão má, que o poder de aquisição do escudo (1000 réis) começou a degenerar e a moeda metálica, cujo valor intrínseco ultrapassava o nominal, desapareceu de circulação. Na década de 20, com esta crise monetária, o País sentia a necessidade de dinheiro corrente e de baixo valor, indispensável a pequenas transacções, que não havia. A elevada inflação fez com que a moeda se desvalorizasse de tal forma que o "metal de uma moeda era mais valioso do que o seu valor de rosto".
Cédula: Ponte de Lima $10 Centavos (Associação Comercial)
A necessidade da pequena moeda de troca, a partir de 1914, o governo autorizou a Casa da Moeda a emitir cédulas que se destinavam a substituir as moedas de cinco, dez e vinte centavos, verificando que esta medida não era suficiente acabando por permitir a autorização da emissão desse papel por parte das câmaras municipais dentro da área dos respectivos concelhos, generalizando-se com a emissão por parte de outras entidades.
Cédula: Ponte de Lima $01 Centavo (Pêrola Limarense)
Em 1923, a inflação era de 1.720 %, o País com uma dívida milionária e ainda dívidas de guerra por pagar, o escudo valia tão pouco que efectivamente compensava guardar as moedas pelo valor metálico que tinham.
Cédula: Ponte de Lima $04 Centavos (Francisco Matos)
Surgiu como pratica generalizada, pela sua necessidade, e fora do âmbito da Casa da Moeda, o recurso por parte de muitas câmaras municipais, Misericórdias, entidades publicas e até por entidades privadas, à emissão de notas e títulos com valor monetário, servindo de uso interno nesses concelhos, por forma a evitar a utilização da moeda, já inexistente, designando-a de "cédula de papel" ou "papel moeda".
Cédula: Ponte de Lima $05 Centavos (Benjamim Alves)
Estas emissões eram clandestinas e ilegais, mas autorizadas pelo Estado, circulavam livremente e eram aceites como de dinheiro se tratasse. Assistia-se ao "entesouramento das moedas, que refundidas por particulares rendiam acima do valor do seu rosto". Como a metal não existia e a escassez era tanta, o papel era o elemento básico para a sua concretização. A moeda papel fabricava-se em formato pequeno, de valor determinado e artisticamente bem trabalhado, e transformava-se em verdadeiro dinheiro regional.
Cédula: Ponte de Lima $10 Centavos (José Barros)
Em regra estas moedas-papel continham um valor entre um e cinco centavos, por vezes até de maior valor e perduraram entre os anos de 1917 a 1925, tendo já o governo proibido a sua circulação em 1924, mas só após a revolução de 28 de maio de 1926 é que começaram a desaparecer definitivamente com a emissão em massa, de moeda de pequeno valor. Este processo iniciado durante a guerra foi utilizado, dentro dos seus espaços territoriais de 178 concelhos do País, sendo que Lisboa e Porto não seguiram esta pratica.
Cédula: Ponte de Lima $10 Centavos (João Brandão)
Esta mudança de tipo de moeda sofreu num espaço de cerca de 40 anos a uma inversão de 180 graus, isto é, se em 1890 mais de 90% das transacções eram feitas em metal, em 1925 faz-se em papel em 99% da sua circulação.

Cédulas do Município de Pombal (1917-1925)

A Primeira República (1910-1926), ficou marcada pela instabilidade política, social e também económica e financeira. Com a implantação do novo regime, surgiram alterações monetárias, instituiu-se uma nova unidade e modificaram-se os títulos das moedas, o seu peso e liga, porém, tudo conjugado de forma a não alterar o seu valor real.
Cédula: Pombal $01 Centavo (Misericordia)
Cédula: Pombal $02 Centavos (Misericordia)

Em tais circunstâncias, em que se sentia cada vez mais a necessidade de dinheiro miúdo, surgiu uma nova moeda de recurso, a cédula de papel, cuja emissão saiu do âmbito da Casa da Moeda e se espalhou por toda a parte, sob a responsabilidade de câmaras municipais, Misericórdias e outras entidades públicas, e mesmo particulares, ainda que, segundo Oliveira Marques, fosse ilegal a emissão de cédulas pelas câmaras municipais ou quaisquer outras instituições que não a Casa da Moeda. 

Cédula: Pombal $10 Centavos (Misericordia)
Até 1924 tornaram-se comuns os editais da Câmaras Municipais a prorrogarem a validade das cédulas por ela emitidas, por prevalecer a escassez de moeda metálica e a dificuldade de trocos. Daqui em diante, iniciou-se o processo inverso de troca das cédulas por dinheiro corrente.