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Castelo Medieval de Montemor-o-Novo

Em posição dominante sobre o outeiro mais alto da região na freguesia de Nossa Senhora da Vila, o castelo abrigava originalmente nos seus muros a povoação que, desenvolvendo-se, expandiu-se pela encosta Norte. Afirma-se que neste castelo Vasco da Gama ultimou os planos para a sua viagem à Índia. 
Porta de Santarém 
Apresenta planta triangular irregular. O pano da muralha voltado a norte, foi primitivamente rasgado por uma porta, hoje desaparecida, denominada como Porta de Évora. O acesso é feito atualmente pela chamada Porta da Vila, Porta de Santarém ou Porta Nova, a norte, flanqueada pela chamada Torre do Relógio, de planta quadrada, com porta em arco quebrado.
Casa da Guarda
Externamente adossa-se a Casa da Guarda, com teto abobadado, cujo portão em arco é encimada pelo brasão de armas de D. Manuel I.

Na praça de armas do castelo abre-se a antiga cisterna e ergue-se a fachada do antigo Paço do Alcaide, hoje em ruínas. Ao abrigo da cerca da vila destacam-se a Igreja de São João Baptista, a Igreja de Santiago, o Convento de Nossa Senhora da Saudação e as ruínas da Igreja de Santa Maria do Bispo.







Torre do Relógio
Igreja de São João Baptista
Ruínas
Igreja de São Tiago
Porta de São Tiago ou Porta do Sol
A este, rasga-se a Porta de Santiago ou Porta do Sol, flanqueada pela Torre da Má Hora, de planta quadrada, rematada por ameias piramidais.




Torre da Má-Hora
Porta do Bispo ou Porta do Anjo
No troço oeste das muralhas, rasga-se a chamada Porta do Bispo ou Porta do Anjo, defendida por duas torres de planta quadrada.

Cidade de Montemor-o-Novo

Panorama da cidade de Montemor-o-Novo
Foi edificada entre três montes: (o maior) o do Castelo de Montemor-o-Novo, o da igreja da Nossa Senhora da Visitação e o da igreja da Nossa Senhora da Conceição.


Portal Manuelino, igreja da Misericórdia
Azulejos verdes tipo (Viúva de Lamego)
Chafariz da Nossa Senhora da Conceição
Chafariz do Besugo

Juromenha a “Sentinela do Guadiana”


A Fortaleza de Juromenha localiza-se na freguesia de Juromenha, concelho de Alandroal, distrito de Évora, em Portugal. Entre a Guerra da Restauração e a Guerra Peninsular, sobre o rio Guadiana cuja travessia fechava, foi considerada uma das chaves da fronteira do Alentejo.


Dominando este ponto de travessia do rio Guadiana, a ocupação de seu sítio remonta a galo-celtas e a Romanos. Ocupada mais tarde quando da Invasão muçulmana da Península Ibérica, à época da Reconquista cristã da península manteve-se por dois séculos como posto-avançado de defesa da importante cidade de Badajoz, desde o século X em mãos do Califado de Córdoba.



A povoação e o seu castelo foram conquistados desde 1167 pelas tropas do rei D. Afonso Henriques (1112-1185), auxiliado pelas forças do lendário Geraldo Sem Pavor. Como recompensa, o soberano nomeou este último como alcaide do castelo. Povoação e castelo retornariam às mãos dos muçulmanos, sob o comando do califa Almançor, em 1191, para serem definitivamente conquistadas por forças portuguesas, sob o comando de D. Paio Peres Correia, em 1242.



Objecto de preocupação do rei D. Dinis (1279-1325), este lhe incrementou o povoamento, concedendo-lhe Carta de Foral em 1312 e lhe promoveu importantes reforços nas defesas. Passou, assim, a contar com muralhas de taipa revestidas em cantaria de granito e ardósia, às quais se adoçavam 16 torres quadrangulares, dominadas por uma imponente Torre de Menagem que se alçava a 44 m de altura.


As bodas do rei D. Afonso IV (1325-57) com D. Beatriz de Castela (1309) e de Afonso XI de Castela com D. Maria de Portugal foram celebrados neste castelo.
O seu foral seria confirmado no reinado de D. João II (1481-1495), a 28 de Agosto de 1492, e a povoação e seu castelo encontram-se figurados (lado norte) por Duarte de Armas no seu Livro das Fortalezas (c. 1509).

Antiga vila de Juromenha 
No contexto da Restauração da independência portuguesa, a partir de 1640, ante a iminência de uma invasão espanhola, impôs-se a completa reestruturação das fortificações fronteiriças de Portugal, adaptando-se as estruturas ainda medievais às exigências da artilharia da época.

Igreja de São Francisco de Assis
Diante da precariedade da defesa constituída pelo Castelo de Juromenha, que remontava à Idade Média, foram apresentados, em 1644, três diferentes planos para modernização desta defesa ao Conselho de Guerra do rei D. João IV (1640-1656):


  1. o de autoria do engenheiro-militar e arquitecto italiano Pascoeli, descartado por oferecer uma proteção insuficiente;
  2. o do jesuíta neerlandês Cosmander, que veio a ser eleito na ocasião, mesmo em face dos elevados custos e dificuldades técnicas;
  3. o do francês Nicolau de Langres, que, em face da paralisação do projecto do seu antecessor, veio a ter este aprovado em 1646, assumindo as obras.

Com os trabalhos ainda em andamento, um incêndio fez saltar o paiol da pólvora (Janeiro de 1659), o que causou a destruição de parte expressiva das estruturas já edificadas e do antigo Paço Municipal. Uma centena de homens da guarnição (estudantes da Universidade de Évora) e três mestres que os capitaneavam, perderam a vida na ocasião.


Passando-se para o serviço da Espanha, Langres comandou, em pessoa, a artilharia inimiga quando do ataque de 1662, capturando esta fortificação que ele mesmo construíra. Esta praça permaneceu ocupada por tropas espanholas até ao Tratado de Lisboa (13 de Fevereiro de 1668), quando retornou à posse da Coroa portuguesa.



A fortaleza sofreu severos danos com terramoto de 1755, tendo-lhe sido efectuadas obras de reparo e de ampliação, quando foi adoçado um novo baluarte à muralha pelo lado do rio Guadiana, para defesa do ancoradouro.



No início do século XIX, no alvorecer da Guerra Peninsular, foi entregue, sem resistência pelo seu Governador, às tropas espanholas quando da chamada Guerra das Laranjas, para ser recuperada apenas em 1808.


Sentinela do Guadiana
Com a perda de sua função defensiva diante da evolução dos meios bélicos, entrou em decadência, até ao seu abandono em 1920.



Caracteristicas
Fortificação do tipo misto, apresenta planta poligonal, composta por duas cinturas de muralhas, uma interna, onde se inscreve a antiga Torre de Menagem, e outra, externa, do tipo abaluartado no sistema de Vauban, onde se observa a presença dos diversos elementos deste tipo de fortificação: cortinas, revelins, fossos-secos, canhoneiras e outros.




Juromenha
Foi conquistada aos mouros (então com o nome de Julumaniya, que por uma leitura imprópria do árabe foi transcrita por alguns historiadores como Chelmena) por D. Afonso Henriques, em 1167. Entrou depois nos domínios da Ordem de Avis, a quem foi doada pelo rei D. Sancho I.


Aldeia de Juromenha
Foi sede de concelho, extinto em 1836, sendo que dele faziam parte as freguesias de Juromenha, São Brás dos Matos e Vila Real, (esta última, desde 1801, de facto mas não de jure).. (situada para lá do Guadiana, é administrada por Espanha, integrando o município de Olivença).

Após a sua anexação no concelho do Alandroal, Juromenha iniciou um processo de declínio, acentuado na década de 1920, quando a população abandonou totalmente o espaço intramuros, desenvolvendo-se o arrabalde em torno da ermida de Santo António, que é hoje o núcleo fundamental da vila.

Freguesia de São Pedro do Corval

As primeiras referências acerca de São Pedro do Corval datam do princípio do século XVII, com a designação de Aldeia do Mato. Era um pequeno núcleo que se situava a poucos quilómetros de Monsaraz, então a principal povoação do atual concelho de Reguengos de Monsaraz. É também de crer que o estabelecimento deste pequeno núcleo esteja relacionado com a riqueza dos solos em argila. Mais tarde, no século XIX, e com a passagem de sede de concelho de Monsaraz para Reguengos, a importância relativa da Aldeia do Mato cresceu com a valorização do eixo rodoviário entre as duas povoações, importância documentada com um crescimento populacional que só irá estagnar a partir de 1911. Por último, referir que o antigo nome – Aldeia do Mato – foi alterado em 1948 (por decreto de 17 de Setembro) para a atual designação de São Pedro do Corval.
Relativamente à evolução histórica das olarias em São Pedro do Corval não se afigura também, à partida, uma tarefa fácil de concretizar, devido à escassez de documentos sobre o assunto. E as poucas fontes existentes resumem-se a uma tradição oral, muitas vezes contraditória e pouco segura de datas e factos que possam ajudar a esclarecer as muitas dúvidas que existem acerca desta povoação e do seu artesanato. Apesar desta escassez de fontes, deixamos aqui algumas referências, que julgamos serem úteis para a compreensão desta atividade. De acordo com algumas fontes, o artesanato do barro era já uma atividade bastante desenvolvida nesta região de São Pedro do Corval nos inícios de seiscentos como consta de uma talha encontrada e datada de 1614 e inscrita com uma curiosa sigla: “Aldeia do Mato” (antiga designação de São Pedro do Corval). Este tipo de produto era bastante comum em séculos anteriores, servindo, entre outras coisas, para o armazenamento de produtos agrícolas. No século seguinte, mais concretamente em 1761, uma postura do município de Monsaraz regulamentava acerca da atividade dos oleiros, embora este documento não faça nenhuma menção aos oleiros da Aldeia do Mato.
No Anuário Comercial de 1905 encontramos as mais sólidas referências acerca das olarias de São Pedro do Corval. Assim, apresentava a Aldeia do Mato como um dos centros oleiros mais importantes da região, estando nele registadas trinta olarias e cinquenta e três oleiros, o que para uma pequena povoação era já um facto significativo da sua importância. Ainda segundo este Anuário Comercial, uma das principais causas do estabelecimento de olarias nesta região prendia-se com a existência de terrenos ricos em argila de boa qualidade.
Aldeia de São Pedro do Corval
De acordo com algumas fontes, o artesanato do barro era já uma atividade bastante desenvolvida nesta região de São Pedro do Corval nos inícios de seiscentos como consta de uma talha encontrada e datada de 1614 e inscrita com uma curiosa sigla: “Aldeia do Mato” (antiga designação de São Pedro do Corval). Este tipo de produto era bastante comum em séculos anteriores, servindo, entre outras coisas, para o armazenamento de produtos agrícolas. No século seguinte, mais concretamente em 1761, uma postura do município de Monsaraz regulamentava acerca da atividade dos oleiros, embora este documento não faça nenhuma menção aos oleiros da Aldeia do Mato. No Anuário Comercial de 1905 encontramos as mais sólidas referências acerca das olarias de São Pedro do Corval. Assim, apresentava a Aldeia do Mato como um dos centros oleiros mais importantes da região, estando nele registadas trinta olarias e cinquenta e três oleiros, o que para uma pequena povoação era já um facto significativo da sua importância. Ainda segundo este Anuário Comercial, uma das principais causas do estabelecimento de olarias nesta região prendia-se com a existência de terrenos ricos em argila de boa qualidade.


Menir da Rocha dos Namorados
Trata-se de um menir de granito natural, com cerca de mais de dois metros de de altura, que apresenta uma forma semelhante à de um cogumelo ou de um útero.

Esta rocha está associado um secular rito pagão de fertilidade, que consiste em: as raparigas em idade de contrair matrimónio, vão consultar a rocha (como se de um oráculo se tratasse), para saberem quanto tempo ainda falta para se efectivar o casamento. Para esse efeito atiram para cima do menir, uma pedra. se a pedra não ficar em cima da rocha e cair ao solo, representa que têm de esperar mais um ano para o casamento. Esta consulta à rocha era feita geralmente na Segunda Feira de Páscoa.

Santuário de Nossa Senhora do Rosário
Capela de São Pedro ou Matriz de São Pedro ou ainda Santuário de Nossa Senhora do Rosário, foi edificada no século XVI, sofrendo algumas alterações no século XVIII. Desta ermida, partiram muitas vezes peregrinações ao Menir da Rocha dos Namorados, em Especial em anos de seca.

Classificado como Monumento de interesse público desde 2010.

Encinasola

Encinasola a 8 km de Barrancos
O município de Encinasola está localizado na Sierra de Aracena, na província de Huelva, limitando ao norte com a Estremadura e ao oeste com Portugal. A uma altura de cerca de 410 metros acima do nível do mar, 159 km de estrada está longe de Huelva, 117 km de Badajoz, 143 km de Sevilha e 249 km de Lisboa. As cidades mais próximas estão em Jerez de los Caballeros 22.7 km de Encinasola ou Zafra cerca de 60 km de Encinasola.