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Armada Portuguesa: Lanchas Fiscalização Classe "Antares" (1959-1975)

As embarcações foram encomendadas aos estaleiros ingleses James Taylor, sendo construídas com cascos de fibra de vidro Halmatic até então em uso apenas em embarcações de recreio. Foram, portanto, as primeiras embarcações de guerra do mundo com cascos de fibra de vidro a entrar ao serviço ativo.
NRP Antares (1959-1975) Cedida a Moçambique
As primeiras três lanchas construídas foram enviadas para a Índia, para substituir as antigas lanchas de resgate da RAF, em madeira, que se encontravam até então ao serviço do Comando Naval da Índia Portuguesa.
NRP Vega (1959-1961) Afundada em combate em Dezembro de 1961
Na altura da invasão da Estado Português da Índia pelas Forças Armadas da União Indiana, em Dezembro de 1961, a lancha NRP Antares encontrava-se baseada em Damão, a NRP Vega em Diu e a NRP Sirius em Goa. A lancha Vega entrou em combate com caças-bombardeiros Vampire da Força Aérea Indiana, quando tentava efetuar um ataque ao cruzador INS New Delhi que bombardeava Diu, sendo afundada com a morte do seu comandante, o tenente Oliveira e Carmo, e de mais dois marinheiros. A lancha Sirius foi afundada pela própria tripulação para não cair em poder do inimigo. A lancha Antares conseguiu escapar à esquadra indiana, chegando ao Paquistão e sendo depois transportada para Portugal.
NRP Sirius (1959-1961) Auto-afundada em Dezembro de 1961
A lancha NRP Antares, juntamente com a NRP Regulus da mesma classe, recebida em 1962, foi posteriormente integrada na Esquadrilha de Lanchas do Niassa em Moçambique onde actuou na Guerra do Ultramar. Em 1970, a Regulus foi cedida à componente naval das Forças de Defesa do Malawi, no âmbito da cooperação militar portuguesa com aquele país, passando a designar-se Chibisa. A Antares manteve-se ao serviço da Marinha Portuguesa até à independência de Moçambique em 1975, altura em que foi cedida a este país.
NRP Regulus (1962-1970) Cedida às Forças de Defesa do Malawi, passando a designar-se Chibisa
Características
Tipo: Lancha de Fiscalização
Deslocamento: 18 toneladas
Dimensões: 17 m comp.; 4,70 m boca; 1,2 m calado
Armamento: 1 peça de 20 mm 
Propulsão: 2 motores diesel de 500 b.h.p. - 2 veios = 18 nós
Guarnição: 6 marinheiros

Trilho Reserva Natural da Lagoa do Fogo

Lagoa do Fogo a partir do Pico da Barrosa
Situado a uma altitude de 875 metros sobre o nível do mar, o Pico da Barrosa permite uma vista esplendorosa não só para a Lagoa do Fogo mas
Pico da Barrosa
 …para toda a zona central da Ilha de São Miguel, permitindo visualizar tanto a costa norte como a costa sul.
A deslumbrante Lagoa do Fogo, a segunda maior da Ilha, que nasceu no interior da cratera do Vulcão do Fogo, é a mais jovem caldeira da ilha de São Miguel. O contraste das águas azuis da lagoa com o verde da vegetação endémica dos Açores, que pinta toda a caldeira do Vulcão do Fogo, é de uma beleza onírica.
A Lagoa do Fogo pode ser apreciada através dos diversos miradouros existentes, já que esta encontra-se mais abaixo das montanhas.
Miradouro da Lagoa do Fogo
Observá-la do miradouro homónimo ou do altaneiro Miradouro do Pico da Barrosa é de deixar qualquer um boquiaberto. Mas, em minha opinião, a experiência não fica completa sem ir percorrer o fenomenal Trilho da Lagoa do Fogo, outro dos trilhos de São Miguel que considero imperdível.
Este trilho linear liga o Miradouro da Lagoa do Fogo à paradisíaca Praia Fluvial da Lagoa do Fogo, eleita uma das 7 Maravilhas de Portugal (na categoria de praia selvagem). 
Ir e vir até à Praia da Lagoa do Fogo são somente 4 km, mas a descida (e posterior subida) é bastante exigente, pois tem um declive de 120 metros em somente meio quilómetro. Um pequeno preço a pagar para poder ir dentro da cratera do Vulcão do Fogo!
Faz parte integrante da Rede Natura 2000, pelo facto de ter sido classificada como zona especial de conservação, aprovado por Decisão da Comissão Europeia no dia 28 de Dezembro de 2001, nos termos da Directiva Habitats 92/43/CEE do Conselho. Esta lagoa de águas muito azuis ocupa uma área de 1 360 ha, que é bastante tendo em atenção as dimensões da própria ilha.

O vulcão do Fogo dá forma ao grande maciço vulcânico da Serra de Água de Pau, localizado na zona central da Ilha de São Miguel. Toda esta zona é rodeado por uma densa e exuberante vegetação endémica.

Freguesia Pico da Pedra

O povoamento da localidade ter-se-á iniciado, provavelmente, no século XVI, tendo em conta o que escreveu o Dr. Gaspar Frutuoso na “Saudades da Terra”. Embora este cronista não se refira ao povoamento propriamente dito, cita um tal João Roiz do Pico da Pedra, que viveu no século XVI e que aqui possuía terras, assim como a família Moniz, cujas terras aqui, também, se localizavam.
Vista a partir do Miradouro da Reserva Florestal de Recreio do Pinhal da Paz
Igreja Paroquial do Pico da Pedra
Por um testamento de 1604, de Manuel Moniz, temos a notícia da construção da Ermida de Nossa Senhora dos Prazeres. Foi neste pequeno templo, curato desde 1735 que, até ao início do século XIX, se realizou todo o serviço religioso desta localidade. A Igreja Paroquial foi construída no início do século XIX. Nessa altura vivia no Pico da Pedra cerca de um milhar de pessoas.
Senhora dos Prazeres, Padroeira da freguesia
Os Alentejanos também passaram por aqui
Na década de 20 inicia-se a canalização da água ao domicílio. Em 1931 a corrente eléctrica chega ao Pico da Pedra. Em 1941, com o acentuar do conflito mundial, é aquartelado no Pico da Pedra um batalhão vindo do continente português, que aqui se manteve até ao termo da guerra. Pico da Pedra ganha um espaço de convívio e lazer com a construção do jardim público e coreto em 1945.

Armada Portuguesa: Navio-Hidrográfico "Carvalho Araújo II" (1959-1975)

Foi o segundo navio hidrográfico, da Marinha Portuguesa, a ostentar esse nome e, por isso, é ocasionalmente referido como Carvalho Araújo II. Foi construído, em 1942, nos estaleiros Harland & Wolf em Belfast, no Reino Unido, como uma corveta da Classe Flower, sendo batizado como HMS Chrysantemum.
NRP Carvalho Araújo ex. Crysanthemum; ex - Com. Drogou; ex – TerjeTen
Ainda durante a Segunda Guerra Mundial foi incorporado nas Forças Navais Francesas Livres, sendo rebatizado como Commandant Drogou. Posteriormente, foi vendido à África do Sul, sendo transformado em navio baleeiro e rebatizado Terje 10. Em 1958, foi adquirido, pela Marinha Portuguesa à empresa baleeira Hector Whalling Co. da Cidade do Cabo. Foi transformado em navio hidrográfico e comissionado para a Missão Hidrográfica de Angola e São Tomé e Príncipe, a partir de 1959. Durante vários anos fez também a rota dos Açores.
No processo de descolonização, em 1975 foi transferido para a República Popular de Angola.
Características
Tipo: Navio-Hidrográfico
Deslocamento: 1350 toneladas
Dimensões: 60,33 m comp.; 10,11 m boca; 5,02 m calado
Armamento: 1 peça de 76 mm; 4 peças Oerlikon de 20 mm. 
Propulsão: 2 máquinas de T.E. de 2750 i.h.p. - 2 veios = 16 nós
Guarnição: 48 marinheiros

Ver também
Classe Carvalho Araújo - que integrava o NRP Carvalho Araújo I

Furnas (Poças da Dona Beija)

Também conhecida como “Poças da Juventude”, “Água do Poço”, ou “Poças do Paraíso”, as Poças da Dona Beija são Piscinas Termais num cenário natural de ímpar beleza e encanto. As águas destas Poças são mais límpidas do que as do Tanque Termal Terra Nostra, pelo que a experiência é também ela diferente.
Tanque Meditação
Área termal da Poça com maior profundidade, possui duas entradas de água sob a forma de cascata com elevado caudal que permitem uma massagem natural revigorante devido à pressão de água e à gravidade. Este recinto é ladeado por uma parede ondulada, ergonómica, que permite aos visitantes relaxar sobre a mesma totalmente imersos nas águas termais da Poça, disfrutando da paisagem da ribeira e dos lameiros de inhames.
Tanque Serena
Zona termal de baixa profundidade, ideal para crianças, com duas entradas de água em cascata. As entradas de água estão posicionadas sobre estruturas em pedra que permitem ao visitante desfrutar sentado de uma massagem termal dentro de água. Na parede lateral existe um banco submerso que permite aos aquistas disfrutar da passagem silenciosa das águas termais que fluem para a ribeira.
Tanque Místico
Esta área termal possui um espaço por detrás de uma cortina de água onde os visitantes poderão experienciar uma sauna ao ar livre. Se preferir pode optar por desfrutar de uma massagem suave, bastando para isso inclinar-se um pouco para fora. O som do vento a brincar com a água termal, que cai formando a suave cortina, enche este espaço de uma musicalidade especial.
Convívio Thermae
Espaço criado de forma a propiciar o convívio entre amigos e familiares. Permite a escolha de duas profundidades diferentes (30 ou 60 cm) para relaxar confortavelmente nas águas termais férreas. Esta particularidade torna esta zona de lazer um recanto acolhedor para todos, desde miúdos a graúdos. A localização num nível mais elevado da Poça permite uma visão panorâmica sobre a ribeira que é favorecida pelo jogo de luzes ao anoitecer, realçando o enquadramento natural da vegetação.
Zona da Ribeira
Zona de lazer com quase um metro de profundidade, regulada por uma comporta amovível que proporciona uma mistura de água termal com água da ribeira que chega a atingir os 28°C. Este espaço dá resposta aos nossos visitantes mais calorentos que procuram um banho ameno. Por vezes, tendo em conta as condições climatéricas dos Açores, há necessidade de remover a comporta, o que altera a funcionalidade desta zona.

Banco de Angola: A série de notas de 1956

 Em 1953 foi aprovada a Lei Orgânica do Ultramar que estabeleceu o Escudo como a moeda de todas as Colónias. Assim, o Banco de Angola começou a providenciar pela substituição do Angolar pelo Escudo. As notas embora todas diferentes apresentaram uma uniformidade de estilo que em muito a sua estética. Na frente surgia a presença de elementos importantes da história da província associados à representação de obras importantes de fomento, no verso belas gravuras de fauna angolana. Apresentaram ainda a novidade técnica de terem filete de segurança integrado no papel.

Nota 20$00 escudos
A nota de 20$ prestou homenagem à figura de Silva Porto, explorador de África. Na frente com fundo amarelo-laranja, surgia a figura do homenageado à direita em tons castanhos. No corpo à esquerda a representação do Silo do Porto de Lobito e à esquerda um Padrão dos Descobrimentos. No verso, gravura em castanho de manada antílopes em corrida na savana.
Emissão: 1956
Retirada de circulação: 1962
Nota 50$00 escudos
A nota de 50$ impressa em verde, apresentava na frente a efígie de Henrique Carvalho (militar e explorador de África) e gravura do Aeroporto Craveiro Lopes de Luanda, para além do Padrão de Descobrimentos. No verso gravura de manada de bois-cavalos junto a troço de água na savana.
Emissão: 1956
Retirada de circulação: 1962
Nota 100$00 escudos
A nota de 100$ impressa em tons de azul, apresentava a efígie de Serpa Pinto e a gravura da Ponte Salazar sobre o rio Cuanza. Ao contrário das notas de menor valor da série tinha marca de água à esquerda. No reverso em violeta surgia a gravura de uma manada de elefantes junto a curso de água.
Emissão: 1956
Retirada de circulação: 1962
Nota 500$00 escudos
A nota de 500$ foi impressa em tons de vermelho, com a efígie de Roberto Ivens colocada à esquerda, ao centro gravura aérea do Porto de Luanda e à direita a marca-de-água e imagem de Padrão dos Descobrimentos. No reverso nos mesmos tons eram visíveis dois rinocerontes na savana africana.
Emissão: 1956
Retirada de circulação: 1962
Nota 1000$00 escudos
A nota de 1000$ era a mais complexa da série com efígie de Brito Capelo à direita. Ao centro gravura da Barragem das Mabubas e à esquerda a marca-de-água e Padrão dos Descobrimentos. A frente foi impressa em tons laranja. No verso gravura com palancas negras, animal que é o símbolo do país em tons de cinza.
Emissão: 1956
Retirada de circulação: 1962


Armada Portuguesa: Lancha Fiscalização "Rio Minho I" (1957-1983) & "Rio Minho II" (1991-...)

NRP Rio Minho I
Foi construída no Arsenal do Alfeite em 1957, e esteve ao serviço da Armada até 1983. Esta lancha prestou serviço no Rio Minho. 
Características
Tipo: Lancha de Fiscalização
Deslocamento: 14 toneladas
Dimensões: 13,17 m comp.; 3,23 m boca; 0,80 m calado
Armamento: 2 metralhadoras de 7.62 mm 
Propulsão: 2 motores diesel de 130 b.h.p. - 2 veios = 9 nós
Guarnição: 8 marinheiros
NRP Rio Minho II
Foi construída no Arsenal do Alfeite, tendo sido aumentada ao efectivo em 1-8-1991. Está ao serviço na fiscalização fronteiriça do Rio Minho.

Características
Tipo: Lancha de Fiscalização
Deslocamento: 72 toneladas
Dimensões: 22,40 m comp.; 6 m boca; 0,80 m calado
Armamento: 2 metralhadoras de 7.62 mm 
Propulsão: 2 motores diesel KHD - Deutz de 664 h.p. servindo dois hidrojactos Schottel = 9,5 nós
Guarnição: 8 marinheiros