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Cédulas do Município de Abrantes (1917-1925)

A Primeira República (1910-1926), ficou marcada pela instabilidade política, social e também económica e financeira. Com a implantação do novo regime, surgiram alterações monetárias, instituiu-se uma nova unidade e modificaram-se os títulos das moedas, o seu peso e liga, porém, tudo conjugado de forma a não alterar o seu valor real.
Cédula: Abrantes $01 Centavo (Câmara Municipal)
O Decreto-lei de 22 de maio 1911 mandou adotar como unidade de cunhagem monetária o escudo (divisível em 100 centavos), moeda de ouro equivalente ao antigo décimo de coroa, com o valor de 1000 réis, que só apareceu como ensaio. Também como ensaio, existiram moedas de 5 escudos, de ouro, de 1920, que não chegaram a entrar em circulação. Nos últimos anos da Primeira República, o poder de aquisição do escudo (1000 réis) começou a degenerar e a moeda metálica, cujo valor intrínseco ultrapassava o nominal, desapareceu de circulação.
Cédula: Abrantes $02 Centavos (Câmara Municipal)
Em tais circunstâncias, em que se sentia cada vez mais a necessidade de dinheiro miúdo, surgiu uma nova moeda de recurso, a cédula de papel, cuja emissão saiu do âmbito da Casa da Moeda e se espalhou por toda a parte, sob a responsabilidade de câmaras municipais, Misericórdias e outras entidades públicas, e mesmo particulares, ainda que, segundo Oliveira Marques, fosse ilegal a emissão de cédulas pelas câmaras municipais ou quaisquer outras instituições que não a Casa da Moeda.
Cédula: Abrantes $02 Centavos (Câmara Municipal)
As cédulas dessa época (1917-1925), moeda provisória a atestar uma crise na amoedação de metais, podem hoje constituir uma coleção muito desenvolvida e interessante.
Cédula: Abrantes $03 Centavos (Câmara Municipal)

Cédula: Abrantes $04 Centavos (Câmara Municipal)
No caso de Abrantes, o vereador Manuel Lopes Valente Júnior apresentou, em sessão da Câmara Municipal de dezembro de 1919, a proposta de que a Câmara emitisse 2000$00 em cédulas de um a quatro centavos. Valente Júnior justificava do seguinte modo a sua proposição: “Considerando que a falta de trocos concorre bastante para dificultar grande número de transações comerciais, dando origem até a conflitos pessoais, considerando ainda que muitas casas de negócio têm dado em trocos ao público senhas de um, dois, três e quatro centavos, onde apenas põem um carimbo, armando-se assim em casas bancárias emissoras de papel-moeda […]”.
Cédula: Abrantes $05 Centavos (A. Comercial Industrial)
Volvidos dois anos, foi a Associação Comercial de Abrantes que, por proposta do vogal Manuel José Coelho, optou por emitir “[…] cédulas representativas do valor e cinco e dez centavos para facilitar os trocos entre o comércio do concelho que atualmente são difíceis por falta de cédulas da Casa da Moeda”.
Cédula: Abrantes $10 Centavos (A. Comercial Industrial)
Até 1924 tornaram-se comuns os editais da Câmaras Municipais a prorrogarem a validade das cédulas por ela emitidas, por prevalecer a escassez de moeda metálica e a dificuldade de trocos. Daqui em diante, iniciou-se o processo inverso de troca das cédulas por dinheiro corrente.

Cédulas da Casa da Moeda (1917-1931)


0$10 Centavos
Primeira emissão: 1917
Retirada da circulação: 1919


0$05 Centavos
Primeira emissão: 1919
Retirada da circulação: 1920

0$10 Centavos
Primeira emissão: 1919
Retirada da circulação: 1920

0$05 Centavos
Primeira emissão: 1920
Retirada da circulação: 1922

0$10 Centavos
Primeira emissão: 1920
Retirada da circulação: 1922

0$10 Centavos
Primeira emissão: 1922
Retirada da circulação: 1925

0$20 Centavos
Primeira emissão: 1922
Retirada da circulação: 1925

0$05 Centavos
Primeira emissão: 1922
Retirada da circulação: 1931

0$10 Centavos
Primeira emissão: 1925
Retirada da circulação: 1931

0$20 Centavos
Primeira emissão: 1925
Retirada da circulação: 1931

Armada Portuguesa: 1ª Esquadrilha de Contratorpedeiros: Classe "Douro" (1913-1942)

Os quatro navios da classe foram construídos no Arsenal da Marinha, em Lisboa, entre 1913 e 1924 com assistência técnica britânica.
Contratorpedeiro "Douro I" (1913-1927)
O contratorpedeiro "Douro" foi aumentado ao efetivo dos navios da Armada em 13-06-1913, tendo passado ao estado de completo armamento em 20-06-1913. Era o primeiro da classe.
Foi abatido ao efetivo em 01-06-1927, pela O.A. nº 13/1927, por ter passado ao estado de completo desarmamento, tendo sido entregue à Direção dos Serviços Marítimos.
Contratorpedeiro "Guadiana" (1915-1936)
A unidade naval NRP Guadiana, segunda da Classe Douro, foi entregue à Armada em 1915. Cumpriu missões de escolta ao serviço do Corpo Expedicionário Português, no transporte de tropas e material de guerra para França. Foi vítima de um encalhe junto ao Cabo Raso, em 31 de Julho de 1917, quando regressava de uma missão de escolta a França. Os dois primeiros navios, juntamente com o NRP Tejo constituíram a força de contratorpedeiros da Marinha Portuguesa a operar durante a Primeira Guerra Mundial.
Contratorpedeiro "Vouga" I (1920-1931)
O Vouga afundou-se em resultado de uma colisão com o transporte Pedro Gomes, durante a Revolta da Madeira em 1931.
Contratorpedeiro "Tamega" (1924-1942)
Na década de 1930, os navios começaram a ser substituídos pelos contratorpedeiros da Classe Vouga.

Características técnicas
Tipo: Contratorpedeiro
Deslocamento: 670 toneladas
Dimensões: 73,15 m comp.; 7,16 m boca; 4,2 m calado
Armamento: 1 peça simples de 100 mm; 2 peças simples de 76 mm; 2 reparos simples                              lança- torpedos de 450 mm; 2 lançadores com 12 cargas de profundidade e                          20 minas
Propulsão: 3 turbinas a vapor 17 000 h.p. - 3 veios = 27 nós
Guarnição: 73 marinheiros

BNU: Cédulas para a Guine Portuguesa (Emissão Londres 1917-1933)

Em 1917 são emitidas as primeiras cédulas para a Guine Portuguesa na nova unidade monetária, o Escudo.
0$10 Centavos (1917-1933)
0$20 Centavos (1917-1933)
Idênticas ás da emissão para Cabo Verde mas com indicação da agência local Bolama.
0$50 Centavos (1917-1933)