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Trilho Entre Montes (PRC8 FAI)

Este trilho percorre o Monte Queimado e o Monte da Guia em torno da baía de Porto Pim, combinando a fruição da fauna, flora e paisagem, com importantes elementos patrimoniais da história da ilha.
Monte da Guia
Estrutura geológica, mesmo às portas da cidade da Horta, com origem vulcânica, é na pratica um cone vulcânico com 145 metros de altura e com origem submarina.
Monte da Guia vista a partir do Monte das Moças
É constituída por dois cones vulcânicos, o Monte da Guia e o Monte Queimado, crateras, encostas, arribas, baías, enseadas, praias de calhau e areia, recifes rochosos e grutas marinhas.
Praia do Porto Pim
Situada numa baía abrigada, com acesso direto pelo centro da cidade da Horta, a Praia de Porto Pim é a mais frequentada da Ilha do Faial. Inserida num belo cenário natural em que se destaca o Monte da Guia.
Portão do Mar ou Reduto da Patrulha
Erguido no século XVII, tinha como função proteger o acesso ao Porto Pim, primitivo porto da Horta. Integrava o conjunto de fortificações que fechavam aquele ancoradouro, coordenadas pelo Forte de São Sebastião.
Baía do Porto Pim
Neste local, a intervenção humana está bem visível desde o século passado. Contudo, continua a ser um dos locais de excelência dos Açores, porque inclui o habitat prioritário de dunas cinzentas e vegetação endémica de elevado valor.
Forte de São Sebastião
O "Forte de São Sebastião", referido até ao século XIX como "Forte da Cruz dos Mortos", integra o conjunto das chamadas “Fortificações da Baía do Porto Pim”, que até à construção do porto comercial (1876), constituiu-se no principal porto da Horta. Erguido a partir do século XVII, deste conjunto defensivo, ligado por um muro de suporte ao longo da baía de Porto Pim, conservam-se:

- Guarita ou Vigia (no extremo oeste);
- Forte ou Castelo de São Sebastião;
- Portão do Mar ou Reduto da Patrulha;
- Bombardeira (no extremo leste).
Baía das Caldeirinhas, Monte da Guia
Aqui é possível neste trilho visitar a Casa dos Dabney, a Estação de Peixes Vivos - Aquário do Porto Pim e a Fábrica da Baleia de Porto Pim.

Freguesia da Ribeira Chã

Miradouro do Pisão
Este miradouro (103 m de altitude) fica localizado na freguesia da Ribeira Chã, concelho de Lagoa. Deste miradouro obtém-se a maior vista sobre a fajã da Caloura, podendo-se usufruir ainda de uma vista sobre o ilhéu de Vila Franca do Campo.
Ribeira Chã
Freguesia rural açoriana estando tão perto do mar como da serra, esta faz sombra e completa o encantador cenário. Sem os requintes e a azáfama dos grandes centros, a Ribeira chã é terra recatada que faz valer as suas tradições e tira partido do seu património natural.
Miradouro da Ribeira Chã
Localizado na Rua do Botelho, na freguesia da Ribeira Chã, este miradouro tem vista para o mar e para as paisagens verdejantes desta encosta.

Cédulas do Município de Vila Real de Santo António (1917-1925)

PAPEL MOEDA em Portugal - 1ª Republica

Portugal nos seus quase 900 anos de existência sempre viveu em constantes instabilidades económicas. A moeda sempre existiu e sempre serviu de moeda de troca nas transações e negócios. Poderia ter sido um Pais estável, pois desde o inicio da sua existência que promoveu a expansão territorial interna e posteriormente com a expansão internacional através dos descobrimentos tornando-se num forte País comerciante.
Cédula: Vila Real de Santo Antônio $01 Centavo (Câmara Municipal)
Neste período áureo poder-se-á dizer que ou investiu ou gastou e nunca juntou. As riquezas trazidas de toda a parte do mundo serviram os interesses da época e sempre utilizada para a má gestão, pessoal, do País e suas colónias. Já no séc. XIX, o Brasil foi a nossa bolsa financeira com os Torna-Viagens que permitiram trazer muita riqueza e com eles investir num Portugal carenciado e pobre.
Cédula: Vila Real de Santo Antônio $02 Centavos (Câmara Municipal)
Com a entrada do séc. XX e com a Primeira Republica, a instabilidade politica é permanente, e a Grande-Guerra complementou-a e juntou-se à desordem social, económica e financeira. Com a implantação do novo regime, surgiram alterações monetárias, isto é, instituiu-se uma nova unidade monetária e modificaram-se os títulos das moedas, o seu peso e a liga, sendo tudo de forma a evitar-se qualquer alteração do seu valor real.
Cédula: Vila Real de Santo Antônio $05 Centavos (Câmara Municipal)
Em 22 de maio de 1911, através de Decreto-Lei, foi adoptada como unidade de cunhagem monetária, o escudo (divisível em 100 centavos), moeda de ouro equivalente ao antigo décimo de coroa, com o valor de 1000 réis, e que só apareceu como ensaio. Do mesmo modo, existiram moedas de 5 escudos, de ouro, de 1920, que não chegaram a entrar em circulação.
Cédula: Vila Real de Santo Antônio $10 Centavos (Câmara Municipal)
Nos últimos anos da Primeira Republica, a situação económica era tão desesperada e tão má, que o poder de aquisição do escudo (1000 réis) começou a degenerar e a moeda metálica, cujo valor intrínseco ultrapassava o nominal, desapareceu de circulação.
Cédula: Vila Real de Santo Antônio $01 Centavo (Pedro José Candido)
Na década de 20, com esta crise monetária, o País sentia a necessidade de dinheiro corrente e de baixo valor, indispensável a pequenas transações, que não havia. A elevada inflação fez com que a moeda se desvalorizasse de tal forma que o "metal de uma moeda era mais valioso do que o seu valor de rosto". 
Cédula: Vila Real de Santo Antônio $02 Centavos (Pedro José Candido)
A necessidade da pequena moeda de troca, a partir de 1914, o governo autorizou a Casa da Moeda a emitir cédulas que se destinavam a substituir as moedas de cinco, dez e vinte centavos, verificando que esta medida não era suficiente acabando por permitir a autorização da emissão desse papel por parte das câmaras municipais dentro da área dos respectivos concelhos, generalizando-se com a emissão por parte de outras entidades.
Cédula: Vila Real de Santo Antônio $04 Centavos (Pedro José Candido)
Cédula: Vila Real de Santo Antônio $01 Centavo (Centro Comercial)
Em 1923, a inflação era de 1.720 %, o País com uma dívida milionária e ainda dívidas de guerra por pagar, o escudo valia tão pouco que efetivamente compensava guardar as moedas pelo valor metálico que tinham. Surgiu como pratica generalizada, pela sua necessidade, e fora do âmbito da Casa da Moeda, o recurso por parte de muitas câmaras municipais, Misericórdias, entidades publicas e até por entidades privadas, à emissão de notas e títulos com valor monetário, servindo de uso interno nesses concelhos, por forma a evitar a utilização da moeda, já inexistente, designando-a de "cédula de papel" ou "papel moeda".
Cédula: Vila Real de Santo Antônio $01 Centavo (José Pedro)
Em regra estas moedas-papel continham um valor entre um e cinco centavos, por vezes até de maior valor e perduraram entre os anos de 1917 a 1925, tendo já o governo proibido a sua circulação em 1924, mas só após a revolução de 28 de maio de 1926 é que começaram a desaparecer definitivamente com a emissão em massa, de moeda de pequeno valor. Este processo iniciado durante a guerra foi utilizado, dentro dos seus espaços territoriais de 178 concelhos do País. Esta mudança de tipo de moeda sofreu num espaço de cerca de 40 anos a uma inversão de 180 graus, isto é, se em 1890 mais de 90% das transações eram feitas em metal, em 1925 faz-se em papel em 99% da sua circulação.

Trilho Quatro Fábricas da Luz (PR39 SMI)

A freguesia de Água d’Alto situa-se na costa sul da ilha e confronta com o mar e com as freguesias de Ribeira Chã e Água de Pau (Concelho de Lagoa), Ribeira Seca e Conceição (Concelho de Ribeira Grande) e São Miguel e São Pedro (Concelho de Vila Franca do Campo).
Cascata de Água d Alto (Vista a partir da via rápida)
O nome desta freguesia está ligado ao facto de numa das ribeiras existentes haver uma queda de água com cerca de 30 metros de altura, daí a denominação “Água d’Alto”.
Poço dos Trinta Reis
Faz ainda parte desta freguesia o Lugar da Praia onde se inicia o Trilho Quatro Fábricas da Luz, e desenvolve-se ao longo da Ribeira da Praia, entre os lugares de Lagos e Trinta Reis.
Pelo trilho poderá visitar as ruínas de quatro fábricas hidroelétricas.
Cascata do Segredo
Cascata do Segredo, uma recôndita queda de água rodeada de frondosa vegetação, que forma na sua base uma lagoa de águas cristalinas simplesmente deliciosa.
É um trilho surpreendente, quase sempre acompanhado por cursos de água, cascatas e ribeiras.
Neste percurso cheio de fauna e flora vibrantes, há locais de grande importância histórica na produção hidroelétrica e distribuição de energia pela ilha. Foi precisamente junto à Ribeira da Praia que o Engenheiro José Cordeiro construiu a primeira Central Hidroelétrica dos Açores.
Ruinas Fabrica da Cidade
Ruinas da Fabrica da Vila
A natureza tem tanta força que, nas fábricas que se encontram em ruínas, tomou conta do lugar e reclama para si o que o homem um dia construiu. 

Tanque de Retenção
Uma vez que este trilho é linear implica uma ida e volta pelo mesmo caminho.
No final da caminhada, fomos limpar o pó às praia de Água d'Alto. Água salgada, areia negra e um sol quente para terminar em grande esta tarde de Verão.
Praia do Degredo
Praia do Degredo é uma pequena praia de águas límpidas e areal pouco extenso, rodeada de montanhas verdejantes. Uma das maiores belezas desta praia além da sua falésia, é sem duvida a vista privilegiada que a praia proporciona para o ilhéu de Vila Franca do Campo. Numa das fendas, da sua falésia, nasce uma pequena cascata natural, o que a torna uma praia única. 
Praia da Pedreira
Para quem gosta de sossego Praia da Pedreira é a ideal. O acesso é pedestre, faz-se através de um mini trilho em torno da arriba descendo por volta de 260 degraus até à praia, onde esta estende-se por volta dos 170 metros com um enquadramento paisagístico deslumbrante, devido à proximidade das arribas. A areia é fina e a praia forma uma bacia com água cristalina.
Praia Grande de Água d`Alto
Situada numa agradável baía, a Praia de Água d'alto é considerada uma das melhores praias da ilha de São Miguel. Esta praia reúne como principais atributos o seu amplo areal e o mar de águas límpidas e calmas.
Apenas 700 metros separam a Praia Grande de Água d`Alto da Prainha de Água d'Alto.
Prainha de Água d'Alto
Prainha de Água d'Alto é uma pequena praia, na zona sul da Ilha de São Miguel, enquadrada por um bonito cenário verdejante. D
e pequena dimensão (cerca de 180 m de comp.) é constituída por areia fina.

Cédulas do Município de Vila Real (1917-1925)

As moedas locais, destinadas à dinamização da economia local e pequenas trocas comerciais, não são uma novidade em Portugal.  Na década de 1920, a moeda desvaloriza de tal maneira que o metal se torna mais valioso que o seu valor de rosto. Surge então uma moeda de recurso impressa em papel, também designada de dinheiro de emergência ou cédula fiduciária, que é colocada em circulação tanto pelo Estado e entidades oficiais designadas para o efeito, como por entidades públicas e privadas. O que muitos não sabem é que também as Misericórdias emitiram papel-moeda nas terras onde escasseou o metal em circulação. Pelo menos 29, no norte, centro e sul do país, segundo dados apurados pelo VM.
Cédula: Vila Real $01 Centavo (Misericórdia) Serie A
A instabilidade governativa durante a Primeira República e, em particular, a eclosão da primeira Guerra Mundial (1914-18) vêm desequilibrar as contas públicas, dando origem ao aumento da dívida, inflação, escassez de bens e subida de preços. Os metais da moeda sobrevalorizam, tornando-se mais vantajoso derretê-los ou utilizá-los para fins industriais. A nível oficial, a solução passa pela emissão de moedas em ligas e metais pobres (bronze, cobre e até ferro), de notas do Banco de Portugal de valor reduzido e de cédulas pela Casa da Moeda. Em 1917, a Misericórdia de Lisboa é igualmente autorizada a emitir cédulas de 5 centavos. Mas isso não se revela suficiente para suprir a escassez generalizada de moeda.
Cédula: Vila Real $02 Centavos (Misericórdia) Serie A
Dentro das localidades, as câmaras municipais, juntas de freguesia, estabelecimentos comerciais (lojas, mercearias, etc), fábricas, associações, hospitais e Misericórdias decidem então emitir cédulas fiduciárias de valores entre 1 e 5 centavos, na sua maioria, mas também de 10, 20 e valores superiores (50 centavos e 1 escudo), em casos excecionais.
Cédula: Vila Real $03 Centavos (Misericórdia) Serie A
Todas estas emissões, incluindo as das autarquias, foram feitas ilegalmente, mas toleradas pela sua utilidade pública e circulação restrita. “Tirando as emissões da Casa da Moeda e Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, que tinham circulação nacional, as restantes destinavam-se a suprir a necessidade de moeda a nível local”
Cédula: Vila Real $04 Centavos (Misericórdia) Serie A
Vivem-se tempos difíceis em vários pontos do país, sobretudo a partir de 1916, devido aos efeitos nefastos da primeira Guerra Mundial, gripe pneumónica (1918-19), elevada inflação e desvalorização da moeda. O aumento do preço dos géneros alimentícios e medicamentos torna especialmente difícil a gestão dos hospitais das Misericórdias, num período em que a maioria dos internados é pobre e a procura de doentes epidémicos aumenta.
Cédula: Vila Real $05 Centavos (Misericórdia) Serie A
Cédula: Vila Real $05 Centavos (Misericórdia) Serie D
Num ofício enviado ao ministro do Interior, em dezembro de 1917, o provedor da Misericórdia de Chaves, José Correia dos Santos Júnior, refere graves dificuldades financeiras, decorrentes do elevado custo dos medicamentos e alimentos e aumento da procura de doentes de concelhos vizinhos (Boticas, Montalegre, Vila Pouca de Aguiar e Valpaços). 
Cédula: Vila Real $10 Centavos (Misericórdia) Serie A
Face ao aumento da despesa com a atividade hospitalar e aumento generalizado de preços, o provedor propõe a emissão de 25 mil vales de 2, 5, 10 e 20 centavos, 40 mil vales de 50 centavos e 30 mil vales de 1 escudo. Numeradas, as cédulas apresentam uma ilustração do edifício constituído pela igreja e hospital, na frente, e de um grupo de três figuras (mãe e duas crianças) no verso.
Cédula: Vila Real $10 Centavos (Misericórdia) Serie F
É comum as instituições incluírem representações de monumentos, espaços públicos ou paisagens típicas das localidades, existindo ainda casos em que se representam as obras de misericórdia (Vila Real, Évora), versos da epopeia “Os Lusíadas” (Ferreira do Alentejo) ou ilustrações estilo Arte Nova (Pombal). Noutros casos, são colocados em circulação simples papéis carimbados com o brasão da instituição. 
Cédula: Vila Real $01 Centavo (Cooperativa)
Na imprensa da época, é frequente encontrar referências à “falta de fundos dos hospitais [das Misericórdias] para acudir ao tratamento e alimentação dos doentes”, segundo nos relata o especialista do Museu do Dinheiro. 
Cédula: Vila Real $02 Centavos (Cooperativa)
Nas suas incursões pela Hemeroteca de Lisboa, repositório de imprensa nacional, João Pedro Vieira lê que os “hospitais estavam abandonados pelo Estado” e que as "cédulas eram uma forma de conseguir algum financiamento”.
Cédula: Vila Real $03 Centavos (Cooperativa)
Cédula: Vila Real $05 Centavos (Cooperativa)
Infelizmente, na maior parte dos casos, os exemplares não chegam intactos aos nossos dias, devido à fraca qualidade do papel e intensa circulação neste período de escassez monetária.  Por essa e outras razões, este é um fenómeno pouco estudado e ainda pouco conhecido no universo das Misericórdias. 
Cédula: Vila Real $10 Centavos (Cooperativa)
A bibliografia é escassa e não há registo da emissão de cédulas na maior parte dos arquivos.