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Armada Portuguesa: Lancha Fiscalização Classe "Bellatrix" 2ª Serie (1968-1975)

Estas lanchas foram construídas no Arsenal do Alfeite, e pertenciam à classe Bellatrix. Tinham no entanto algumas diferenças dos navios construídos na Alemanha, deslocando 40 Tons, devido à maior espessura da chapa, e alterações na capacidade dos tanques de aguada e combustível.
A ARCTURUS serviu na Guiné durante toda a sua vida operacional, tendo sido abatida em Setembro de 1974.
A ALDEBARAN serviu na Guiné durante toda a sua vida operacional, tendo sido abatida em Setembro de 1974.

A PROCION serviu na Guiné durante toda a sua vida operacional, tendo sido abatida em Setembro de 1974.
NRP SÍRIUS serviu em Moçambique durante toda a sua vida operacional, tendo sido abatida em Março de 1975 e cedida à República Popular de Moçambique.

A VEGA serviu em Moçambique durante toda a sua vida operacional, tendo sido abatida em Março de 1975 e cedida à República Popular de Moçambique.

Características técnicas
Tipo: Lancha de Fiscalização
Deslocamento: máximo: 40 toneladas; standard: 35,2 toneladas;
Dimensões: 22,72 m comp.; 5,05 m boca; 1,81 m calado
Armamento: 1 x peça "Oerlikon" de 20 mm; 1 x lançador de foguetes de 37 mm; 2 x MG42 de 7,62 mm;  
Propulsão: 2 motores Cummins NRTO-6M a gasóleo com 470 b. h..p. - 2 veios = 11,9 nós
Sensores: 1 x Radar DECCA 303 auxiliar de navegação; 1 x Transreceptor Pye Swordfish II; 1 x Sonda Ferrograph offshore
Guarnição: 7 marinheiros (1 oficial, 1 sargentos e 5 praças)





Armada Portuguesa: 4ª Esquadrilha de Submarinos: Classe "Albacora" (1967-210)

 A classe Albacora é a variante da Marinha Portuguesa da classe de submarinos Daphné de origem francesa. Esta classe foi construída nos Estaleiros "Ateliers Dubigeon-Normandie", em Nantes (França), e formaram a 4ª Esquadrilha de Submarinos da Marinha de Guerra Portuguesa. Substituíram a classe "Neptuno" (classe "S"), 3ª Esquadrilha de origem inglesa, construídos durante a II Guerra Mundial.

NRP Albacora S163 (1967-2000)
Em Setembro de 1973, o "Albacora" depois de participar no exercício NATO "QUICK SHAVE" sofreu uma anomalia no sistema de comunicações que impossibilitou de comunicar ao início da viagem de regresso ao Comando da Marinha Portuguesa e da NATO, despoletando uma ação de SAR a nível nacional e da NATO.
NRP Barracuda S164 (1968-2010)
Em Maio de 1983, o "Barracuda" durante o exercício NATO "LOCKED GATE 83", realizado numa área a Sul de Cádiz - Espanha, constituiu com outros submarinos uma barreira de oposição ao trânsito de forças de superfície opositoras que navegavam para o Mar Mediterrâneo, através do Estreito de Gibraltar. Na sequência da intercepção de comunicações, o "Barracuda" identificou a aproximação da força naval do porta-aviões nuclear "Eisenhower" (CBG - Carrier Battle Group) da Marinha dos EUA, não integrada no exercício, com destino ao Mar Mediterrâneo a fim de render o CBG da 6.ª Esquadra. Após análise dos dados disponíveis foi possível identificar que a força naval cruzaria o limite Norte da área de patrulha atribuída ao "Barracuda", pelo que com base na detecção a longa distância da força naval, na identificação do respectivo rumo de progressão e fazendo uso do profundo conhecimento das condições batitermográficas prevalecentes na zona, foi possível posicionar taticamente o "Barracuda", utilizando as zonas de sombra dos sonares dos navios de escolta da cobertura de proteção do porta-aviões de modo a dificultar a respectiva detecção. Perante a situação táctica e a possibilidade irrecusável de tentar-se simular um ataque a um porta-aviões, foi decidido manobrar de forma a passar sem ser detectado pela poderosa cobertura de proteção do "Eisenhower", constituída em avanço por helicópteros ASW com sonar em ativo e posteriormente por navios de superfície operando também os sonares em ativo. Tal manobra foi conseguida com recurso a opções tácticas adequadas, permitindo ultrapassar com êxito total a cobertura do "Eisenhower" e posicionar o "Barracuda" a navegar ao mesmo rumo e sob o porta-aviões, até atingir a posição de ataque simulado com torpedos, totalmente indetetado. Após a ação e logo que a situação táctica e operacional o permitiu, o "Barracuda" foi à cota periscópica e transmitiu uma mensagem para a entidade condutora do exercício (CINCIBERLANT), relatando a ação. O CBG só teve conhecimento da ação à posteriori e com suporte nos registos efetuados a bordo do "Barracuda" durante a ação. Em 1994, o "Barracuda" no final de um exercício "FOST" quando emergia à cota periscópica, embateu num cargueiro no Canal da Mancha, não se registaram baixas, apenas danos estruturais na torre.
NRP Cachalote S165 (1969-1975)
A 29 de Outubro de 1975, o "Cachalote" foi abatido ao efetivo e vendido à França no Porto de Toulon que por sua vez vendeu-o ao Paquistão em Janeiro de 1976, sendo batizado de "Ghazi", posteriormente ao ser modernizado recebeu a capacidade para lançar mísseis anti-navio SUB-HARPOON.
NRP Delfim S166 (1969-2005)
Em Setembro de 1972, ocorreu um incêndio no sistema propulsor do "Delfim" quando navegava em snorkel, pouco depois de zarpar do Porto do Funchal - Ilha da Madeira.
Características
Tipo: Submarino de ataque
Deslocamento: 1043 tons.
Dimensões: 57 m comp.; 6,8 m boca; 5,2 m calado
Armamento: 12 tubos de torpedos
Profundidade: 300 m
Propulsão: 2 motores diesel SEMT-Pielstick 12 PA4 185 de 1300 cv: 2 motores elétricos Jeumont-Schneider de 1,7 MW<br<2 eixos
Velocidade: 16 nós
Sonar: Sonar de pesquisa ativa e ataque Thomsom-CSF/Thales DSUV-2
Radar: 
Radar de navegação Kelvin Hughes KH-1007(F)
Guarnição: 54 marinheiros

Armada Portuguesa: Fragatas Classe "Comandante João Belo" (1967-2008)

Tratava-se de uma classe navios de guerra modernos nos anos 60, versátil, robusta, com uma boa autonomia, optimizadas para missões em zonas de clima e águas tropicais, capazes de realizar missões de soberania em Portugal, nas colónias africanas, Macau e Timor-Leste.
Fragata NRP João Belo (1967-2008)
A classe era a versão portuguesa da classe Comandant Rivière, de origem francesa.

Exercício de Tiro (NRP João Belo)

NRP Hermenegildo Capelo (1968-2004)
A "Hermenegildo Capelo", foi o primeiro navio da Marinha de Guerra Portuguesa a incorporar militares femininos (15 praças).
NRP Roberto Ivens (1968-1998)
Em 1995, a "Roberto Ivens" durante umas manobras da NATO, colidiu com o reabastecedor da Marinha de Guerra do Canadá "Preserver", resultando em elevados danos na proa, ainda começou-se a construir uma nova proa no Arsenal do Alfeite, mas devido a colisão o veio da hélice desalinhou completamente e consecutivamente não chegou a ser reparada, sendo abatida ao efetivo em 1998.
Fragata NRP Sacadura Cabral (1969-2008)
Em Abril de 2008 a fragata Sacadura Cabral juntamente com a fragata Comandante João Belo foram transferidas para a Armada Nacional do Uruguai.
Características
Tipo: Fragata anti-submarina
Deslocamento: 2 250 toneladas
Dimensões: 102 m comp.; 11,5 m boca; 4,42 m calado
Armamento: (inicial) 3 peças simples de 100 mm (alcance 17 km); 2 peças simples de 40 mm (alcance 12 km); 1 morteiro quádruplo A/S de 305 mm; 2 reparos triplos lança- torpedos de 550 mm
Propulsão: 4 diesel Semt - Pielstick de 18 760 b.h.p. - 2 veios = 26 nós
Radares: (inicial) 1 de aviso aéreo DRBV 22 (alcance 67 km); 1 de aviso superfície DRBV 50 (alcance 30 km); 1 de navegação K.H.1007 (alcance 37 km); 1 de controle de tiro DRBC 32 (alcance 22 km)
Sonares: (inicial) DUBA 3A; SQS 17
Guarnição: (inicial) 200 marinheiros

Armada Portuguesa: Lanchas Fiscalização Classe "Dom Aleixo" (1967-1998)

Construídas nos Estaleiros Navais de S. Jacinto em Aveiro, foram entregues à Armada em 1967. Construídas para servir nas águas de Timor, mas que por circunstâncias várias acabaram por não seguir para aquele território. Destinaram-se ao patrulhamento das águas de Cabo Verde. Depois da independência de Cabo Verde, em 1975, as embarcações passaram a ser usadas na fiscalização da costa do Algarve.

Lancha Pequena Dom Aleixo (1967-1998)
As embarcações da classe foram batizadas em honra de dois chefes tradicionais de Timor - D. Aleixo Corte-Real e D. Jeremias de Lucas - mortos pelos invasores japoneses, em defesa da soberania portuguesa, durante a Segunda Guerra Mundial.

Lancha Pequena Dom Jeremias (1967-1998)
A lancha NRP Dom Jeremias, operou como embarcação hidrográfica, entre 1977 e 1989, voltando, depois ao serviço de fiscalização. Ambas as embarcações da classe foram desativadas em 1998.
Características técnicas
Tipo: Lancha de Fiscalização
Deslocamento: 68 toneladas;
Dimensões: 25 m comp.; 5,1 m boca; 1,5 m calado
Armamento: 1 x peça "Oerlikon" de 20 mm;
Propulsão: 2 motores diesel Cummins com 1270 bhp = 16 nós
Sensores: 
Guarnição: 10 marinheiros