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BNU: 1ª Emissão “Heróis da Ocupação” para Moçambique (1951-1972)

 Com a estabilização do sistema monetário iniciou-se em 1950 a substituição da emissão António Enes por uma emissão com notas que homenageavam diferentes figuras relacionadas com a ocupação do território de Moçambique, à semelhança das emissões angolanas. Esta série que homenageou ficou assim conhecida como Emissão “Heróis da Ocupação”.

50$00 Escudos (Eduardo Costa)
As notas de 50$ apresentavam a efígie de Eduardo Costa, major do exército português que se destacou em várias campanhas no século XIX em Moçambique, colocada em moldura oval à direita. Legendas e moldura impressos em roxo. Numeração a vermelho. No verso impresso em verde, apresentava no centro a entrada do Forte de São Sebastião na Ilha de Moçambique.
Emissão: 1951
Retirada de circulação: 1958

100$00 Escudos (Aires de Ornelas)
Nota com estrutura semelhante à de 50 escudos apresentava a efígie de Aires de Ornelas (militar envolvido nas Campanhas de Ocupação de Moçambique). Para além das diferenças associadas à referência do valor foi impressa em vermelho e laranja sobre fundo verde.
Emissão: 1952
Retirada de circulação: 1958
500$00 Escudos (Caldas Xavier)
Nota de 500$ apresentava a efígie de Caldas Xavier (militar que se distinguiu nas Campanhas de Ocupação de Moçambique) à direita em moldura quadrada. No centro, o brasão nacional laureado no topo e restantes legendas. Impressa em roxo sob fundo multicolor, com decreto, numeração e assinaturas a preto. No verso, brasão de Moçambique ao centro e à esquerda selo BNU, com as mesmas cores da frente.
Emissão: 1954
Retirada de circulação: 1972
1000$00 Escudos (Mouzinho de Albuquerque)
As notas de 1000 escudos apresentavam a efígie de Mouzinho de Albuquerque, militar que se destacou na Campanha de Ocupação e Pacificação de Moçambique, figura que mereceu também destaque na notafilia da metrópole (20$ chapa 5). Esta nota apresentou o padrão de desenhos mais complexos dado também o valor envolvido e risco de contrafação. Impressas em azul-escuro sob fundo multicolor, com data, decreto, numeração e assinaturas em preto.
Emissão: 1954
Retirada de circulação: 1970

Armada Portuguesa: Os Últimos Aviões da Aviação Naval (1950)

Aviões "Curtiss Helldiver SB2C-5" (1950-1952)

A Aviação Naval (AN) recebeu 24 aviões Curtiss SB2C-5 Helldiver, fornecidos ao abrigo do Mutual Assistance Pact (MAP).

Curtiss Helldiver SB2C-5
Ainda que fossem essencialmente bombardeiros, vieram para Portugal destinados a operações de luta anti-submarino. Foram-lhes retirados os ganchos para aterragem em porta-aviões, assim como as metralhadoras do lugar do navegador.  Após a sua constituição, em 1952, a Força Aérea Portuguesa (FAP) recebeu da AN os Curtiss SB2C-5 Helldiver
Características técnicas
Dimensões: Envergadura: 14,80 m ; Comprimento: 11,20 m; Altura: 3,10 metros
Peso: 7.540 kg
Motor: 1 motor Wrigth GR-2600-20 Cyclone, de 14 cilindros radiais em dupla estrela, arrefecidos  por ar, de 1.900  hp. Hélice: metálico, de quatro pás, de passo variável .
Velocidade: 452  Km/h
Armamento: Defensivo: 2 metralhadoras acopladas, de 12,7 mm, operadas pelo observador.
                      Ofensivo: 2 canhões de 20 mm, instalados no plano central das asas; 907 Kg de bombas, transportadas no interior da fuselagem; 4 foguetes (rockets) em cada asa.
Tripulação: 2 (piloto e navegador-radarista-metralhador).

Aviões "North-American SNJ-4 (T-6)" (1950-1952)
 A Aviação Naval (AN) recebeu em 1950 oito aviões North-American SNJ-4, a versão dos North-American AT-6D utilizada pela US Navy.
North-American SNJ-4 (T-6)
Foram transferidos para a FAP em 1952.
Características técnicas
Dimensões: Envergadura: 12,82 m ; Comprimento: 8,84 m; Altura: 3,66 metros
Peso: 2.540 kg
Motor: 1 motor Pratt & Whitney R-1340-AN1 Wasp, de 9 cilindros radiais arrefecidos  por ar, de 550  hp. Hélice: metálico, de duas pás, de passo variável.
Velocidade: 
402  Km/h
Armamento: 2 metralhadoras Browning 7,7 mm; 2 ninhos de foguetes; 2 bombas de 50 Kg  ou 6 bombas de 15 Kg.
Tripulação: 2 (piloto-instrutor e aluno).

Após trinta e cinco anos de atividade, a Aviação Naval era extinta enquanto meio operacional da Marinha, passando a integrar, em conjunto com a Aeronáutica Militar do Exército, a estrutura daquele que viria a ser o terceiro ramo das Forças Armadas: a Força Aérea Portuguesa. 

Trilho Reserva Natural da Lagoa do Fogo

Lagoa do Fogo a partir do Pico da Barrosa
Situado a uma altitude de 875 metros sobre o nível do mar, o Pico da Barrosa permite uma vista esplendorosa não só para a Lagoa do Fogo mas
Pico da Barrosa
 …para toda a zona central da Ilha de São Miguel, permitindo visualizar tanto a costa norte como a costa sul.
A deslumbrante Lagoa do Fogo, a segunda maior da Ilha, que nasceu no interior da cratera do Vulcão do Fogo, é a mais jovem caldeira da ilha de São Miguel. O contraste das águas azuis da lagoa com o verde da vegetação endémica dos Açores, que pinta toda a caldeira do Vulcão do Fogo, é de uma beleza onírica.
A Lagoa do Fogo pode ser apreciada através dos diversos miradouros existentes, já que esta encontra-se mais abaixo das montanhas.
Miradouro da Lagoa do Fogo
Observá-la do miradouro homónimo ou do altaneiro Miradouro do Pico da Barrosa é de deixar qualquer um boquiaberto. Mas, em minha opinião, a experiência não fica completa sem ir percorrer o fenomenal Trilho da Lagoa do Fogo, outro dos trilhos de São Miguel que considero imperdível.
Este trilho linear liga o Miradouro da Lagoa do Fogo à paradisíaca Praia Fluvial da Lagoa do Fogo, eleita uma das 7 Maravilhas de Portugal (na categoria de praia selvagem). 
Ir e vir até à Praia da Lagoa do Fogo são somente 4 km, mas a descida (e posterior subida) é bastante exigente, pois tem um declive de 120 metros em somente meio quilómetro. Um pequeno preço a pagar para poder ir dentro da cratera do Vulcão do Fogo!
Faz parte integrante da Rede Natura 2000, pelo facto de ter sido classificada como zona especial de conservação, aprovado por Decisão da Comissão Europeia no dia 28 de Dezembro de 2001, nos termos da Directiva Habitats 92/43/CEE do Conselho. Esta lagoa de águas muito azuis ocupa uma área de 1 360 ha, que é bastante tendo em atenção as dimensões da própria ilha.

O vulcão do Fogo dá forma ao grande maciço vulcânico da Serra de Água de Pau, localizado na zona central da Ilha de São Miguel. Toda esta zona é rodeado por uma densa e exuberante vegetação endémica.

Freguesia Pico da Pedra

O povoamento da localidade ter-se-á iniciado, provavelmente, no século XVI, tendo em conta o que escreveu o Dr. Gaspar Frutuoso na “Saudades da Terra”. Embora este cronista não se refira ao povoamento propriamente dito, cita um tal João Roiz do Pico da Pedra, que viveu no século XVI e que aqui possuía terras, assim como a família Moniz, cujas terras aqui, também, se localizavam.
Vista a partir do Miradouro da Reserva Florestal de Recreio do Pinhal da Paz
Igreja Paroquial do Pico da Pedra
Por um testamento de 1604, de Manuel Moniz, temos a notícia da construção da Ermida de Nossa Senhora dos Prazeres. Foi neste pequeno templo, curato desde 1735 que, até ao início do século XIX, se realizou todo o serviço religioso desta localidade. A Igreja Paroquial foi construída no início do século XIX. Nessa altura vivia no Pico da Pedra cerca de um milhar de pessoas.
Senhora dos Prazeres, Padroeira da freguesia
Os Alentejanos também passaram por aqui
Na década de 20 inicia-se a canalização da água ao domicílio. Em 1931 a corrente eléctrica chega ao Pico da Pedra. Em 1941, com o acentuar do conflito mundial, é aquartelado no Pico da Pedra um batalhão vindo do continente português, que aqui se manteve até ao termo da guerra. Pico da Pedra ganha um espaço de convívio e lazer com a construção do jardim público e coreto em 1945.

Poças da Dona Beija (Furnas)

Também conhecida como “Poças da Juventude”, “Água do Poço”, ou “Poças do Paraíso”, as Poças da Dona Beija são Piscinas Termais num cenário natural de ímpar beleza e encanto. As águas destas Poças são mais límpidas do que as do Tanque Termal Terra Nostra, pelo que a experiência é também ela diferente.
Tanque Meditação
Área termal da Poça com maior profundidade, possui duas entradas de água sob a forma de cascata com elevado caudal que permitem uma massagem natural revigorante devido à pressão de água e à gravidade. Este recinto é ladeado por uma parede ondulada, ergonómica, que permite aos visitantes relaxar sobre a mesma totalmente imersos nas águas termais da Poça, disfrutando da paisagem da ribeira e dos lameiros de inhames.
Tanque Serena
Zona termal de baixa profundidade, ideal para crianças, com duas entradas de água em cascata. As entradas de água estão posicionadas sobre estruturas em pedra que permitem ao visitante desfrutar sentado de uma massagem termal dentro de água. Na parede lateral existe um banco submerso que permite aos aquistas disfrutar da passagem silenciosa das águas termais que fluem para a ribeira.
Tanque Místico
Esta área termal possui um espaço por detrás de uma cortina de água onde os visitantes poderão experienciar uma sauna ao ar livre. Se preferir pode optar por desfrutar de uma massagem suave, bastando para isso inclinar-se um pouco para fora. O som do vento a brincar com a água termal, que cai formando a suave cortina, enche este espaço de uma musicalidade especial.
Convívio Thermae
Espaço criado de forma a propiciar o convívio entre amigos e familiares. Permite a escolha de duas profundidades diferentes (30 ou 60 cm) para relaxar confortavelmente nas águas termais férreas. Esta particularidade torna esta zona de lazer um recanto acolhedor para todos, desde miúdos a graúdos. A localização num nível mais elevado da Poça permite uma visão panorâmica sobre a ribeira que é favorecida pelo jogo de luzes ao anoitecer, realçando o enquadramento natural da vegetação.
Zona da Ribeira
Zona de lazer com quase um metro de profundidade, regulada por uma comporta amovível que proporciona uma mistura de água termal com água da ribeira que chega a atingir os 28°C. Este espaço dá resposta aos nossos visitantes mais calorentos que procuram um banho ameno. Por vezes, tendo em conta as condições climatéricas dos Açores, há necessidade de remover a comporta, o que altera a funcionalidade desta zona.