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Cédulas do Município de Vila Franca de Xira (1917-1925)

A Primeira República (1910-1926), ficou marcada pela instabilidade política, social e também económica e financeira.
Cédula: Vila Franca de Xira $02 Centavos (Câmara Municipal)
Com a implantação do novo regime, surgiram alterações monetárias, instituiu-se uma nova unidade e modificaram-se os títulos das moedas, o seu peso e liga, porém, tudo conjugado de forma a não alterar o seu valor real.
Cédula: Vila Franca de Xira $02 Centavos (Misericórdia e Hospital)
Cédula: Vila Franca de Xira $05 Centavos (Misericórdia e Hospital)
Em tais circunstâncias, em que se sentia cada vez mais a necessidade de dinheiro miúdo, surgiu uma nova moeda de recurso, a cédula de papel, cuja emissão saiu do âmbito da Casa da Moeda e se espalhou por toda a parte, sob a responsabilidade de câmaras municipais, Misericórdias e outras entidades públicas, e mesmo particulares, ainda que, segundo Oliveira Marques, fosse ilegal a emissão de cédulas pelas câmaras municipais ou quaisquer outras instituições que não a Casa da Moeda. 
Cédula: Vila Franca de Xira $10 Centavos (Misericórdia e Hospital)
Até 1924 tornaram-se comuns os editais da Câmaras Municipais a prorrogarem a validade das cédulas por ela emitidas, por prevalecer a escassez de moeda metálica e a dificuldade de trocos. Daqui em diante, iniciou-se o processo inverso de troca das cédulas por dinheiro corrente.

Armada Portuguesa: Os Últimos Aviões da Aviação Naval (1950)

Aviões "Curtiss Helldiver SB2C-5" (1950-1952)

A Aviação Naval (AN) recebeu 24 aviões Curtiss SB2C-5 Helldiver, fornecidos ao abrigo do Mutual Assistance Pact (MAP).

Curtiss Helldiver SB2C-5
Ainda que fossem essencialmente bombardeiros, vieram para Portugal destinados a operações de luta anti-submarino. Foram-lhes retirados os ganchos para aterragem em porta-aviões, assim como as metralhadoras do lugar do navegador.  Após a sua constituição, em 1952, a Força Aérea Portuguesa (FAP) recebeu da AN os Curtiss SB2C-5 Helldiver
Características técnicas
Dimensões: Envergadura: 14,80 m ; Comprimento: 11,20 m; Altura: 3,10 metros
Peso: 7.540 kg
Motor: 1 motor Wrigth GR-2600-20 Cyclone, de 14 cilindros radiais em dupla estrela, arrefecidos  por ar, de 1.900  hp. Hélice: metálico, de quatro pás, de passo variável .
Velocidade: 452  Km/h
Armamento: Defensivo: 2 metralhadoras acopladas, de 12,7 mm, operadas pelo observador.
                      Ofensivo: 2 canhões de 20 mm, instalados no plano central das asas; 907 Kg de bombas, transportadas no interior da fuselagem; 4 foguetes (rockets) em cada asa.
Tripulação: 2 (piloto e navegador-radarista-metralhador).

Aviões "North-American SNJ-4 (T-6)" (1950-1952)
 A Aviação Naval (AN) recebeu em 1950 oito aviões North-American SNJ-4, a versão dos North-American AT-6D utilizada pela US Navy.
North-American SNJ-4 (T-6)
Foram transferidos para a FAP em 1952.
Características técnicas
Dimensões: Envergadura: 12,82 m ; Comprimento: 8,84 m; Altura: 3,66 metros
Peso: 2.540 kg
Motor: 1 motor Pratt & Whitney R-1340-AN1 Wasp, de 9 cilindros radiais arrefecidos  por ar, de 550  hp. Hélice: metálico, de duas pás, de passo variável.
Velocidade: 
402  Km/h
Armamento: 2 metralhadoras Browning 7,7 mm; 2 ninhos de foguetes; 2 bombas de 50 Kg  ou 6 bombas de 15 Kg.
Tripulação: 2 (piloto-instrutor e aluno).

Após trinta e cinco anos de atividade, a Aviação Naval era extinta enquanto meio operacional da Marinha, passando a integrar, em conjunto com a Aeronáutica Militar do Exército, a estrutura daquele que viria a ser o terceiro ramo das Forças Armadas: a Força Aérea Portuguesa. 

Armada Portuguesa: Fragatas Classe "Diogo Gomes" (1948-1970)

As River foram construídas durante a Segunda Guerra Mundial, nos estaleiros Flemming & Fergunson, a partir de 1943, para serem usadas pela Royal Navy como escoltas oceânicas anti submarinas.
NRP Diogo Gomes (1948-1968) ex. HMS Awe (K 526)
A Marinha Portuguesa incorporou dois navios da Classe River, em 1948. A classificação dos navios como "fragata" foi mantida em Portugal, o que marcou a reintrodução deste termo na Marinha Portuguesa, na qual tinha deixado de ser aplicado em meados do século XIX.
NRP Nuno Tristão (1948-1970) ex. HMS Avon (K 97)
A fragata NRP Nuno Tristão passou a estar baseada na Guiné Portuguesa onde foi empregue na Guerra do Ultramar. Uma das missões onde foi utilizada foi em apoio de fogo e posto de comando das forças empenhadas na Operação Tridente para reocupação da ilha de Como.
NRP Nuno Tristão (Mar.1964)
Aérospatiale Alouette II da Força Aérea Portuguesa
Os navios sofreram modernizações, uma das quais foi a instalação de uma plataforma de pouso para helicópteros, tornando-se os primeiros navios de guerra portugueses com esta capacidade.

Características
Tipo: Fragata anti-submarina
Deslocamento: 2 450 toneladas
Dimensões: 92 m comp.; 11,2 m boca; 4,6 m calado
Armamento: 2 peças de 102 mm; 6 peças de 40 mm; 2 SQUIDS A/S ; 2 calhas cargas Profundidade
Propulsão: 2 máquinas de E.T. de 5 500 i.h.p. – 2 veios = 16,5 nós
Radares: 1 radar MLA - 1B ; 1radar K.H. 975; ASDIC.
Guarnição: 181 marinheiros

Fragatas Classe "Bartolomeu Dias" (Classe Karel Doorman)

Estas fragatas multi-funções podem ser utilizadas nas funções de combate anti-superfície, antiaérea e anti-submarina.
NRP Francisco de Almeida (ex. HrMs Van Galen (F834)
Características
Tipo: Fragata 
Deslocamento: 3 320 toneladas
Dimensões: 122,3 m comp.; 14,4 m boca; 6,1 m calado
Armamento:  1 peça Oto-Melara de 76 mm 1 peças Oerlikon de 20 mm 1 peça AA Goalkeeper Sistema vertical de lançamento de mísseis (VLS) AA Sea Sparrow Lançadores de mísseis antisuperfície Harpoon
2 tubos lança-torpedos Mk 32
Propulsão: 2 turbinas a gás Rolls Royce com 16 700 hp; 2 motores diesel Stork-Werkspoor com 4 895 h
Velocidade: 29 nós
Aeronave: 1 helicóptero Lynx Mk95
Guarnição: 176 marinheiros

BNS Louise Marie (F931) ex.HNLMS Willem van der Zaan (F829)
Louise-Marie (F931) é uma Karel Doorman fragata da componente da marinha belga. HNLMS Willem van der Zaan foi rebatizado de Louise-Marie (F931) em 8 de abril de 2008 em Antuérpia pela Rainha Paola da Bélgica . 
HNLMS Van Amstel (F831)


Armada Portuguesa: Navio-Patrulha Classe "Príncipe" (1948-1970)

A Classe Príncipe foi a versão portuguesa de classe de navios-patrulha construídos nos Estados Unidos entre 1942 e 1944, em plena Segunda Guerra Mundial.
NRP Príncipe (1948-1968) ex-PC 812
NRP Madeira (1948-1970) ex-PC 811
Em 1948, ao abrigo do programa MDAP (Mutual Defense and Assistence Program), a Marinha Portuguesa comprou à Marinha dos Estados Unidos seis navios desta classe, para fiscalização dos mares dos Açores, tarefa exercida com as limitações que o mar alteroso do Atlântico Norte impõe.
NRP Santiago (1948-1969) ex-PC 125
NRP Sal (1948-1970) ex-PC 818
Mais tarde, encontraram nos mares de Angola, mais especificamente até à latitude de Moçâmedes, o mar adequado para as suas dimensões e características. Com a construção do estaleiro de Sorefame em Angola, todas as unidades foram enviadas para aquele território. Até aí, a inexistência de um estaleiro capaz obrigava ao seu retorno a Portugal para manutenção.
NRP São Tomé (1948-1970) ex-PC 1256
Todos os navios da classe  receberam os nomes de ilhas portuguesas dos arquipélagos da Madeira, de Cabo Verde e de São Tomé e Príncipe.
NRP São Vicente (1948-1968) ex-PC 1259
Características
Tipo: Navio-Patrulha
Deslocamento: 357 toneladas
Dimensões: 52,9 m comp.; 7,04 m boca; 3,1 m calado
Armamento: 1 peças de 40 mm; 3 peças de 20 mm; 1 Ouriço A/S; 2 calhas; 4 morteiros
Propulsão: 2 motores diesel de 3500 H.P. - 2 veios = 19 nós
Guarnição: 62 marinheiros