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Águas-vivas & Caravelas-portuguesas

Alforreca (Rhizostoma luteum)
Caravela-portuguesa (physalia physalis)
Ou barco-de-guerra-português, é uma colônia de animais do grupo dos cnidários. Tem por azul e tentáculos cheios de células urticantes, e flutuam à superfície nas águas de todas as regiões tropicais dos oceanos.

Classificação Cientifica
Reino: Animal
Filo: Cnidaria
Classe: Hydrozoa
Ordem: Siphonophora
Familia: Physaliidae
Genero: Physalia
Especie: P. physalis

Cédulas do Município de Sardoal (1917-1925)

Cédula é a designação que se consagrou para o dinheiro de pequeno valor, geralmente considerado como dinheiro de trocos, quando feito em papel, por oposição à designação de nota reservada para o mesmo dinheiro de papel, mas de valores elevados. Certos autores designam por cédula os valores inferiores a 1$00. Outros, o papel moeda emitido pela Casa da Moeda e ainda municípios e particulares, deixando para o Banco de Portugal as notas.
Cédula: Sardoal $01 Centavo (Misericórdia)
Cédula: Sardoal $02 Centavos (Misericórdia)
Em termos técnicos de finanças, distingue-se a cédula da nota, por a cédula ser convertível em metais pobres e a nota ser convertível em prata ou ouro.
Cédula: Sardoal $03 Centavos (Misericórdia)
O dinheiro de trocos é de intensa circulação, pelo que, quando executado em papel, se deteriora com grande rapidez, sendo por isso solução a que só se recorre excepcionalmente quando, por qualquer razão, não se pode dispor de metal. Este é um dos principais argumentos que leva à designação de dinheiro de necessidade ou dinheiro de emergência.
Cédula: Sardoal $03 Centavos (Câmara Municipal)
Em Portugal, houve dois períodos principais de emissão de cédulas, bem diferentes um do outro pelas suas características. O primeiro durante a crise financeira de 1891, o segundo, no fim da Primeira Grande Guerra, entre 1917 e 1925, período em que houve grande inflação que levou a que o dinheiro em metal se valorizasse e desaparecesse, porque as pessoas o guardavam.

Cédulas do Município de São Pedro do Sul (1917-1925)

 A Primeira República (1910-1926), ficou marcada pela instabilidade política, social e também económica e financeira. Com a implantação do novo regime, surgiram alterações monetárias, instituiu-se uma nova unidade e modificaram-se os títulos das moedas, o seu peso e liga, porém, tudo conjugado de forma a não alterar o seu valor real.

Cédula: São Pedro do Sul $01 Centavo (Fradique Santos)
Cédula: São Pedro do Sul $02 Centavos (Fradique Santos)
Em tais circunstâncias, em que se sentia cada vez mais a necessidade de dinheiro miúdo, surgiu uma nova moeda de recurso, a cédula de papel, cuja emissão saiu do âmbito da Casa da Moeda e se espalhou por toda a parte, sob a responsabilidade de câmaras municipais, Misericórdias e outras entidades públicas, e mesmo particulares, ainda que, segundo Oliveira Marques, fosse ilegal a emissão de cédulas pelas câmaras municipais ou quaisquer outras instituições que não a Casa da Moeda. 
Cédula: São Pedro do Sul $01 Centavo (Sebastião Rodrigues Pereira)
Cédula: São Pedro do Sul $02 Centavos (Sebastião Rodrigues Pereira)
Até 1924 tornaram-se comuns os editais da Câmaras Municipais a prorrogarem a validade das cédulas por ela emitidas, por prevalecer a escassez de moeda metálica e a dificuldade de trocos. Daqui em diante, iniciou-se o processo inverso de troca das cédulas por dinheiro corrente.

Cédula: São Pedro do Sul $01 Centavo (Fazendas Brancas)
Cédula: São Pedro do Sul $02 Centavos (Manoel Duarte)


Armada Portuguesa: Aviação Naval da década de 1920

O começo da década marca o primeiro ciclo de crescimento das componentes aéreas (navais e terrestres) caracterizado pelo reequipamento com aeronaves essencialmente de origem francesa, excedentárias da Grande Guerra. Portugal inicia também o investimento na construção sob licença de aeronaves destinadas à instrução no Parque de Material Aeronautico. É também nesta década que os portugueses realizam várias viagens aéreas pioneiras, contribuindo decisivamente para o desenvolvimento da aeronautica.

Hidroaviões Felixstowe F-3 (1920-1922)
Os dois Felixtowe F-3 que a Aviação Naval (AN) recebeu em 1920, tinham servido na Royal Air Force (RAF) durante a Primeira Guerra Mundial. Foram as primeiras aeronaves da AN a possuir equipamento de radiocomunicações (TSF).
Felixstowe F-3
Estando Sacadura Cabral e Gago Coutinho muito entusiasmados com os métodos de navegação aérea da autoria deste último, que lhes abria a possibilidade de realizar voos trans-oceânicos, iniciaram no dia 23 de Março de 1921 um voo ao Arquipélago da Madeira, utilizando um Felixstowe F-3, com o primeiro como piloto, o segundo como navegador e ainda Ortins de Bettencourt como copiloto.
Características técnicas
Dimensões: Envergadura: 31,08 metros; Comprimento: 14,99 metros; Altura: 5,69 metros
Motor: 2 × Rolls-Royce Eagle VIII V12 pistão em linha, 345 hp (257 kW) cada
Velocidade: 91 mph (147 km/h, 79 kn) a 2.000 pés (610 m)
Armamento:  4 × metralhadoras Lewis (um no nariz, três a meia-nau);Até 920 lb (420 kg) de bombas sob as asas
Tripulação: 4
Hidroaviões Curtis HS-2L (1921-1930)
Durante a I Guerra Mundial, o Governo Português concedeu autorização para os Estados Unidos instalarem uma base aeronaval na Ilha de S. Miguel, Açores, o que se concretizou em Março de 1918. 
Curtis HS-2L
Finda a Guerra, Portugal adquiriu parte do material utilizado pelos americanos, incluindo 4 hidroaviões Curtiss HS-2L destinados ao Centro de Aviação Naval (CAN) dos Açores, inicialmente instalado na Horta e depois em Ponta Delgada.
Características técnicas
Dimensões: Envergadura: 22,58 metros; Comprimento: 11,89 metros; Altura: 4,45 metros
Motor: 1 × Liberty L-12 V-12 motor de pistão refrigerado a água, 360 hp (270 kW)
Velocidade: 82,5 mph (132,8 km/h, 71,7 kn)
Armamento: Metralhadora Lewis de 1 × 0,300 pol (7,62 mm) em montagem flexível; 2 × 230 lb (100 kg) de bombas ou cargas de profundidade transportadas sob as asas
Tripulação: 3
Hidroaviões Fairey 17 III D Mk2 (1922-1930)
Os três Fairey III D que em 1922 foram recebidos em Portugal destinaram-se à Aviação Naval. entre eles constava dois do modelo standad e um Mk II também denominado F-400 Transatlantic. 
Fairey 17 III D Mk2
Em Novembro de 1922 foram recebidos mais três destes aviões, da versão Standard.
Características técnicas
Dimensões: Envergadura: 13,93 metros; Comprimento: 10,46 metros; Altura: 3,78 metros
Motor: 1 × motor de pistão Napier Lion XI W-12 refrigerado a água, 570 hp (430 kW)
Velocidade: 120 mph (190 km / h, 100 kn) a 10.000 pés (3.048 m)
Armamento: 2 metralhadora; Bombas de até 500 lb (227 kg) podem ser transportadas sob as asas
Tripulação: 2
Hidroaviões Avro 504-K (1924-1933)
Foram concedidos, em 1925, à Aviação Naval. Foram os primeiros aviões terrestres da Aviação Naval sendo operados a partir do Aeródromo de Alverca, para treino de acrobacia dos pilotos do Centro de Aviação Naval de Lisboa.
Avro 504-K
Características técnicas
Dimensões: Envergadura: 10,97 metros; Comprimento: 8,97 metros; Altura: 3,18 metros
Motor: 1 x motor a pistão giratório Le Rhône 9J
Velocidade: 145 km/h (78,3 kn)
Armamento: 1 metralhadora; 4x bombas de 9 kg (19,8 lb)
Tripulação: 2
Hidroaviões Fokker T.III W (1924-1933)
O primeiro Fokker T.IIIw a ser transportado para Portugal foi pilotado por Sacadura Cabral, descolou de Amesterdão, a 30 de Agosto de 1924, aterrando no mesmo dia no Aeródromo Militar da Amadora. A 15 de Novembro, três dos hidroaviões partiram de Amesterdão com destino a Lisboa, voando em grupo. Devido ao nevoeiro o Fokker T.IIIw pilotado por Sacadura Cabral perdeu o contacto com os companheiros e desapareceu no Mar do Norte, ao largo da Bélgica.
Fokker T.III W
Os Fokker T.IIIw mantiveram-se no Centro de Aviação Naval (CAN) do Bom Sucesso, como aviões torpedeiros. O aviões numero 26 e 28 oram abatidos em 1926 depois de graves acidentes e o 25 e 27 foram retirados de serviço em 1933.
Características técnicas
Dimensões: Envergadura: 21,20 metros; Comprimento: 14,08 metros; Altura: 3,39 metros
Motor: 1 × Napier Lion W-12 refrigerado a água , 340 kW (450 hp)
Velocidade: 169 km/h (105 mph, 91 kn)
Armamento: 2 metralhadoras no cockpit traseiro; Bombas 3 × 100 kg (220 lb) e 1 × 50 kg (110 lb)
Tripulação: 3
Hidroaviões Hanriot H-41 (1927-1933)
Com a finalidade de equipar a escola, a A.N. adquiriu em França seis hidroaviões de flutuadores Hanriot H-41, que chegaram a Portugal em Fevereiro e Março de 1927, sendo colocados no CAN do Bom Sucesso até 1933, onde foram utilizados nos três primeiros cursos de aviadores navais.
Hanriot H-41
Foram retirados do serviço em 1933.
Características técnicas
Dimensões: Envergadura: 10,26 metros; Comprimento: 7,25 metros; Altura: 3,13 metros
Motor: 1 × Lorraine 5P motor de pistão radial de 5 cilindros refrigerado a ar, 75 kW (100 hp)
Velocidade: 185 km/h (115 mph, 100 kn)
Autonomia: 400 km (250 mi, 220 nmi)
Tripulação: 2
Hidroaviões Cams 37-A  (1927-1935) 
Aviação Naval (A.N.) recebeu oito C.A.M.S. 37A em Outubro de 1927, um deles com o trem de aterragem recolhendo sob as asas inferiores. 
Cams 37-A 
Entre Abril e Maio de 1931 quatro C.A.M.S. 37A tomaram parte numa operação contra revolucionários na Ilha da Madeira, operando a partir da Ilha de Porto Santo.
Foram retirados do serviço em 1935.
Características técnicas
Dimensões: Envergadura: 14,5 metros; Comprimento: 1,43 metros; Altura: 4,04 metros
Motor: 1 × Lorraine 12Ed Courlis W-12 motor de pistão refrigerado a água, 340 kW (450 hp)
Velocidade: 175 km/h (109 mph, 94 kn)
Autonomia: 1.200 km (750 mi, 650 nmi)
Tripulação: 3
Hidroaviões Macchi M-18 (1928-1934)
A Aviação Naval (A.N.) adquiriu em 1928 seis hidroaviões de casco Macchi M-18, de produção italiana. Voaram de Vareze na Itália a 27 de Agosto com tripulações da A.N. fazendo escala em St. Raphael, Barcelona, Cartagena e Cádiz, chegando a Lisboa no dia 3 de Setembro de 1928.
Macchi M-18
Foram entregues ao CAN do Bom Sucesso em Lisboa, destinando-se a instrução de tiro e observação. Mais tarde, três  foram,  colocados no CAN de S. Jacinto,  Aveiro. Foram retirados de serviço em 1934.
Características técnicas
Dimensões: Envergadura: 15,82 metros;
Motor: 1 × motor em linha Fiat A.14 V12, 490 kW (650 hp)
Velocidade: 240 km / h (149 mph, 129 kn)
Tripulação: 1

Armada Portuguesa: Lancha-Canhoneira "Tete III" (1920-1971)

NRP Tete III (P371)
Construida por Yarrow & Co. em 1918, foi novamente lançada à água no Chinde em 1920. Serviu no Rio Zambeze até 1971.


Características técnicas
Tipo: Lancha-Canhoneira
Deslocamento: 100 toneladas
Dimensões: 22 m comp.; 6,10 m boca; 0,70 m calado
Armamento: 2 peças de 47 mm; 2 metralhadoras
Propulsão: 1 maquina de 70 h.p 1 roda de pás a ré = 8 nós 
Guarnição: 6 marinheiros