Durante a grave crise económica que afetou Portugal no final da I Grande Guerra e, essencialmente, nos anos imediatos ao pós-guerra, muitos cidadãos resolveram amealhar as moedas que se encontravam em circulação, visto que o valor do seu metal era superior ao próprio valor facial das moedas.
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Cédula: Chaves $01 Centavo (Tipografia Mesquita)
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Verificou-se, assim, uma falta significativa de moedas de valor facial mais baixo, pelo que, principalmente entre 1919 e 1922, várias instituições emitiram cédulas que vieram suprir essa escassez de trocos. Câmaras Municipais, Associações Comerciais e Industriais, Misericórdias, Mercearias, Papelarias, centenas de instituições, emitiram essas cédulas, cujo valor variava, na sua maioria, entre um e vinte centavos.
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Cédula: Chaves $02 Centavos (Tipografia Mesquita)
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Na, então, vila de Chaves várias foram as entidades emissoras. Entre elas, a Câmara Municipal, o Celeiro Municipal, a Casa Barata (de António J. Barata), a Casa Pereira (no Anjo) e a Tipografia Mesquita (também no Anjo). |
Cédula: Chaves $03 Centavos (Tipografia Mesquita)
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Cédula: Chaves $04 Centavos (Tipografia Mesquita)
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Cédula: Chaves $01 Centavo (Casa Barata)
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Cédula: Chaves $02 Centavos (Casa Barata)
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Até 1924 tornaram-se comuns os editais da Câmaras Municipais a prorrogarem a validade das cédulas por ela emitidas, por prevalecer a escassez de moeda metálica e a dificuldade de trocos. Daqui em diante, iniciou-se o processo inverso de troca das cédulas por dinheiro corrente.