Foi um modelo de avisos de 2ª classe construídos no Arsenal de Marinha em Lisboa, sendo no final da sua carreira transformados em navios hidrográficos.
Inicialmente NRP Infante D. Henrique, mas rebatizado Pedro Nunes ainda antes de ser lançado à água. Como avisos coloniais, os navios da classe foram projetados para operarem nos territórios do Império Colonial Português com a missão de defesa da soberania de Portugal.
Navio Hidrográfico Pedro Nunes (1959-1976) |
Estando baseado na Guine Portuguesa, como navio hidrográfico, o Pedro Nunes no entanto ainda realizou ai algumas missões de combate, incluindo o apoio de fogo ás tropas portuguesas envolvidas na Guerra do Ultramar.
NRP João de Lisboa foi o último navio construído no Arsenal da Marinha, em Lisboa, foi aumentado ao efetivo dos Navios da Armada em Outubro de 1937. Largou de Macau em maio de 1942, quando a II Guerra Mundial se intensificou, regressando a Lisboa pelo Pacífico, tendo sido assim o segundo navio de guerra português, depois do cruzador São Gabriel (1909-1911), a completar uma viagem de circum-navegação. Prestou serviço em todos os territórios ultramarinos portugueses, tendo a sua última comissão na Índia, Macau e Moçambique, prolongando-se por seis anos (1954-1960). Este tempo de ausência de Lisboa só seria excedido pelo aviso Gonçalves Zarco (1955-1964).
Em maio de 1961, o João de Lisboa foi classificado como navio hidrográfico passando a servir na Brigada Hidrográfica O NRP João de Lisboa foi abatido ao Efetivo dos Navios da Armada em 30 de setembro de 1966, tendo sido substituído nas suas funções pelo NRP Afonso de Albuquerque.
Características técnicas
Tipo: Aviso de 2ª classe
Deslocamento: 1 217 toneladas
Dimensões: 70,5 m comp.; 10 m boca; 3,1 m calado
Armamento: 2 peças de 120 mm; 4 peças de 40 mm; 4 morteiros; 2 calhas lança-bombas de profundidade
Propulsão: 2 motores diesel MAN de 2400 h.p. - 2 veios = 16,5 nós
Guarnição: 139 marinheiros