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Furnas do Enxofre (Ilha Terceira)

Localizam-se na freguesia do Porto Judeu, Angra do Heroísmo


 Constituem-se em um campo fumarólico, uma área que compreende diversas saídas de gases vulcânicos agressivos a diversas temperaturas, algumas bastante elevadas.


Geologicamente o campo fumarólico localiza-se no sector sul do vulcão do Pico Alto, um dos mais recentes e majestosos da ilha.

Capelinhos: O Vulcão

Capelo, freguesia criada em 1600 como “Paróquia da Santíssima Trindade do Lugar do Capello”. O Capelo, ao longo da sua história, foi alvo de várias convulsões vulcânicas e sísmicas, uma das quais em setembro de 1957.
Vulcão dos Capelinhos, areia.
Uma erupção submarina, a 300 metros da Ponta dos Capelinhos (ou seja, a 100 metros dos Ilhéus dos Capelinhos). A erupção continuou intensa até 29 de outubro, com constantes chuvas de cinzas sobre o a ilha do Faial, formando uma pequena ilha, chamada de "Ilha Nova" (ou "Ilha do Espírito Santo"), com 800 metros de diâmetro e 99 metros de altura, ficando com a cratera aberta ao oceano.
Farol dos Capelinhos
Em março de 1958, os Ilhéus dos Capelinhos já haviam desaparecido definitivamente sob manto das cinzas e areias, tendo estas formado dois areais de apreciável dimensão, chegando a atingir vários metros de espessura junto ao farol e nas áreas adjacentes, o que levou ao soterramento de casas e à ruína dos telhados de muitas habitações próximas, ainda hoje visíveis.
Caldeira do Faial
No dia 14 de maio de 1958, surgiram fumarolas no fundo da Caldeira (vulcão central da ilha), que emitiam vapor de água com cheiro a enxofre e com lama em ebulição.
Esta caldeira, é um verdadeiro ex-líbris do Faial. trata-se de uma enorme cratera de um vulcão extinto que esteve na origem da ilha, com cerca de 2000 metros de diâmetro, 400 metros de profundidade e sete quilómetros de perímetro.
Bué Longe…
Durante 13 meses, entre 27 de Setembro de 1957 a 24 de Outubro de 1958, a erupção do vulcão dos capelinhos constituiu "um espetáculo grandioso", um misto de belo e horrendo que jamais será esquecido por quem o presenciou. A partir de 25 de Outubro, o vulcão entrou em fase de repouso. Do ponto de vista vulcanológico, deverá ser considerado um vulcão potencialmente ativo.

Lajes do Pico

Este primeiro concelho da ilha, exerceu durante 42 anos o seu domínio sobre toda a ilha, já que em 1542, foi criado pelo rei D. João III de Portugal o Concelho de São Roque do Pico.


Cálculos feitos pelo historiador Francisco Soares de Lacerda Machado, tendo por base o Espelho Cristalino escrito por Frei Diogo das Chagas, entre entre 1646 e 1654, aponta para que no concelho das Lajes em 1506 existissem cerca de 250 habitantes, deve-se ter em atenção que nesta altura abrangia toda a ilha.


O município é limitado a oeste pelo município da Madalena, a norte por São Roque do Pico e a nordeste, leste e sul tem costa no oceano Atlântico.
Piedade (Lajes do Pico)

Madalena do Pico

Vista aérea da Vila da Madalena
Igreja Santa Maria da Madalena
"O primeiro templo da ilha em grandeza e magnificência"

Porto de abrigo
Ilha do Faial ao Longe

Cédulas dos Municípios do Alandroal e Albufeira (1917-1925)

A Primeira República (1910-1926), ficou marcada pela instabilidade política, social e também económica e financeira. Com a implantação do novo regime, surgiram alterações monetárias, instituiu-se uma nova unidade e modificaram-se os títulos das moedas, o seu peso e liga, porém, tudo conjugado de forma a não alterar o seu valor real.
Cédula: Alandroal $02 Centavos (Camara Municipa)
Cédula: Alandroal $05 Centavos (Hospital Civil)
Cédula: Alandroal $10 Centavos (Hospital Civil)
Em tais circunstâncias, em que se sentia cada vez mais a necessidade de dinheiro miúdo, surgiu uma nova moeda de recurso, a cédula de papel, cuja emissão saiu do âmbito da Casa da Moeda e se espalhou por toda a parte, sob a responsabilidade de câmaras municipais, Misericórdias e outras entidades públicas, e mesmo particulares, ainda que, segundo Oliveira Marques, fosse ilegal a emissão de cédulas pelas câmaras municipais ou quaisquer outras instituições que não a Casa da Moeda.
Cédula: Albufeira $01 Centavo (Antonio Vieira)
Cédula: Albufeira $02 Centavos (Antonio Vieira)
Cédula: Albufeira $05 Centavos (Antonio Vieira)
Até 1924 tornaram-se comuns os editais da Câmaras Municipais a prorrogarem a validade das cédulas por ela emitidas, por prevalecer a escassez de moeda metálica e a dificuldade de trocos. Daqui em diante, iniciou-se o processo inverso de troca das cédulas por dinheiro corrente.

Cédulas Insulares dos Açores (1917-1925)

PAPEL MOEDA em Portugal - 1ª Republica
Portugal nos seus quase 900 anos de existência sempre viveu em constantes instabilidades económicas. A moeda sempre existiu e sempre serviu de moeda de troca nas transacções e negócios. Poderia ter sido um Pais estável, pois desde o inicio da sua existência que promoveu a expansão territorial interna e posteriomente com a expansão internacional através dos descobrimentos tornando-se num forte País comerciante.
Cédula: Angra do Heroismo $05 Centavos (João Lemos)
Neste período áureo poder-se-á dizer que ou investiu ou gastou e nunca juntou. As riquezas trazidas de toda a parte do mundo serviram os interesses da época e sempre utilizada para a má gestão, pessoal, do País e suas colónias. Já no séc. XIX, o Brasil foi a nossa bolsa financeira com os Torna-Viagens que permitiram trazer muita riqueza e com eles investir num Portugal carenciado e pobre.
Cédula: Horta $01 Centavo (Camara Municipal)
Com a entrada do séc. XX e com a Primeira Republica, a instabilidade politica é permanente, e a Grande-Guerra complementou-a e juntou-se à desordem social, económica e financeira. Com a implantação do novo regime, surgiram alterações monetárias, isto é, instituiu-se uma nova unidade monetária e modificaram-se os títulos das moedas, o seu peso e a liga, sendo tudo de forma a evitar-se qualquer alteração do seu valor real.
Cédula: Horta $02 Centavos (Camara Municipal)
Em 22 de maio de 1911, através de Decreto-Lei, foi adoptada como unidade de cunhagem monetária, o escudo (divisível em 100 centavos), moeda de ouro equivalente ao antigo décimo de coroa, com o valor de 1000 réis, e que só apareceu como ensaio. Do mesmo modo, existiram moedas de 5 escudos, de ouro, de 1920, que não chegaram a entrar em circulação.
Cédula: Horta $04 Centavos (Camara Municipal)
Nos últimos anos da Primeira Republica, a situação económica era tão desesperada e tão má, que o poder de aquisição do escudo (1000 réis) começou a degenerar e a moeda metálica, cujo valor intrínseco ultrapassava o nominal, desapareceu de circulação.
Cédula: $02,5 Centavos (Junta de Freguesia da Vila do Topo)
Na década de 20, com esta crise monetária, o País sentia a necessidade de dinheiro corrente e de baixo valor, indispensável a pequenas transacções, que não havia. A elevada inflação fez com que a moeda se desvalorizasse de tal forma que o "metal de uma moeda era mais valioso do que o seu valor de rosto".
Cédula: $05 Centavos (Junta de Freguesia da Vila do Topo)
A necessidade da pequena moeda de troca, a partir de 1914, o governo autorizou a Casa da Moeda a emitir cédulas que se destinavam a substituir as moedas de cinco, dez e vinte centavos, verificando que esta medida não era suficiente acabando por permitir a autorização da emissão desse papel por parte das câmaras municipais dentro da área dos respectivos concelhos, generalizando-se com a emissão por parte de outras entidades.
Cédula: Velas $01 Centavo (Camara Municipal)
Em 1923, a inflação era de 1.720 %, o País com uma dívida milionária e ainda dívidas de guerra por pagar, o escudo valia tão pouco que efectivamente compensava guardar as moedas pelo valor metálico que tinham.
Cédula: Velas $02 Centavo (Camara Municipal)
Surgiu como pratica generalizada, pela sua necessidade, e fora do âmbito da Casa da Moeda, o recurso por parte de muitas câmaras municipais, Misericórdias, entidades publicas e até por entidades privadas, à emissão de notas e títulos com valor monetário, servindo de uso interno nesses concelhos, por forma a evitar a utilização da moeda, já inexistente, designando-a de "cédula de papel" ou "papel moeda".
Cédula: Velas $05 Centavos (Camara Municipal)
Estas emissões eram clandestinas e ilegais, mas autorizadas pelo Estado, circulavam livremente e eram aceites como de dinheiro se tratasse. Assistia-se ao "entesouramento das moedas, que refundidas por particulares rendiam acima do valor do seu rosto".
Cédula: Velas $12,5 Centavos e Meio (Camara Municipal)
Como a metal não existia e a escassez era tanta, o papel era o elemento básico para a sua concretização. A moeda papel fabricava-se em formato pequeno, de valor determinado e artisticamente bem trabalhado, e transformava-se em verdadeiro dinheiro regional.
Cédula: Velas $25 Centavos (Camara Municipal)
Em regra estas moedas-papel continham um valor entre um e cinco centavos, por vezes até de maior valor e perduraram entre os anos de 1917 a 1925, tendo já o governo proibido a sua circulação em 1924, mas só após a revolução de 28 de maio de 1926 é que começaram a desaparecer definitivamente com a emissão em massa, de moeda de pequeno valor. 
Cédula: Calheta $05 Centavos (Camara Municipal)
Este processo iniciado durante a guerra foi utilizado, dentro dos seus espaços territoriais de 178 concelhos do País, sendo que Lisboa e Porto não seguiram esta pratica. Esta mudança de tipo de moeda sofreu num espaço de cerca de 40 anos a uma inversão de 180 graus, isto é, se em 1890 mais de 90% das transacções eram feitas em metal, em 1925 faz-se em papel em 99% da sua circulação.