Trata-se de uma grande e imponente caverna lávica, bastante profunda. Tem um comprimento máximo de 194 metros, uma largura máxima de 172 metros, com cerca de 50 metros de altura de tecto na parte central e que se caracteriza por ter um tecto em forma de abóbada perfeita.
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Trilho de Acesso |
A furna localiza-se na parte SE da Caldeira da Graciosa, e comunica com o exterior através de duas aberturas dispostas ao longo de uma direcção geral noroeste-sudeste. Tem uma direcção alongada numa direcção que geralmente se oriente no sentido SE. Esta furna teve origem em dois centros eruptivos da Caldeira da ilha Graciosa.
O acesso ao interior desta gruta faz-se por uma torre de cantaria e alvenaria com 37 metros de altura que contem uma escada em caracol que se prolonga por 183 degraus. A construção deste acesso foi concluída em 1939.
A exploração desta gruta teve início no Século XIX por vários investigadores entre os quais o Príncipe Alberto do Mónaco e os naturalistas Ferdinand André Fouqué e Georg Hartung.
Esta gruta é considerada única no campo vulcano-espeleológico internacional e a sua génese está associada a uma importante fase efusiva intracaldeira, do tipo havaiano, que envolveu a formação de um lago de lava.
Na fase final desta erupção havaiana, a lava existente no interior da caldeira, ainda fluida, foi drenada ao longo da conduta principal do vulcão, precisamente pela zona onde se encontra actualmente esta cavidade.
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Torre de Acesso ao Interior |
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Lagoa no seu interior |
No interior da Furna do Enxofre e para além de uma lagoa de água fria, encontra-se um importante campo de desgasificação formado por uma fumarola com lama e por emanações gasosas difusas de dióxido de carbono no chão da gruta.
Por vezes em certas condições ambientais a concentração de dióxido de carbono no ar atmosférico interior pode atingir valores superiores aos admissíveis em termos de saúde pública, facto pelo qual o local é monitorizado em contínuo.