A classe Albacora é a variante da Marinha Portuguesa da classe de submarinos Daphné de origem francesa. Esta classe foi construída nos Estaleiros "Ateliers Dubigeon-Normandie", em Nantes (França), e formaram a 4ª Esquadrilha de Submarinos da Marinha de Guerra Portuguesa. Substituíram a classe "Neptuno" (classe "S"), 3ª Esquadrilha de origem inglesa, construídos durante a II Guerra Mundial.
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NRP Albacora S163 (1967-2000) |
Em Setembro de 1973, o "Albacora" depois de participar no exercício NATO "QUICK SHAVE" sofreu uma anomalia no sistema de comunicações que impossibilitou de comunicar ao início da viagem de regresso ao Comando da Marinha Portuguesa e da NATO, despoletando uma ação de SAR a nível nacional e da NATO.
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NRP Barracuda S164 (1968-2010) |
Em Maio de 1983, o "Barracuda" durante o exercício NATO "LOCKED GATE 83", realizado numa área a Sul de Cádiz - Espanha, constituiu com outros submarinos uma barreira de oposição ao trânsito de forças de superfície opositoras que navegavam para o Mar Mediterrâneo, através do Estreito de Gibraltar. Na sequência da intercepção de comunicações, o "Barracuda" identificou a aproximação da força naval do porta-aviões nuclear "Eisenhower" (CBG - Carrier Battle Group) da Marinha dos EUA, não integrada no exercício, com destino ao Mar Mediterrâneo a fim de render o CBG da 6.ª Esquadra. Após análise dos dados disponíveis foi possível identificar que a força naval cruzaria o limite Norte da área de patrulha atribuída ao "Barracuda", pelo que com base na detecção a longa distância da força naval, na identificação do respectivo rumo de progressão e fazendo uso do profundo conhecimento das condições batitermográficas prevalecentes na zona, foi possível posicionar taticamente o "Barracuda", utilizando as zonas de sombra dos sonares dos navios de escolta da cobertura de proteção do porta-aviões de modo a dificultar a respectiva detecção. Perante a situação táctica e a possibilidade irrecusável de tentar-se simular um ataque a um porta-aviões, foi decidido manobrar de forma a passar sem ser detectado pela poderosa cobertura de proteção do "Eisenhower", constituída em avanço por helicópteros ASW com sonar em ativo e posteriormente por navios de superfície operando também os sonares em ativo. Tal manobra foi conseguida com recurso a opções tácticas adequadas, permitindo ultrapassar com êxito total a cobertura do "Eisenhower" e posicionar o "Barracuda" a navegar ao mesmo rumo e sob o porta-aviões, até atingir a posição de ataque simulado com torpedos, totalmente indetetado. Após a ação e logo que a situação táctica e operacional o permitiu, o "Barracuda" foi à cota periscópica e transmitiu uma mensagem para a entidade condutora do exercício (CINCIBERLANT), relatando a ação. O CBG só teve conhecimento da ação à posteriori e com suporte nos registos efetuados a bordo do "Barracuda" durante a ação. Em 1994, o "Barracuda" no final de um exercício "FOST" quando emergia à cota periscópica, embateu num cargueiro no Canal da Mancha, não se registaram baixas, apenas danos estruturais na torre.
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NRP Cachalote S165 (1969-1975) |
A 29 de Outubro de 1975, o "Cachalote" foi abatido ao efetivo e vendido à França no Porto de Toulon que por sua vez vendeu-o ao Paquistão em Janeiro de 1976, sendo batizado de "Ghazi", posteriormente ao ser modernizado recebeu a capacidade para lançar mísseis anti-navio SUB-HARPOON.
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NRP Delfim S166 (1969-2005) |
Em Setembro de 1972, ocorreu um incêndio no sistema propulsor do "Delfim" quando navegava em snorkel, pouco depois de zarpar do Porto do Funchal - Ilha da Madeira.
Características
Tipo: Submarino de ataque
Deslocamento: 1043 tons.
Dimensões: 57 m comp.; 6,8 m boca; 5,2 m calado
Armamento: 12 tubos de torpedos
Profundidade: 300 m
Propulsão: 2 motores diesel SEMT-Pielstick 12 PA4 185 de 1300 cv: 2 motores elétricos Jeumont-Schneider de 1,7 MW<br<2 eixos
Velocidade: 16 nós
Sonar: Sonar de pesquisa ativa e ataque Thomsom-CSF/Thales DSUV-2
Radar: Radar de navegação Kelvin Hughes KH-1007(F)
Guarnição: 54 marinheiros