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Família "Estrildidae"

Bico-de-lacre-comum (Estrilda astrild)
É um pássaro pequeno, cerca de 11 a 13 centímetros de comprimento e 12 a 14 centímetros de envergadura. Tem um peso de 7 a 10 gramas. Apresenta uma cor acastanhada mais escura no dorso e é mais acinzentado na região do peito. Tem o bico vermelho-vivo e uma risca vermelha à volta dos olhos e no peito. Os machos e fêmeas são idênticos, mas os machos têm uma cor mais vermelha no peito, diferenciando-se pela cor preta na base inferior da cauda, que na fêmea é de tom acastanhado.

Classificação científica
Domínio: Eukariota
Reino: Animalia
Subreino: Metazoa
Filo: Chordata
Subfilo: Vertebrata
Infrafilo: Gnathostomata
Superclasse: Tetrapoda
Classe: Aves
Subclasse: Neognathae
Ordem: Passeriformes
Subordem: Passeri
Família: Estrildinae
Tribo: Estrildini
Género: Estrilda
Espécie: E. astrild

Família "Passeridae"

Os passerídeos são aves de pequeno a médio porte, com comprimento médio entre 12 a 18 cm. O corpo é arredondado e robusto e termina em patas curtas. Estas aves são excelentes voadoras e em terra deslocam-se saltitando com ambas as patas. A plumagem dos passerídeos é pouco colorida, sendo o castanho, cinzento e preto as cores mais frequentes. O grupo apresenta dimorfismo sexual, com os machos maiores que as fêmeas e com padrões de coloração mais elaborados. O bico é curto, ligeiramente encurvado na ponta. Uma característica distintiva do grupo é a presença de uma estrutura ossificada na língua, uma adaptação à alimentação à base de sementes.

Petinha-dos-prados (Anthus pratensis)
Nidifica no norte da Europa e Ásia. Faz o ninho no chão. É em geral migratória, passando o Inverno no sul da Europa, norte de África e sul da Ásia, mas é residente na Irlanda, Grã Bretanha e França, onde fazem curtos movimentos para a costa ou terras baixas durante o Inverno. Os seus habitats naturais são: campos rupestres, terras baixas alagadas, praias, andando normalmente no solo.

Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Aves
Ordem: Passeriformes
Família: Passeridae
Género: Anthus
Espécie: A. pratensis




Pardal-doméstico (Passer domesticus) macho
A sua distribuição geográfica compreendia, originalmente, a maior parte da Europa e da Ásia, tendo sido introduzido acidental ou propositadamente na maioria da América, África subsariana, Austrália e Nova Zelândia. É actualmente a espécie de ave com maior distribuição geográfica no mundo


Pardal-doméstico (Passer domesticus) fêmea
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Aves
Ordem: Passeriformes
Família: Passeridae
Género: Passer
Espécie: P. domesticus

Família "Fringillidae"

São de pequeno ou médio porte e ostentam um bico forte, geralmente cónico e, nalgumas espécies, bastante largo. Todos têm 12 rectrizes e nove rémiges primárias. Os seus ninhos têm a forma de cesto e são construídos em árvores. O seu voo é caracterizado pela alternância entre impulsos bruscos de golpes de asa e momentos de deslize com as asas fechadas. A maior parte das espécies são canoras.
Verdilhão (Carduelis chloris)
Tem entre 14 e 16 cm de comprimento, uma envergadura de cerca de 25 a 28 cm,  um peso de 15 a 31g e é similar em forma e tamanho ao tentilhão, com um corpo robusto e rechonchudo.

Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Aves
Ordem: Passeriformes
Família: Fringillidae
Género: Carduelis
Espécie: C. chloris

Tentilhão macho

De tamanho semelhante a um pardal, mas um pouco mais robusto, o tentilhão possui um bico cônico e forte, cor-de-chumbo. Na plumagem do macho predominam tons cinzento-azulados, contrastantes com o dorso esverdeado e com a face e peito alaranjados.

Tentilhão fêmea
As fêmeas têm uma plumagem mais discreta, em tons castanhos, com excepção do dorso, geralmente esverdeado.

Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Aves
Ordem: Passeriformes
Família: Fringillidae
Género: Fringilla
Espécie: F. coelebs

Canario da Terra
É um pouco mais pequeno que um pardal, tendo também um aspecto mais ligeiro. A sua plumagem é acinzentada e castanho-claro nas partes superiores e laterais, apresentando riscas no dorso e flancos, sempre com algum amarelo misturado. A garganta, peito e abdómen são amarelos. O bico é curto, grosso e de cor rósea. As patas são castanho-rosado e tem uma característica cauda chanfrada. As fêmeas, semelhantes aos machos, apresentam contudo uma plumagem menos colorida.

Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Aves
Ordem: Passeriformes
Família: Fringillidae
Género: Serinus
Espécie: S. canaria


Carduelis carduelis (Pintassilgo)
É uma pequena ave fringilídea, comum em toda a Europa, mais abundante nas regiões central e meridional do continente. É uma residente habitual nas zonas temperadas, mas as populações de latitudes mais altas migram para sul durante o inverno. A espécie tem distribuição natural centrada na Europa Ocidental, mas estendendo-se até à Sibéria central, ao sudoeste da Ásia e ao norte de África, estando naturalizada em algumas regiões da América do Sul, da Austrália, da Nova Zelândia e de algumas ilhas da Oceania onde foi introduzida. Alimenta-se de sementes semi-maduros e maduros de plantas perenes e anuais, incluindo gramíneas e árvores, podendo também recorrer à captura de insectos, particularmente durante a fase reprodutiva. Na Europa Ocidental a espécie era um símbolo da resistência, da fertilidade e da perseverança, sendo, pelo seu amor pelos cardos, utilizada como símbolo cristão da Paixão e da morte sacrificial de Jesus Cristo.

Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Aves
Ordem: Passeriformes
Família: Fringillidae
Género: Carduelis
Espécie: C. carduelis

Armada Portuguesa: Aviação Naval da década de 1910

Os primeiros passos para a formação do Serviço e Escola de Aviação da Armada, embrião da Aviação Naval (AN), começaram a ser dados em 1916 na Escola de Aviação Militar (EAM), em Vila Nova da Rainha.

Hidroaviões FBA Tipo B (1917-1918)
Em Janeiro de 1917, dois hidroaviões FBA Tipo B, adquiridos em França para a Armada Portuguesa chegaram a Portugal. Realizaram os primeiros voos em Março desse ano.
FBA Tipo B
Em 14 de Dezembro de 1917, o pessoal aviador da Marinha e os dois hidroaviões F.B.A. foram transferidos para o recém-formado Centro de Aviação Marítima (CAM) de Lisboa, instalado na Doca do Bom Sucesso, perto de Belém. Em 1918 um terceiro FBA. Tipo B foi construído nas oficinas do CAM, utilizando peças sobressalentes e um motor novo, comprado em França. A estrutura foi inteiramente construída pelos carpinteiros do CAM, numa afirmação das suas excelentes qualidades profissionais.
Os aviões voaram até 1918, ano em que foram abatidos.

Características técnicas
Dimensões: Envergadura: 13,71 metros; Comprimento: 8,78 metros; Altura: 3,4 metros
Motor: 1 Gnôme-Monosoupape de 100 h.p.
Velocidade: 109 km/h.
Tripulação: 2, piloto e observador

Em fins de 1917, o Governo Português autorizou a França a instalar um Centro de Aviação Naval (CAN) em S. Jacinto, perto de Aveiro, que foi equipado com pessoal e material francês.

Hidroaviões Georges-Lévy GL-40 HB2 (1918-1920)
Os GL-40 destacados para S. Jacinto já tinham bastante uso. Começaram a voar em Portugal a partir de Abril de 1918, efectuando missões de patrulhamento marítimo até 11 de Novembro do mesmo ano, dia em que terminou o conflito mundial.
No final da Guerra o destacamento francês foi desativado e a Aviação Naval (AN) recebeu as instalações e o material existente, onde se incluiam os dois Georges-Lévy GL-40 HB2, em péssimo
Georges-Lévy GL-40 HB2
Em 11 de março de 1920 devido ao mau tempo e a uma avaria do motor uma da aeronaves fez uma amaragem forçada ao largo de S. Pedro de Moel, danificando a estrutura do avião. O piloto enviou um pombo-correio com o pedido de socorro urgente que foi apanhado em Montemor-o-Velho, mas uma greve dos serviços telegráficos dos Correios impossibilitou a imediata transmissão da mensagem, que só chegou ao conhecimento da AN no dia 13. O avião afundou-se e com ele os três tripulantes.
O outro GL-40 foi retirado de serviço em 1920.

Características técnicas
Dimensões: Envergadura: 18,5 metros; Comprimento: 12,4 metros; Altura: 4 metros
Motor: 1 Renault de 280 h.p.
Velocidade: 145 km/h.
Autonomia: 845 km
Tripulação: 3

Hidroaviões Donnet-Denhaut DD8 (1918-1922)
Ainda antes do final da Primeira Guerra Mundial Portugal adquiriu em França vária aeronaves, entre as quais quatro hidroaviões de casco Donnet-Denhaut D.D. 8 com motor Lorraine de 160 hp, destinados a formação de uma esquadrilha expedicionária a África (a aquisição foi realizada por Sacadura Cabral).
Donnet-Denhaut DD8
Como só chegaram a Portugal em 1918, numa altura em que a situação da Guerra já não justificavam o seu envio para África. Acabaram por ser colocados no Centro de Aviação Marítima de Lisboa, inaugurado a 1 de Setembro de 1917. Em 1918, foram recebidas mais seis Donnet-Denhaut D.D.8, estes equipados com motores Hispano-Suiza de 200 hp, aumentando a frota para 10 unidades. A estes, juntaram-se os oito hidroaviões franceses que operaram em S. Jacinto (Aveiro) durante a Guerra.
Até ao seu abate em 1922, quinze destas aeronaves (3 dos aviões deixados pelos franceses nunca chegariam a voas) foram utilizadas pela AN no patrulhamento marítimo da costa Portuguesa.

Características técnicas
Dimensões: Envergadura: 16,28 metros; Comprimento: 10,7 metros; Altura: 3,75 metros
Motor: 1 Lorraine - Dietrich de 160 h.p. (4 primeiros) 1 Hispano – Suiza 8 AC de 200 h.p. (restantes)
Velocidade: 140 km/h.
Autonomia: 320 km
Tripulação: 3

Hidroaviões Tellier T-3 (1918-1928)
Em 1917 a Aviação Naval (AN) adquiriu em França 5 hidroaviões Tellier T-3, tendo em vista a constituição da Esquadrilha Expedicionária para África. 
Tellier T-3
Como os aviões só foram recebidos em 1918, três deles já depois de terminada a Guerra, não se justificava o seu envio para África, pelo que foram integrados no Centro de Aviação Naval (CAN) do Bom Sucesso, em Lisboa.  Em 1921 estavam colocados no CAN de S. Jacinto, Aveiro, que estava a ser reativado depois da saida dos franceses. Estes hidroaviões tinham a fuselagem em castanho com o casco preto, as asas em amarelo torrado com a Cruz de Cristo, sem círculo branco, a toda a largura dos planos inferiores e  planos superiores. A bandeira nacional com escudo ocupava todo o leme de direção, em ambas as faces. Nos lados da fuselagem, na direção da cabina de pilotagem, estavam pintados os números das matrículas, em grandes algarismos pretos.
Foram retirados de serviço em 1928.

Características técnicas
Dimensões: Envergadura: 15,6 metros; Comprimento: 11,8 metros; Altura: 3,4 metros
Motor: 1 Hispano-Suiza 8-AC de 200 h.p.
Velocidade: 145 km/h.
Autonomia: 700 km
Tripulação: 3

BNU: "Emissão Chamiço" para Cabo Verde (1921-1959)

 A emissão Chamiço para Cabo Verde surgiu tal como nas restantes províncias africanas pela necessidade do Banco Nacional Ultramarino substituir a já desgastada emissão Vasco da Gama, reforçando também o volume de dinheiro em circulação de acordo com as necessidades evidenciadas nesta altura.

1$00 Escudo
Esta emissão foi produzida na firma inglesa Bradbury, Wilkinson & Co. Conhecida como emissão Chamiço pois figurava em todas as notas a efígie do fundador do  BNU Fernando Chamiço. Foram emitidas para Cabo Verde os valores de 1, 5, 10, 20, 50 e 100 escudos.

5$00 Escudos
A incapacidade de produzir em tempo útil a emissão para Cabo Verde levou à 
utilização nos primeiros tempos de 5000 contos da emissão angolana para circular em Cabo 
Verde.
10$00 Escudos
20$00 Escudos
50$00 Escudos
100$00 Escudos
Emitidas em Junho de 1922, mantiveram-se no giro até 15 de Novembro de 1959. Em 
1941 foi reforçada com nova emissão de notas de 50 e 100 escudos. Em 1932 foram lançadas no giro cabo-verdiano notas Chamiço produzidas inicialmente para Guiné com sobrecarga.

BNU: "Emissão Chamiço" para Moçambique (1921-1952)

As emissões “Chamiço” constituíram a primeira grande emissão de notas do Banco Nacional Ultramarino (BNU) no território moçambicano após a implantação da República, vindosubstituir a anterior emissão “Vasco da Gama” já muito gasta e sem volume para asnecessidades.

1$00 Escudo
2$50 Escudos e Cinquenta Centavos
5$00 Escudos
Em 1929 foi autorizada emissão de reforço. Essa autorização surgiu pelo decreto-lei n.º 17154de 26 de Julho de 1929. Foi ainda deliberado que as notas de menor valor (1$ e 2$50)passariam a denominar-se Cédulas. 
10$00 Escudos
Esta emissão foi alvo de reforços sucessivos atécomeçar a ser substituída em 1942, aquando da unificação do território moçambicano emtermos de emissão fiduciária.
20$00 Escudos
50$00 Escudos
100$00 Escudos
Em 1932 surgiu a nota de maior valor da série, a nota de 500 escudos.
500$00 Escudos
As emissões “Chamiço” circularam em Moçambique até 1952 quando foram recolhidas as últimas com os valores de 1$ e 2$50.