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Cédulas do Município de Vila Nova de Famalicão (1917-1925) 2ª Parte

 PAPEL MOEDA em Portugal - 1ª Republica

Portugal nos seus quase 900 anos de existência sempre viveu em constantes instabilidades económicas. A moeda sempre existiu e sempre serviu de moeda de troca nas transações e negócios. Poderia ter sido um Pais estável, pois desde o inicio da sua existência que promoveu a expansão territorial interna e posteriormente com a expansão internacional através dos descobrimentos tornando-se num forte País comerciante.
Cédula: Vila Nova de Famalicão $01 Centavo (Pinto & Cª)
Neste período áureo poder-se-á dizer que ou investiu ou gastou e nunca juntou. As riquezas trazidas de toda a parte do mundo serviram os interesses da época e sempre utilizada para a má gestão, pessoal, do País e suas colónias. Já no séc. XIX, o Brasil foi a nossa bolsa financeira com os Torna-Viagens que permitiram trazer muita riqueza e com eles investir num Portugal carenciado e pobre.
Cédula: Vila Nova de Famalicão $02 Centavos (Pinto & Cª)
Com a entrada do séc. XX e com a Primeira Republica, a instabilidade politica é permanente, e a Grande Guerra complementou-a e juntou-se à desordem social, económica e financeira. Com a implantação do novo regime, surgiram alterações monetárias, isto é, instituiu-se uma nova unidade monetária e modificaram-se os títulos das moedas, o seu peso e a liga, sendo tudo de forma a evitar-se qualquer alteração do seu valor real.
Cédula: Vila Nova de Famalicão $02 Centavos (Pinto & Cª)
Em 22 de maio de 1911, através de Decreto-Lei, foi adoptada como unidade de cunhagem monetária, o escudo (divisível em 100 centavos), moeda de ouro equivalente ao antigo décimo de coroa, com o valor de 1000 réis, e que só apareceu como ensaio. Do mesmo modo, existiram moedas de 5 escudos, de ouro, de 1920, que não chegaram a entrar em circulação. Nos últimos anos da Primeira Republica, a situação económica era tão desesperada e tão má, que o poder de aquisição do escudo (1000 réis) começou a degenerar e a moeda metálica, cujo valor intrínseco ultrapassava o nominal, desapareceu de circulação.
Cédula: Louro $01 Centavo (Costa Macedo & Filhos)
Na década de 20, com esta crise monetária, o País sentia a necessidade de dinheiro corrente e de baixo valor, indispensável a pequenas transações, que não havia. A elevada inflação fez com que a moeda se desvalorizasse de tal forma que o "metal de uma moeda era mais valioso do que o seu valor de rosto".
Cédula: Louro $02 Centavos (Costa Macedo & Filhos)
A necessidade da pequena moeda de troca, a partir de 1914, o governo autorizou a Casa da Moeda a emitir cédulas que se destinavam a substituir as moedas de cinco, dez e vinte centavos, verificando que esta medida não era suficiente acabando por permitir a autorização da emissão desse papel por parte das câmaras municipais dentro da área dos respectivos concelhos, generalizando-se com a emissão por parte de outras entidades.
Cédula: Vila Nova de Famalicão $01 Centavo (Brandão & Cª)
Em 1923, a inflação era de 1.720 %, o País com uma dívida milionária e ainda dívidas de guerra por pagar, o escudo valia tão pouco que efetivamente compensava guardar as moedas pelo valor metálico que tinham.
Cédula: Vila Nova de Famalicão $02 Centavos (Brandão & Cª)
Surgiu como pratica generalizada, pela sua necessidade, e fora do âmbito da Casa da Moeda, o recurso por parte de muitas câmaras municipais, Misericórdias, entidades publicas e até por entidades privadas, à emissão de notas e títulos com valor monetário, servindo de uso interno nesses concelhos, por forma a evitar a utilização da moeda, já inexistente, designando-a de "cédula de papel" ou "papel moeda".
Cédula: Arnoso $02 Centavos (José Ferreira Rodrigues)
Estas emissões eram clandestinas e ilegais, mas autorizadas pelo Estado, circulavam livremente e eram aceites como de dinheiro se tratasse. Assistia-se ao "entesouramento das moedas, que refundidas por particulares rendiam acima do valor do seu rosto". Como a metal não existia e a escassez era tanta, o papel era o elemento básico para a sua concretização. A moeda papel fabricava-se em formato pequeno, de valor determinado e artisticamente bem trabalhado, e transformava-se em verdadeiro dinheiro regional.

Em regra estas moedas-papel continham um valor entre um e cinco centavos, por vezes até de maior valor e perduraram entre os anos de 1917 a 1925, tendo já o governo proibido a sua circulação em 1924, mas só após a revolução de 28 de maio de 1926 é que começaram a desaparecer definitivamente com a emissão em massa, de moeda de pequeno valor.

Este processo iniciado durante a guerra foi utilizado, dentro dos seus espaços territoriais de 178 concelhos do País, sendo que Lisboa e Porto não seguiram esta pratica.
Esta mudança de tipo de moeda sofreu num espaço de cerca de 40 anos a uma inversão de 180 graus, isto é, se em 1890 mais de 90% das transações eram feitas em metal, em 1925 faz-se em papel em 99% da sua circulação.
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Armada Portuguesa: Lancha Fiscalização "Rio Minho I" (1957-1983) & "Rio Minho II" (1991-...)

NRP Rio Minho I
Foi construída no Arsenal do Alfeite em 1957, e esteve ao serviço da Armada até 1983. Esta lancha prestou serviço no Rio Minho. 
Características
Tipo: Lancha de Fiscalização
Deslocamento: 14 toneladas
Dimensões: 13,17 m comp.; 3,23 m boca; 0,80 m calado
Armamento: 2 metralhadoras de 7.62 mm 
Propulsão: 2 motores diesel de 130 b.h.p. - 2 veios = 9 nós
Guarnição: 8 marinheiros
NRP Rio Minho II
Foi construída no Arsenal do Alfeite, tendo sido aumentada ao efectivo em 1-8-1991. Está ao serviço na fiscalização fronteiriça do Rio Minho.

Características
Tipo: Lancha de Fiscalização
Deslocamento: 72 toneladas
Dimensões: 22,40 m comp.; 6 m boca; 0,80 m calado
Armamento: 2 metralhadoras de 7.62 mm 
Propulsão: 2 motores diesel KHD - Deutz de 664 h.p. servindo dois hidrojactos Schottel = 9,5 nós
Guarnição: 8 marinheiros

Armada Portuguesa: Fragata "Pero Escobar" (1957-1975)

Foi o primeiro navio construído do projecto de destroyer escorts (contratorpedeiros de escolta) Pero Escobar (DE-1032) da Marinha dos Estados Unidos. O navio foi desenhado e construído nos estaleiros Castellamare di Stabiana, Itália - com base em projetos norte-americanos - e cedido, pelos EUA, à Marinha Portuguesa. Além dos navios para Portugal, foram, também, construídos três outros da mesma classe para a Venezuela, formando, aí, a Classe Almirante Clemente.
Proa da Fragata Pero Escobar
Durante bastantes anos, a fragata Pêro Escobar foi o navio mais rápido da Armada Portuguesa. Pelas suas linhas elegantes, a fragata era apelidada Gina pela sua guarnição. Em 1961 a Pêro Escobar esteve envolvida na perseguição e busca ao paquete Santa Maria, desviado por opositores ao Estado Novo.
Popa da "Gina " como era apelidada 
No final da década de 1960 o navio teve os seus sistemas de armamento modernizados, de modo a torná-los compatíveis com os das fragatas da Classe Pereira da Silva, navios bastante semelhantes, também baseados num projeto de destroyers escorts dos EUA.
Características
Tipo: Fragata 
Deslocamento: 1600 toneladas
Dimensões: 93 m comp.; 10,8 m boca; 3 m calado
Armamento: 2 peças simples de 76 mm; 1 peça dupla de 40 mm; 2 peças duplas de 20 mm: 1 reparo triplo lança torpedos de 21"; 2 SQUIDS A/S; 2 calhas lança bombas de profundidade
Propulsão: 2 caldeiras óleo Foster Wheeler e 2 turbinas vapor com 24 000 cv - 2 veios = 32,6 nós
Autonomia: 8 000 km a 12 nós
Radares: 1 de aviso aéreo MLA 1B, 1 de aviso de superfície SPS 12, controle de tiro NSG ELSAG.
Sonares: AN/SQS 17 A
Guarnição: 160 marinheiros
 Peça de ré 76 mm/50 Mk33 (depois da modernização)
A fragata deixou de ser usada, operacionalmente, sendo abatida ao efetivo da Armada em 1975.

Armada Portuguesa: Fragatas Classe "Diogo Cão" (1957-1968)

Os dois navios, recebidos por Portugal, pertenciam à Classe John C. Butler de destroyers escorts (escoltas contratorpedeiros), construídos para a Marinha dos Estados Unidos no final da Segunda Guerra Mundial, 1944. Este tipo de navio estava vocacionado para a escolta de comboios de navios mercantes, além de outras tarefas complementares como o patrulhamento e o reconhecimento radar.
NRP Diogo Cão (1957-1968) Ex-USS Formoe (DE-509)
Em 1957, foram cedidos à Marinha Portuguesa, ao abrigo do Mutual Defense Assistance Program (MDAP), sendo, aqui, classificadas como fragatas. Os dois navios mantiveram-se em serviço até 1968, sendo substituídos pelas fragatas da Classe Pereira da Silva.
NRP Corte Real (1957-1968) Ex-USS McCoy Reynolds (DE-440)
Características
Tipo: Fragata
Deslocamento: 2100 toneladas
Dimensões: 93,3 m comp.; 11,2 m boca; 3,4 m calado
Armamento: 2 peças de 127 mm; 3 peças duplas e 1 quádrupla de 40 mm; 2 SQUIDS A/S; 2 calhas cargas Profundidade
Propulsão: 2 turbinas a vapor de 12 000 i.h.p. – 1 veio = 24 nós
Radares: aviso aéreo SPU; aviso de superfície SPS 12; controle de tiro AN/SPG 34
Sensores: QCU 2
Guarnição: 216 marinheiros