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Banco de Angola: A série de notas de 1956

 Em 1953 foi aprovada a Lei Orgânica do Ultramar que estabeleceu o Escudo como a moeda de todas as Colónias. Assim, o Banco de Angola começou a providenciar pela substituição do Angolar pelo Escudo. As notas embora todas diferentes apresentaram uma uniformidade de estilo que em muito a sua estética. Na frente surgia a presença de elementos importantes da história da província associados à representação de obras importantes de fomento, no verso belas gravuras de fauna angolana. Apresentaram ainda a novidade técnica de terem filete de segurança integrado no papel.

Nota 20$00 escudos
A nota de 20$ prestou homenagem à figura de Silva Porto, explorador de África. Na frente com fundo amarelo-laranja, surgia a figura do homenageado à direita em tons castanhos. No corpo à esquerda a representação do Silo do Porto de Lobito e à esquerda um Padrão dos Descobrimentos. No verso, gravura em castanho de manada antílopes em corrida na savana.
Emissão: 1956
Retirada de circulação: 1962
Nota 50$00 escudos
A nota de 50$ impressa em verde, apresentava na frente a efígie de Henrique Carvalho (militar e explorador de África) e gravura do Aeroporto Craveiro Lopes de Luanda, para além do Padrão de Descobrimentos. No verso gravura de manada de bois-cavalos junto a troço de água na savana.
Emissão: 1956
Retirada de circulação: 1962
Nota 100$00 escudos
A nota de 100$ impressa em tons de azul, apresentava a efígie de Serpa Pinto e a gravura da Ponte Salazar sobre o rio Cuanza. Ao contrário das notas de menor valor da série tinha marca de água à esquerda. No reverso em violeta surgia a gravura de uma manada de elefantes junto a curso de água.
Emissão: 1956
Retirada de circulação: 1962
Nota 500$00 escudos
A nota de 500$ foi impressa em tons de vermelho, com a efígie de Roberto Ivens colocada à esquerda, ao centro gravura aérea do Porto de Luanda e à direita a marca-de-água e imagem de Padrão dos Descobrimentos. No reverso nos mesmos tons eram visíveis dois rinocerontes na savana africana.
Emissão: 1956
Retirada de circulação: 1962
Nota 1000$00 escudos
A nota de 1000$ era a mais complexa da série com efígie de Brito Capelo à direita. Ao centro gravura da Barragem das Mabubas e à esquerda a marca-de-água e Padrão dos Descobrimentos. A frente foi impressa em tons laranja. No verso gravura com palancas negras, animal que é o símbolo do país em tons de cinza.
Emissão: 1956
Retirada de circulação: 1962


Armada Portuguesa: Lancha Fiscalização "Rio Minho I" (1957-1983) & "Rio Minho II" (1991-...)

NRP Rio Minho I
Foi construída no Arsenal do Alfeite em 1957, e esteve ao serviço da Armada até 1983. Esta lancha prestou serviço no Rio Minho. 
Características
Tipo: Lancha de Fiscalização
Deslocamento: 14 toneladas
Dimensões: 13,17 m comp.; 3,23 m boca; 0,80 m calado
Armamento: 2 metralhadoras de 7.62 mm 
Propulsão: 2 motores diesel de 130 b.h.p. - 2 veios = 9 nós
Guarnição: 8 marinheiros
NRP Rio Minho II
Foi construída no Arsenal do Alfeite, tendo sido aumentada ao efectivo em 1-8-1991. Está ao serviço na fiscalização fronteiriça do Rio Minho.

Características
Tipo: Lancha de Fiscalização
Deslocamento: 72 toneladas
Dimensões: 22,40 m comp.; 6 m boca; 0,80 m calado
Armamento: 2 metralhadoras de 7.62 mm 
Propulsão: 2 motores diesel KHD - Deutz de 664 h.p. servindo dois hidrojactos Schottel = 9,5 nós
Guarnição: 8 marinheiros

Armada Portuguesa: Fragata "Pero Escobar" (1957-1975)

Foi o primeiro navio construído do projecto de destroyer escorts (contratorpedeiros de escolta) Pero Escobar (DE-1032) da Marinha dos Estados Unidos. O navio foi desenhado e construído nos estaleiros Castellamare di Stabiana, Itália - com base em projetos norte-americanos - e cedido, pelos EUA, à Marinha Portuguesa. Além dos navios para Portugal, foram, também, construídos três outros da mesma classe para a Venezuela, formando, aí, a Classe Almirante Clemente.
Proa da Fragata Pero Escobar
Durante bastantes anos, a fragata Pêro Escobar foi o navio mais rápido da Armada Portuguesa. Pelas suas linhas elegantes, a fragata era apelidada Gina pela sua guarnição. Em 1961 a Pêro Escobar esteve envolvida na perseguição e busca ao paquete Santa Maria, desviado por opositores ao Estado Novo.
Popa da "Gina " como era apelidada 
No final da década de 1960 o navio teve os seus sistemas de armamento modernizados, de modo a torná-los compatíveis com os das fragatas da Classe Pereira da Silva, navios bastante semelhantes, também baseados num projeto de destroyers escorts dos EUA.
Características
Tipo: Fragata 
Deslocamento: 1600 toneladas
Dimensões: 93 m comp.; 10,8 m boca; 3 m calado
Armamento: 2 peças simples de 76 mm; 1 peça dupla de 40 mm; 2 peças duplas de 20 mm: 1 reparo triplo lança torpedos de 21"; 2 SQUIDS A/S; 2 calhas lança bombas de profundidade
Propulsão: 2 caldeiras óleo Foster Wheeler e 2 turbinas vapor com 24 000 cv - 2 veios = 32,6 nós
Autonomia: 8 000 km a 12 nós
Radares: 1 de aviso aéreo MLA 1B, 1 de aviso de superfície SPS 12, controle de tiro NSG ELSAG.
Sonares: AN/SQS 17 A
Guarnição: 160 marinheiros
 Peça de ré 76 mm/50 Mk33 (depois da modernização)
A fragata deixou de ser usada, operacionalmente, sendo abatida ao efetivo da Armada em 1975.

Armada Portuguesa: Fragatas Classe "Diogo Cão" (1957-1968)

Os dois navios, recebidos por Portugal, pertenciam à Classe John C. Butler de destroyers escorts (escoltas contratorpedeiros), construídos para a Marinha dos Estados Unidos no final da Segunda Guerra Mundial, 1944. Este tipo de navio estava vocacionado para a escolta de comboios de navios mercantes, além de outras tarefas complementares como o patrulhamento e o reconhecimento radar.
NRP Diogo Cão (1957-1968) Ex-USS Formoe (DE-509)
Em 1957, foram cedidos à Marinha Portuguesa, ao abrigo do Mutual Defense Assistance Program (MDAP), sendo, aqui, classificadas como fragatas. Os dois navios mantiveram-se em serviço até 1968, sendo substituídos pelas fragatas da Classe Pereira da Silva.
NRP Corte Real (1957-1968) Ex-USS McCoy Reynolds (DE-440)
Características
Tipo: Fragata
Deslocamento: 2100 toneladas
Dimensões: 93,3 m comp.; 11,2 m boca; 3,4 m calado
Armamento: 2 peças de 127 mm; 3 peças duplas e 1 quádrupla de 40 mm; 2 SQUIDS A/S; 2 calhas cargas Profundidade
Propulsão: 2 turbinas a vapor de 12 000 i.h.p. – 1 veio = 24 nós
Radares: aviso aéreo SPU; aviso de superfície SPS 12; controle de tiro AN/SPG 34
Sensores: QCU 2
Guarnição: 216 marinheiros