🪲 Ordem Coleoptera – Os engenheiros blindados do mundo dos inseto
No solo, nas folhas, nos troncos e até dentro da madeira morta, vivem os verdadeiros titãs do mundo dos insetos: os Coleoptera, conhecidos popularmente como besouros. Com mais de 400.000 espécies descritas, representam o maior grupo animal da Terra, exibindo uma diversidade impressionante de formas, cores e hábitos.
Entre os membros mais curiosos desta ordem encontram-se o poderoso Besouro-rinoceronte, o minúsculo mas destrutivo Bostrichus, a encantadora Joaninha e o brilhante Chrysolina bankii — exemplos perfeitos da engenhosidade e beleza da natureza.
🧬 Classificação Científica
- Reino: Animalia
- Filo: Arthropoda
- Classe: Insecta
- Ordem: Coleoptera
Besouro-rinoceronte (Oryctes nasicornis)
O Besouro-rinoceronte é um dos maiores insetos da Europa e um verdadeiro colosso entre os besouros. O macho possui um chifre curvado na cabeça, semelhante ao de um rinoceronte, usado em disputas por território e fêmeas. Apesar da aparência assustadora, é totalmente inofensivo ao ser humano.
- Tamanho: até 6 cm
- Habitat: florestas, jardins e troncos em decomposição
- Alimentação: matéria vegetal em decomposição
- Curiosidade: é capaz de levantar até 850 vezes o seu próprio peso corporal!
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| Besouro-rinoceronte (Oryctes nasicornis) – símbolo de força no mundo dos insetos |
Chrysolina bankii
A Chrysolina bankii é um pequeno besouro de cores metálicas pertencente à família Chrysomelidae. Pode ser encontrado em várias regiões da Europa, incluindo Portugal, onde habita zonas húmidas e campos com vegetação abundante. As suas cores brilhantes variam entre o verde e o cobre, dependendo da luz.
- Tamanho: 6–9 mm
- Habitat: campos, prados e margens de rios
- Alimentação: herbívora – alimenta-se principalmente de plantas da família Lamiaceae
- Curiosidade: o brilho metálico da carapaça resulta da estrutura microscópica das escamas, não de pigmentos.
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| Chrysolina bankii – pequeno besouro de cores metálicas e comportamento tranquilo |
Bostrichus (Bostrichus capucinus)
Os Bostrichus pertencem à família Bostrichidae e são conhecidos como besouros-da-madeira. As larvas escavam galerias no interior de troncos e peças de madeira, podendo causar sérios danos a móveis, construções e árvores vivas.
- Tamanho: 3–7 mm
- Habitat: madeira seca ou morta
- Alimentação: xilófagos (alimentam-se de madeira)
- Curiosidade: algumas espécies podem perfurar até madeiras duras como o carvalho e o mogno.
| Bostrichus (Bostrichus capucinus) – pequeno mas destrutivo besouro-da-madeira |
🐞 Joaninha (Coccinella septempunctata)
A Joaninha é provavelmente o besouro mais querido do mundo. O seu corpo arredondado e as típicas sete pintas pretas sobre fundo vermelho tornaram-na um símbolo de sorte em várias culturas. Além da beleza, é uma grande aliada da agricultura, pois alimenta-se de pulgões e outros insetos nocivos.
- Tamanho: até 8 mm
- Habitat: jardins, campos e pomares
- Alimentação: insetívora – consome pulgões e ácaros
- Curiosidade: uma única joaninha pode comer mais de 50 pulgões por dia.
| Joaninha (Coccinella septempunctata) – bela e benéfica defensora natural das plantas |
Coniocleonus nigrosuturatus
Importância Ecológica
Os Coleoptera são fundamentais para os ecossistemas terrestres. Participam na decomposição da matéria orgânica, na polinização e no controlo natural de pragas. A sua diversidade de formas e adaptações faz deles um dos grupos mais bem-sucedidos da evolução animal.
🤔Curiosidades
- Os besouros representam cerca de 25% de todas as espécies conhecidas de seres vivos.
- As asas anteriores, chamadas élitros, formam uma couraça protetora que cobre as asas de voo.
- Alguns coleópteros podem emitir luz (como os pirilampos) ou sons de defesa.
- O maior besouro do mundo é o Titanus giganteus, da Amazónia, que pode atingir 17 cm!
💡Conclusão
A Ordem Coleoptera é um exemplo notável de como a natureza combina força, cor e função. Do poderoso Besouro-rinoceronte à delicada Joaninha, estes insetos mostram a extraordinária variedade e importância dos besouros para o equilíbrio ecológico do planeta. Observar um coleóptero é testemunhar o engenho da evolução em miniatura.



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