Translate

Armada Portuguesa: 2ª Esquadrilha de Contratorpedeiros: Classe "Vouga" (1932-1965)

Foi a classe de contratorpedeiros que equipou a Marinha Portuguesa no âmbito do Plano Naval de 1930, chamado “Programa Magalhães Correia”. Eram conhecidos, na gíria naval, por “galgos do mar”. Contratorpedeiros que ficaram com nomes de rios.
Contratorpedeiro NRP Douro 1º II (1932-1934)
Os navios basearam se num projeto inglês da Yarrow, com as necessárias adaptações para as necessidades portuguesas.
Contratorpedeiro NRP Tejo 1º (1932-1934)
Foram construídos dois navios nos estaleiros da Yarrow e cinco no Arsenal da Marinha de Lisboa. Os dois navios mais antigos foram vendidos à Marinha da Colômbia em 1934.
Contratorpedeiro NRP Lima (1933-1965)
No final da 2ª Guerra Mundial os navios sofreram grandes trabalhos de modernização, que consistiram sobretudo na melhoria da capacidade anti-submarina e anti-aérea e lhes permitiram manter-se ao serviço ate meados da década de 1960.
Uma das três peças antiaéreas QF 2 pounder ("pompom") de 40mm que originalmente equipavam o contratorpedeiro NRP Lima. Era, basicamente, uma metralhadora Maxim aumentada para disparar projéteis de 40mm.
Contratorpedeiro NRP Vouga (1933-1967)
NRP Vouga foi aumentado ao efetivo da Armada em 18 de Junho de 1933. Ao longo da sua vida participou em diversas missões de representação diplomática, em ações de soberania, escolta em viagens oficiais, assistência humanitária, de instrução e transporte de fuzileiros, destacando-se a sua presença em Cabo Verde no início da Segunda Grande Guerra. Após o final da guerra destacou-se na sua integração em exercícios da NATO, a partir de 1950, na área de Gibraltar e realizou ainda missões no âmbito da Guerra Colonial. Foi abatido ao efetivo dos navios da Armada a 3 de junho de 1967.
Contratorpedeiro NRP Dão (1934-1960)
O NRP Dão foi envolvido na Revolta dos Marinheiros que se iniciou à noite, do serviço de 7 para 8 de Setembro de 1936 contra o regime fascista.

Contratorpedeiro NRP Douro 2º II (1935-1959)
Durante a Guerra Civil de Espanha (1936-1939) o NRP Douro desempenhou importante missão na evacuação de civis portugueses de Espanha.
Contratorpedeiro NRP Tejo 2º (1935-1965)
Características técnicas
Tipo: Contratorpedeiro
Deslocamento: 1 588 toneladas
Dimensões: 98,15 m comp.; 9,5 m boca; 5,7 m calado
Armamento: (Final) 2 peças simples de 120 mm; 1 peça dupla e 3 simples de 40 mm; 3 peças simples de 20 mm; 1 reparo quadruplo lança-torpedos; 1 SQUID A/S; 2 calhas lança cargas de profundidade 
Propulsão: 2 grupos de turbinas a vapor de  33 000 h.p. - 2 veios = 36 nós
Radares: (Final) 1 de aviso aéreo MLA-1B; 1 de navegação; 1 de controle de tiro 32 (alcance 22 km)
Sonares: ASDIC
Guarnição: 184 marinheiros

Cédulas do Município de Soure (1917-1925)

Cédula é a designação que se consagrou para o dinheiro de pequeno valor, geralmente considerado como dinheiro de trocos, quando feito em papel, por oposição à designação de nota reservada para o mesmo dinheiro de papel, mas de valores elevados. Certos autores designam por cédula os valores inferiores a 1$00. Outros, o papel moeda emitido pela Casa da Moeda e ainda municípios e particulares, deixando para o Banco de Portugal as notas.
Cédula: Soure $01 Centavo (Camara Municipal)
Em termos técnicos de finanças, distingue-se a cédula da nota, por a cédula ser convertível em metais pobres e a nota ser convertível em prata ou ouro. O dinheiro de trocos é de intensa circulação, pelo que, quando executado em papel, se deteriora com grande rapidez, sendo por isso solução a que só se recorre excepcionalmente quando, por qualquer razão, não se pode dispor de metal. 
Cédula: Soure $02 Centavos (Camara Municipal)
Este é um dos principais argumentos que leva à designação de dinheiro de necessidade ou dinheiro de emergência. Em Portugal, houve dois períodos principais de emissão de cédulas, bem diferentes um do outro pelas suas características. 
Cédula: Soure $04 Centavos (Câmara Municipal)
Cédula: Soure $02 Centavos (Fabrica de Fiação e Tecidos)
Cédula: Soure $05 Centavos (Fabrica de Fiação e Tecidos)
Cédula: Soure $10 Centavos (Fabrica de Fiação e Tecidos)
O primeiro durante a crise financeira de 1891, o segundo, no fim da Primeira Grande Guerra, entre 1917 e 1925, período em que houve grande inflação que levou a que o dinheiro em metal se valorizasse e desaparecesse, porque as pessoas o guardavam.

Armada Portuguesa: Navio-Balizador "Almirante Schultz" (1929-1970)

Construído nos estaleiros Penhoet em França foi o primeiro Navio-Balizador da Armada Portuguesa.
NRP Almirante Schultz
Entrou ao serviço em 1929 e recebeu o nome em homenagem ao contra-almirante Júlio Zeferino Schultz Xavier, o engenheiro hidrógrafo que na primeira década do século XX reorganizou os faróis em Portugal. O navio foi instrumental na construção do farol das Formigas nos Açores. Foi abatido em 1970, mas o nome continuou no navio que o veio substituir, o NRP Schultz Xavier, acrescentado ao efectivo da Armada em Junho de 1972. Ambos os navios partilham o mesmo número de amura: A 521.

Características técnicas
Tipo: Navio-Balizador
Deslocamento: 520 toneladas
Dimensões: 40 m comp.; 9,5 m boca; 3,1 m calado
Propulsão: 2 motores diesel 350 h.p. - 2 veios = 11 nós
Autonomia: 2.300 milhas
Guarnição: 52 marinheiros

Cédulas do Município de Sintra (1917-1925)

A Primeira República (1910-1926), ficou marcada pela instabilidade política, social e também económica e financeira. Com a implantação do novo regime, surgiram alterações monetárias, instituiu-se uma nova unidade e modificaram-se os títulos das moedas, o seu peso e liga, porém, tudo conjugado de forma a não alterar o seu valor real.
Cédula: Sintra $01 Centavo (Camara Municipal)
Cédula: Sintra $02 Centavos (Camara Municipal)
Em tais circunstâncias, em que se sentia cada vez mais a necessidade de dinheiro miúdo, surgiu uma nova moeda de recurso, a cédula de papel, cuja emissão saiu do âmbito da Casa da Moeda e se espalhou por toda a parte, sob a responsabilidade de câmaras municipais, Misericórdias e outras entidades públicas, e mesmo particulares, ainda que, segundo Oliveira Marques, fosse ilegal a emissão de cédulas pelas câmaras municipais ou quaisquer outras instituições que não a Casa da Moeda. 
Cédula: Sintra $04 Centavos (Camara Municipal)
Até 1924 tornaram-se comuns os editais da Câmaras Municipais a prorrogarem a validade das cédulas por ela emitidas, por prevalecer a escassez de moeda metálica e a dificuldade de trocos. Daqui em diante, iniciou-se o processo inverso de troca das cédulas por dinheiro corrente.