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Bancos Emissores de Cédulas: Banco de Barcelos & Banco do Minho (1918-1925)

O Banco de Barcelos foi fundado em 16 de Abril de 1875, com capitais exclusivamente
barcelenses. Ficou sediado em Barcelos e os seus primeiros estatutos foram publicados em 17 de Maio de 1875.

(1918-...) $05 Centavos (Banco de Barcellos)
$05 Centavos (Banco de Barcellos)
$05 Centavos (Banco de Barcellos)
Os bancos regionais vigentes nesta época, tal como o Banco de Barcelos” …funcionavam
como caixas económicas, recolhendo economias que neles procuravam uma colocação
remuneradora, sob a forma de depósitos”.
$10 Centavos (Banco de Barcellos)
$10 Centavos (Banco de Barcellos)
$20 Centavos (Banco de Barcellos)
$20 Centavos (Banco de Barcellos)
O ‘Banco do Minho’, durante a sua vida de 64 anos, que chegou a ser dos bancos mais importantes do país, contribuiu para fomentar e desenvolver o comércio, a indústria e a região. O seu encerramento, por colapso financeiro, acarretou prejuízos cuja dimensão verdadeira continua por estudar.
(1919-...) $01 Centavos (Banco do Minho)
(1919-...) $02 Centavos (Banco do Minho)
(1919-...) $05 Centavos (Banco do Minho)
(1919-...) $10 Centavos (Banco do Minho)

Armada Portuguesa: Aviação Naval da década de 1910

Os primeiros passos para a formação do Serviço e Escola de Aviação da Armada, embrião da Aviação Naval (AN), começaram a ser dados em 1916 na Escola de Aviação Militar (EAM), em Vila Nova da Rainha.

Hidroaviões FBA Tipo B (1917-1918)
Em Janeiro de 1917, dois hidroaviões FBA Tipo B, adquiridos em França para a Armada Portuguesa chegaram a Portugal. Realizaram os primeiros voos em Março desse ano.
FBA Tipo B
Em 14 de Dezembro de 1917, o pessoal aviador da Marinha e os dois hidroaviões F.B.A. foram transferidos para o recém-formado Centro de Aviação Marítima (CAM) de Lisboa, instalado na Doca do Bom Sucesso, perto de Belém. Em 1918 um terceiro FBA. Tipo B foi construído nas oficinas do CAM, utilizando peças sobressalentes e um motor novo, comprado em França. A estrutura foi inteiramente construída pelos carpinteiros do CAM, numa afirmação das suas excelentes qualidades profissionais.
Os aviões voaram até 1918, ano em que foram abatidos.

Características técnicas
Dimensões: Envergadura: 13,71 metros; Comprimento: 8,78 metros; Altura: 3,4 metros
Motor: 1 Gnôme-Monosoupape de 100 h.p.
Velocidade: 109 km/h.
Tripulação: 2, piloto e observador

Em fins de 1917, o Governo Português autorizou a França a instalar um Centro de Aviação Naval (CAN) em S. Jacinto, perto de Aveiro, que foi equipado com pessoal e material francês.

Hidroaviões Georges-Lévy GL-40 HB2 (1918-1920)
Os GL-40 destacados para S. Jacinto já tinham bastante uso. Começaram a voar em Portugal a partir de Abril de 1918, efectuando missões de patrulhamento marítimo até 11 de Novembro do mesmo ano, dia em que terminou o conflito mundial.
No final da Guerra o destacamento francês foi desativado e a Aviação Naval (AN) recebeu as instalações e o material existente, onde se incluiam os dois Georges-Lévy GL-40 HB2, em péssimo
Georges-Lévy GL-40 HB2
Em 11 de março de 1920 devido ao mau tempo e a uma avaria do motor uma da aeronaves fez uma amaragem forçada ao largo de S. Pedro de Moel, danificando a estrutura do avião. O piloto enviou um pombo-correio com o pedido de socorro urgente que foi apanhado em Montemor-o-Velho, mas uma greve dos serviços telegráficos dos Correios impossibilitou a imediata transmissão da mensagem, que só chegou ao conhecimento da AN no dia 13. O avião afundou-se e com ele os três tripulantes.
O outro GL-40 foi retirado de serviço em 1920.

Características técnicas
Dimensões: Envergadura: 18,5 metros; Comprimento: 12,4 metros; Altura: 4 metros
Motor: 1 Renault de 280 h.p.
Velocidade: 145 km/h.
Autonomia: 845 km
Tripulação: 3

Hidroaviões Donnet-Denhaut DD8 (1918-1922)
Ainda antes do final da Primeira Guerra Mundial Portugal adquiriu em França vária aeronaves, entre as quais quatro hidroaviões de casco Donnet-Denhaut D.D. 8 com motor Lorraine de 160 hp, destinados a formação de uma esquadrilha expedicionária a África (a aquisição foi realizada por Sacadura Cabral).
Donnet-Denhaut DD8
Como só chegaram a Portugal em 1918, numa altura em que a situação da Guerra já não justificavam o seu envio para África. Acabaram por ser colocados no Centro de Aviação Marítima de Lisboa, inaugurado a 1 de Setembro de 1917. Em 1918, foram recebidas mais seis Donnet-Denhaut D.D.8, estes equipados com motores Hispano-Suiza de 200 hp, aumentando a frota para 10 unidades. A estes, juntaram-se os oito hidroaviões franceses que operaram em S. Jacinto (Aveiro) durante a Guerra.
Até ao seu abate em 1922, quinze destas aeronaves (3 dos aviões deixados pelos franceses nunca chegariam a voas) foram utilizadas pela AN no patrulhamento marítimo da costa Portuguesa.

Características técnicas
Dimensões: Envergadura: 16,28 metros; Comprimento: 10,7 metros; Altura: 3,75 metros
Motor: 1 Lorraine - Dietrich de 160 h.p. (4 primeiros) 1 Hispano – Suiza 8 AC de 200 h.p. (restantes)
Velocidade: 140 km/h.
Autonomia: 320 km
Tripulação: 3

Hidroaviões Tellier T-3 (1918-1928)
Em 1917 a Aviação Naval (AN) adquiriu em França 5 hidroaviões Tellier T-3, tendo em vista a constituição da Esquadrilha Expedicionária para África. 
Tellier T-3
Como os aviões só foram recebidos em 1918, três deles já depois de terminada a Guerra, não se justificava o seu envio para África, pelo que foram integrados no Centro de Aviação Naval (CAN) do Bom Sucesso, em Lisboa.  Em 1921 estavam colocados no CAN de S. Jacinto, Aveiro, que estava a ser reativado depois da saida dos franceses. Estes hidroaviões tinham a fuselagem em castanho com o casco preto, as asas em amarelo torrado com a Cruz de Cristo, sem círculo branco, a toda a largura dos planos inferiores e  planos superiores. A bandeira nacional com escudo ocupava todo o leme de direção, em ambas as faces. Nos lados da fuselagem, na direção da cabina de pilotagem, estavam pintados os números das matrículas, em grandes algarismos pretos.
Foram retirados de serviço em 1928.

Características técnicas
Dimensões: Envergadura: 15,6 metros; Comprimento: 11,8 metros; Altura: 3,4 metros
Motor: 1 Hispano-Suiza 8-AC de 200 h.p.
Velocidade: 145 km/h.
Autonomia: 700 km
Tripulação: 3

Armada Portuguesa: Lanchas-Canhoneiras década de 1910

Lancha Canhoneira "Zanha" (1916-19...)
Este pequeno vapor pertencia à Marinha Mercante, tendo sido adquirido em 1916 pela Armada, e tendo servido mais tarde na Marinha Colonial de Moçambique
Lancha Canhoneira "Zanha" 

Lancha Canhoneira "Salvador" (1916-1928)
Esta lancha, foi apreendida aos missionários Jesuítas austríacos em 26 de Junho de 1916.
Lancha Canhoneira "Salvador"
Prestou serviço em Moçambique, tendo combatido no Barué. Serviu na Marinha Colonial até 1924, tendo sofrido juntamente com a Tete enormes danos, resultantes de um violento temporal. A Salvador não mais voltou a navegar sendo abatida em 1928.

Características técnicas
Armamento: 1 canhão - revólver de 37 mm ; 1 metralhadora de 6.5 mm.   

Cédulas dos Municípios de Vizela e Vouzela (1917-1925)

A Primeira República (1910-1926), ficou marcada pela instabilidade política, social e também económica e financeira.
Cédula: Vizela $05 Centavos (Companhia dos Banhos)
Com a implantação do novo regime, surgiram alterações monetárias, instituiu-se uma nova unidade e modificaram-se os títulos das moedas, o seu peso e liga, porém, tudo conjugado de forma a não alterar o seu valor real.
Cédula: Vizela $10 Centavos (Companhia dos Banhos)
Em tais circunstâncias, em que se sentia cada vez mais a necessidade de dinheiro miúdo, surgiu uma nova moeda de recurso, a cédula de papel, cuja emissão saiu do âmbito da Casa da Moeda e se espalhou por toda a parte, sob a responsabilidade de câmaras municipais, Misericórdias e outras entidades públicas, e mesmo particulares, ainda que, segundo Oliveira Marques, fosse ilegal a emissão de cédulas pelas câmaras municipais ou quaisquer outras instituições que não a Casa da Moeda. 
Cédula: Vouzela $01 Centavo (Camara Municipal)
Cédula: Vouzela $04 Centavos (Camara Municipal)
Até 1924 tornaram-se comuns os editais da Câmaras Municipais a prorrogarem a validade das cédulas por ela emitidas, por prevalecer a escassez de moeda metálica e a dificuldade de trocos. Daqui em diante, iniciou-se o processo inverso de troca das cédulas por dinheiro corrente.