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Lanchas Fiscalização Classe "Argos I" (1963-1975)

NRP Argos (1963- 1975 Abatida em Luanda em 28 de Maio)
Tiveram origem no Projeto de Lancha para Timor, resultante de um requisito da Capitania do Porto de Dili, para um tipo de lancha com capacidade para ser empregue na fiscalização das águas territoriais de Timor Português. 
NRP Dragão (1963-1975 Abatida em Luanda em 28 de Maio)
As lanchas foram construídas entre 1963 e 1965 (Argos, Dragão, Escorpião, Cassiopeia, Hidra e Pegaso no Arsenal do Alfeite), e (Lira, Orion, Centauro e Sagitário nos Estaleiros Navais de Viana do Castelo).
NRP Escorpião (1963-1975 Abatida em Luanda em 30 de Setembro)
NRP Pegaso (1963-1975 Abatida em Luanda a 4 de Outubro)
Em virtude da Guerra do Ultramar, nenhuma das lanchas acabou por ir para Timor, sendo enviadas para África, onde foram empregues em operações militares.
NRP Cassiopeia (1964-1974 Abatida em 7 de Setembro e afundada em 21 Setembro, 104 milhas a Oeste de Bissau)
NRP Hidra (1964-1975 Abatida em Luanda em 28 de Maio)

A maioria delas foi transferida em 1975 para a República Popular de Angola, e as restantes afundadas ao largo da Guiné-Bissau no mesmo ano.
NRP Lira (1964-1975 Abatida em Luanda a 30 de Setembro)
As unidades desta classe foram baptizadas com o nome de constelações.
NRP Orion (1964-1975 Abatida em Luanda em 30 de Setembro)
NRP Centauro (1965-1975 Abatida em Luanda em 30 de Setembro)
NRP Sagitário (1965-1974 Abatida em 7 de Setembro de e afundada em 21 Setembro, 104 milhas a Oeste de Bissau)
A Marinha Portuguesa voltou a utilizar o nome de Classe Argos para denominar uma nova classe de Lanchas de Fiscalização lançadas ao mar em 1991.

Características técnicas
Tipo: Lancha de Fiscalização Grande
Deslocamento: 210 toneladas;
Dimensões: 41,7 m comp.; 6,7 m boca; 2,1 m calado
Armamento: 2 peças simples de 40 mm
Propulsão: 2 motores diesel de 1200 b.h.p. - 2 veios = 17 nós
Guarnição: 24 marinheiros


Peça de 40 mm avante

Lanchas Fiscalização Classe "Bellatrix" 1ª Série (1961-1975)

A classe Bellatrix é uma classe de lanchas de fiscalização pequenas (LFP) ao serviço da Marinha Portuguesa, entre 1961 e 1975. É considerada a classe de navios, com maior número de embarcações, de sempre, da Marinha Portuguesa.

NRP Bellatrix serviu na Guiné durante toda a sua vida operacional,(desde 1961) tendo sido abatida em Setembro de 1974.
A primeira serie de oito embarcações foram construídas nos estaleiros Bayerische Schiffbaugesellschaft, em Erlenbach am Main, na Alemanha.

Segunda serie:http://osrikinhus.blogspot.com/2015/09/lancha-pequena-classe-bellatrix-2-serie.html


NRP Canopus serviu na Guiné durante toda a sua vida operacional, (desde 1961) tendo sido abatida em Julho de 1972.
NRP Deneb serviu na Guiné durante toda a sua vida operacional, (desde 1961) tendo sido abatida em Fevereiro de 1972.
NRP Espiga serviu em Angola durante toda a sua vida operacional, (desde 1961) tendo sido abatida em Setembro de 1975 e cedida à República Popular de Angola.
O Arsenal do Alfeite, também construiu, para a Marinha Portuguesa, entre 1967 e 1968, três embarcações quase idênticas às Bellatrix que, no entanto, não foram incorporadas nesta classe, formando uma separada, a classe Alvor.
NRP Fomalhaut serviu em Angola durante toda a sua vida operacional, (desde 1961) tendo sido abatida em Setembro de 1975 e cedida à República Popular de Angola.
As embarcações da classe Bellatrix foram baptizadas com nomes de estrelas.
As LFP Bellatrix foram utilizadas pela Marinha Portuguesa, em acções militares na Guerra do Ultramar, especialmente nos rios da Guiné Portuguesa e no lago Niassa em Moçambique. 
NRP Pollux serviu em Angola durante toda a sua vida operacional, (desde 1961) tendo sido abatida em Setembro de 1975 e cedida à República Popular de Angola.
No final da guerra, as embarcações foram abatidas ao serviço, sendo deixadas nos territórios ultramarinos.
NRP Altair serviu em S. Tomé e Príncipe (1962-1965) e Angola (1965-1975), tendo sido abatida em Setembro de 1975 e cedida à República Popular de Angola.
NRP Rigel serviu em Angola durante toda a sua vida operacional, (desde 1962) tendo sido abatida em Setembro de 1975 e cedida à República Popular de Angola.
Características técnicas
Tipo: Lancha de Fiscalização
Deslocamento: máximo: 40 toneladas; standard: 35,2 toneladas;
Dimensões: 22,72 m comp.; 5,05 m boca; 1,81 m calado
Armamento: 1 x peça "Oerlikon" de 20 mm; 1 x lançador de foguetes de 37 mm; 2 x MG42 de 7,62 mm;  
Propulsão: 2 motores Cummins NRTO-6M a gasóleo com 470 b. h..p. - 2 veios = 15 nós
Sensores: 1 x Radar DECCA 303 auxiliar de navegação; 1 x Transreceptor Pye Swordfish II; 1 x Sonda Ferrograph offshore
Guarnição: 7 marinheiros (1 oficial, 1 sargentos e 5 praças)

Lanchas de Desembarque Classe "LDP 100" (1961 - 1975)

Foi uma classe de lanchas de desembarque, ao serviço da Marinha Portuguesa, entre 1961 e 1975. Até 1963 as embarcações da formavam a classe LD 1 de lanchas de desembarque. Nessa altura as lanchas foram reclassificadas como lanchas de desembarque pequenas (LDP), passando a constituir a classe LDP 100.

LDP 101 ex. LD 1 (1961-1975)
A necessidade de construir lanchas de desembarque é consequência directa da criação das primeiras unidades de fuzileiros, em 1961.

NRP Argos e LDP 102 (1961-1975)
As embarcações da classe foram construídas nos Estados Unidos da América. As lanchas não foram baptizadas com nomes próprios, sendo designadas pelo seu número de amura.

LDP 103 ex.  LD 3 (1961-1975)
As LDP 100 foram empregues no Guerra do Ultramar, sobretudo no teatro de operações da Guiné Portuguesa, território este, quase todo coberto por rios e terrenos alagados. As LDP eram usadas tanto em missões de combate - como patrulhamento, escolta de embarcações civis e desembarque de fuzileiros - como em missões de reabastecimento logístico - em proveito de unidades da Marinha, de unidades do Exército e, mesmo, de populações civis.

LDP 104 ex.  LD 4 (1963-1975)
LDP 105 (1963-1975)
LDP 107 (1963-1975) lago Niassa, Moçambique

LDP 108 (1963-1975)
Características
Tipo: Lancha de Desembarque Pequena
Deslocamento: 12 toneladas
Dimensões: 14 m comp.; 3,4 m boca; 0,7 m calado
Armamento: 1 peça de 20 mm (Algumas)
Propulsão: 2 motores diesel de 180 h.p. - 2 veios = 10 nós 
Guarnição: 6 marinheiros

Navio-Apoio "Medusa" (1959-1976)

Antigo navio de desembarque americano construído em 1944, foi adaptado para navio de lançamento e reparação de cabos submarinos. Foi transferido para Portugal ao abrigo do Mutual Defense and Assistence Plan (MDAP) em 18 - 11 – 1959, como navio apoio de mergulhadores. 
NRP Medusa (ex. U.S.S. Portunus ARC 1; ex. LSM 275)
Em 1968 /1970 foi transformado em navio de apoio a desembarques, não tendo no entanto chegado a navegar nessas funções. Foi abatido em 1976.

Características
Tipo: Navio-Apoio
Deslocamento: 1220 toneladas
Dimensões: 66,87 m comp.; 9,50 m boca; 3,19 m calado
Armamento: 2 peças de 40 mm; 2 peças de 20 mm.
Propulsão: 2 motores diesel de 2 800 h.p. - 2 veios = 12 nós
Guarnição: 56 marinheiros

Fragatas Classe "Álvares Cabral" (1959-1983)

As fragatas adquiridas por Portugal pertenciam à classe Bay britânica. Os navios desta classe eram fragatas antiáereas, construídas a partir de cascos inacabados de fragatas anti-submarinas da classe Loch. Os navios destinavam-se a operar como escoltas a comboios de navios mercantes.
NRP Álvares Cabral (1959-1971) Ex-HMS Burghead Bay (K 622)
Os navios foram construídos já no final da Segunda Guerra Mundial. Além de vinte fragatas antiaéreas, foram construídos dois navios da classe na variante aviso e quatro na variante navio hidrográfico e de guerra de minas.
NRP Pacheco Pereira (1959-1970) Ex-HMS Bigbury Bay (K 606)
A Marinha Portuguesa adquiriu duas fragatas em 1959 - a NRP Álvares Cabral e a NRP Pacheco Pereira - e outras duas em 1961 - a NRP Vasco da Gama e a NRP D. Francisco de Almeida. Os navios destinavam-se a operar nas águas dos territórios africanos de Portugal.
NRP Vasco da Gama (1961-1971) Ex-HMS Mounts Bay (K 627)
Durante o bloqueio britânico ao porto da Beira para evitar o abastecimento à Rodésia, depois da sua declaração unilateral de independência, a partir de 1966, as fragatas operaram, quase permanentemente nas águas de Moçambique como meio de dissuasão contra uma eventual agressão por parte da Royal Navy britânica.
NRP D. Francisco de Almeida (1961-1970) Ex-HMS Morecambe Bay (K 624)
As fragatas da classe Álvares Cabral foram substituídas pelos novos navios da classe João Belo, entre 1970 e 1971.


Características
Tipo: Fragata
Deslocamento: 2 580 toneladas
Dimensões: 93,7 m comp.; 11,7 m boca; 4,7 m calado
Armamento: 2 peças duplas de 102 mm; 6 peças de 40 mm; 1 OURIÇO; 4 morteiros e 2 calhas
Propulsão: 2 máquinas de T.E. de 5 500 h.p. - 2 veios = 19,5 nós
Radares: 1 de aviso combinado tipo 293; 1 de navegação; 1 de controle de tiro 285
Sonares: tipos 165 e 147 F
Guarnição: 168 marinheiros

Em 1966 a Marinha Portuguesa também adquiriu um navio, da versão navio hidrográfico, da mesma classe, com fundos obtidos por subscrição nacional, que foi baptizado Afonso de Albuquerque em homenagem ao navio homónimo afundado em combate, em 1961, durante a Invasão de Goa. Este navio serviu até 1983.


NRP Afonso Albuquerque (1966-1983) Ex-HMS Dalrymple (K 427)
Características
Tipo: Hidrografico
Deslocamento: 2 265 toneladas
Dimensões: 93,7 m comp.; 11,7 m boca; 4,7 m calado
Propulsão: 2 máquinas de T.E. de 5 500 i.h.p. - 2 veios = 15,5 nós 
Radares: 1 DECCA 978; 1 Kelvin Hughes 975.
Sonares: PDR, K. Hughes M S 26 K. ; ELAC DENEB ; K.H. 771; ATLAS DESO 10
Guarnição: 109 marinheiros

Lanchas Fiscalização Classe "Antares" (1959-1975)

As embarcações foram encomendadas aos estaleiros ingleses James Taylor, sendo construídas com cascos de fibra de vidro Halmatic até então em uso apenas em embarcações de recreio. Foram, portanto, as primeiras embarcações de guerra do mundo com cascos de fibra de vidro a entrar ao serviço activo.
NRP Antares (1959-1975) Cedida a Moçambique
As primeiras três lanchas construídas foram enviadas para a Índia, para substituir as antigas lanchas de resgate da RAF, em madeira, que se encontravam até então ao serviço do Comando Naval da Índia Portuguesa.
NRP Vega (1959-1961) Afundada em combate em Dezembro de 1961
Na altura da invasão da Estado Português da Índia pelas Forças Armadas da União Indiana, em Dezembro de 1961, a lancha NRP Antares encontrava-se baseada em Damão, a NRP Vega em Diu e a NRP Sirius em Goa. A lancha Vega entrou em combate com caças-bombardeiros Vampire da Força Aérea Indiana, quando tentava efectuar um ataque ao cruzador INS New Delhi que bombardeava Diu, sendo afundada com a morte do seu comandante, o tenente Oliveira e Carmo, e de mais dois marinheiros. A lancha Sirius foi afundada pela própria tripulação para não cair em poder do inimigo. A lancha Antares conseguiu escapar à esquadra indiana, chegando ao Paquistão e sendo depois transportada para Portugal.
NRP Sirius (1959-1961) Auto-afundada em Dezembro de 1961
A lancha NRP Antares, juntamente com a NRP Regulus da mesma classe, recebida em 1962, foi posteriormente integrada na Esquadrilha de Lanchas do Niassa em Moçambique onde actuou na Guerra do Ultramar. Em 1970, a Regulus foi cedida à componente naval das Forças de Defesa do Malawi, no âmbito da cooperação militar portuguesa com aquele país, passando a designar-se Chibisa. A Antares manteve-se ao serviço da Marinha Portuguesa até à independência de Moçambique em 1975, altura em que foi cedida a este país.
NRP Regulus (1962-1970) Cedida às Forças de Defesa do Malawi, passando a designar-se Chibisa
Características
Tipo: Lancha de Fiscalização
Deslocamento: 18 toneladas
Dimensões: 17 m comp.; 4,70 m boca; 1,2 m calado
Armamento: 1 peça de 20 mm 
Propulsão: 2 motores diesel de 500 b.h.p. - 2 veios = 18 nós
Guarnição: 6 marinheiros