Armada Real Portuguesa: Navios-Transporte (1874-1934)

Navio-Transporte "Índia" (1874-1910)

Navio de ferro e de vapor inglês (ex - Mandalay) que foi lançado à água em Inglaterra em 1871 por Dennis & Brothers e adquirido para Portugal para transporte.

Navio-Transporte "Índia"

Fez várias viagens às nossas províncias ultramarinas como transporte de pessoal e material, em especial para as estações navais.

Em 1910 passou a completo desarmamento e foi entregue à província de Moçambique.

Características técnicas

Deslocamento: 2578 toneladas

Dimensões: 82,3 m comp; 9,14 m boca; 5,79 m calado;

Armamento: 2 peças

Propulsão: 2 máquinas compound verticais de700 h.p. - 1 veio = 12 nós

Guarnição: 

Navio-Transporte "Africa" (1875-1910)

Navio de ferro e de vapor que foi lançado à água em Inglaterra em 20 de Abril de 1875.

Navio-Transporte "Africa"

Empregou-se como transporte de pessoal e material para as nossas províncias ultramarinas.

Em 1907 foi mandado desarmar em Luanda e no ano seguinte passou a pontão-enfermaria, em substituição da barca "Cabinda".

Em 1910 foi vendido em Luanda.

Características técnicas

Deslocamento: 2993 toneladas

Dimensões: 79,24 m comp; 10,05 m boca; 6,09 m calado;

Armamento: 2 peças de 80 mm.

Propulsão: 1 máquina de T.E. de 1 000 h.p. - 1 veio = 13 nós

Guarnição: 124 marinheiros + 404 tropas

Navio-Transporte "Príncipe D. Carlos" (1877-1880)

Navio de vapor que foi lançado à água em Inglaterra em 6 de Dezembro de 1877 para servir de transporte.

Navio-Transporte "Príncipe D. Carlos"

Em 1878 largou para Moçambique para servir na Estação Naval como transporte.

Em 1880 perdeu-se por encalhe na ilha Grande do Bazaruto.

Características técnicas

Deslocamento: 250 toneladas

Dimensões: 

Armamento: 1 peça

Propulsão: 1 máquina de 90 h.p. - 1 veio = 11 nós

Guarnição: 41 marinheiros

Navio-Hospital "Cabinda" (1886-1909)

Navio de vela adquirido em Inglaterra em 1886 para servir de hospital e pontão de carvão no distrito do Congo, na foz do Zaire.

Navio-Hospital "Cabinda"

Desempenhou várias comissões em Angola.

Em 1909 foi mandada abater ao efectivo da Armada.

Características técnicas

Deslocamento: 

Dimensões: 

Armamento: 

Propulsão: 

Guarnição: 

Navio-Transporte "Pêro de Alenquer" (1895-1911)

Famoso clipper inglês "Thomas Stephens" comprado em Inglaterra em 1895 para servir de transporte.

Navio-Transporte "Pêro de Alenquer"

Em 1909 passou a navio-escola.

Em 1911 passou mostra de desarmamento e foi vendido por inútil. Em 1915, ao serviço da Marinha Mercante, largou para a América do Norte e no retorno, em 1916, desapareceu.

Características técnicas
Deslocamento: 2195 toneladas
Dimensões: 90,9 m comp; 12,7 m boca; 7,90 m calado;
Armamento: 2 peças
Propulsão:
Guarnição:

Navio-Transporte "Salvador Correia " (1895-1934)

Navio de vapor de ferro que foi lançado à água em Inglaterra em 26 de Maio de 1895

Navio-Transporte "Salvador Correia I" em Angola

Foi construído nos estaleiros de Laird Brothers em Birkenhead, Inglaterra, e incorporado na Armada com a classificação de transporte,para servir em Angola. Reclassificado como navio - hidrográfico e integrado na Missão Hidrográfica do Zaire em 1930, foi desarmado e abatido em 1934.

Características técnicas

Deslocamento: 300 toneladas

Dimensões: 36,6 m comp; 6 m boca; 2,30 m calado;

Armamento: 1 peça de 75 mm; 2 peças de 37 mm;

Propulsão: 1 máquina a vapor T.E. de 480 h.p. - 1 veio = 11 nós

Guarnição: 35 marinheiros

Armada Real Portuguesa: Canhoneiras da década de 1870

Canhoneiras Classe "Rio Lima"

A canhoneira Rio Vouga foi construída no Arsenal de Marinha em Lisboa, e as restantes em Inglaterra.

Canhoneira "Rio Lima" (1875-1910) 

Canhoneira de ferro e madeira que foi lançada à água em Inglaterra em 3 de Julho de 1875. Prestou serviço em Cabo Verde, Angola, Ajuda, Guiné, Moçambique, Macau e Índia. Em 1889 largou de Macau em visita ao Japão.

Em 1909 foi mandada passar ao estado de completo desarmamento, sendo abatida em Macau em 1910 e ali vendida.

Canhoneira "Rio Tâmega" (1875-1909) 

Canhoneira idêntica à "Rio Sado" que foi lançada à água em Inglaterra em 15 de Novembro de 1875. Prestou serviço em Cabo Verde, Angola, Ajuda, Macau e Moçambique.

Em 1904 passou ao estado de completo desarmamento e foi mandada abater em 1909.

Canhoneira "Rio Sado" (1875-1921)

Canhoneira idêntica à "Rio Tâmega" que foi lançada à água em Inglaterra em 30 de Dezembro de 1875. Prestou serviço em Cabo Verde, Guiné, Angola, Ajuda, Moçambique, Açores e Índia.

Em 1921 passou ao estado de desarmamento em Goa.

Canhoneira "Rio Vouga" (1882-1909) 

Canhoneira de madeira de que foi lançada à água em Lisboa em 5 de Janeiro de 1882. Armou em 1884. Prestou serviço em Moçambique, Angola e Ajuda. Em 1906 passou a completo desarmamento e em 1909 foi mandada abater por inútil, sendo vendida em 1911.

Características técnicas

Deslocamento: (Rio Tâmega e Rio Sado) 645 tons. (restantes) 721 tons.

Dimensões:  (Rio Tâmega e Rio Sado) 45,4 m comp; 8,6 m boca; 3 m calado; (restantes) 49 m comp; 8,4 m boca; 3,63 m calado

Armamento: 2 peças de 9 libras; 2 peças de 4 libras; 1 peça de 3 libras

Propulsão: 2 mastros de velas; 1 maq. de 500 h.p.; 1 maq. 750 h.p.; 1 veio = 10 nós

Guarnição: 100 marinheiros

Canhoneira "Faro" (1878-1912)

Canhoneira de ferro que foi construída em Inglaterra em 1878 para a fiscalização da costa.

Canhoneira "Faro"

Primeiro classificado como vapor, passou em 1880 a canhoneira. Prestou serviço na fiscalização aduaneira do Algarve. Serviu na Armada até 27-02-1912 data em que se perdeu por afundamento, na barra de Alvor, por colisão com um rebocador.

Características técnicas

Deslocamento: 136 toneladas

Dimensões: 27 m comp.; 4,7 m boca; 2,28 m calado

Armamento: 1 peça de 47 mm

Propulsão: 2 mastros de velas; 1 maq. de 200h.p.; 1 veio = 10,4 nós

Guarnição: 27 marinheiros

Canhoneira "Tavira" (1878-1911)

 Canhoneira de ferro adquirida em Inglaterra em 1878 para a fiscalização aduaneira do Algarve.

Canhoneira "Tavira" ex "Tejo"

Era a canhoneira Tejo que em 1883 passou a ter aquele nome. Em 1895 fez hidrografia em Angola. Em 1911 foi mandada passar ao estado de completo desarmamento, sendo vendida no mesmo ano.

Características técnicas

Deslocamento: 204 toneladas

Dimensões: 32 m comp.; 5,1 m boca; 2,74 m calado

Armamento: 1 peça de 47 mm

Propulsão: 2 mastros de velas; 1 maq. vertical de 390 h.p.; 1 veio =11 nós

Guarnição: 33 marinheiros

Canhoneira "Lagos" (1878-1915)

Canhoneira de ferro que foi adquirida em Inglaterra em 1878 para a fiscalização aduaneira do Algarve.

Canhoneira "Lagos" ex "Guadiana"

Era a canhoneira "Guadiana" que em 1883 passou a ter aquele nome. Em 1913 passou mostra de desarmamento, sendo abatida por inútil.

Armou novamente em 1914 e desarmou definitivamente em 1915.

Características técnicas

Deslocamento: 100 toneladas

Dimensões: 24,7 m comp.; 4,4 m boca; 1,98 m calado

Armamento: 2 peças de 47 mm; 1 metr. de 6,5 mm.

Propulsão: 2 mastros de vela; 1 máquina de 150 H.P. - 1 veio = 7 nós

Guarnição: 30 marinheiros

Canhoneira "Guadiana" (1879-1892)

Canhoneira "Guadiana"

Canhoneira de ferro que foi lançada à água em Liverpool, Inglaterra em 20 de Agosto de 1879. Primeiro classificado como vapor, passou em 1883 a canhoneira. Prestou serviço em S. Tomé, Algarve, Cabo Verde e Guiné.

Em 03 de Outubro de 1892 encalhou e perdeu-se no recife Almagreiro.

Características técnicas

Deslocamento: 245 toneladas

Dimensões: 33 m comp.; 5,33 m boca; 2,77 m calado

Armamento: 1 peça de 47 mm

Propulsão: 2 mastros de vela; 1 máquina a vapor de 140 H.P. - 1 veio = 9 nós

Guarnição: 45 marinheiros

Canhoneiras Classe "Bengo"

Estas canhoneiras foram construídas em Inglaterra destinadas a prestar serviço nas colónias.

Canhoneira "Mandovy I" (1879-1909)

Canhoneira de ferro e madeira que foi lançada à água em Inglaterra em 16 de Agosto de 1879. Prestou serviço em Macau, Moçambique, Angola, Ajuda, Guiné, Cabo Verde, Açores e Índia.

Em 1908 passou ao estado de completo desarmamento, sendo mandada entregar à província de Moçambique no ano seguinte.

Canhoneira "Bengo I" (1879-1905)

Canhoneira de ferro e madeira que foi lançada à água em Inglaterra em 23 de Agosto de 1879.Prestou serviço em Angola, Guiné, Moçambique, Macau, Timor e Índia.

Em 1905 foi abatida ao efectivo e passou a navio-depósito da Divisão Naval de Moçambique.

Características técnicas

Deslocamento: 462 toneladas

Dimensões: 38,25 m comp.; 7,48 m boca; 2,84 m calado

Armamento: 1 peça de 150 mm; 2 de 90 mm:

Propulsão: 2 mastros de vela; 1 máquina compound horizontal de 400 H.p. - 1 veio = 10,5 nós

Guarnição: 89 marinheiros

Armada Real Portuguesa: Lanchas Canhoneiras Classe "Rio Minho" (1864-1877)

Lancha-Canhoneira Rio Minho I (1864-1877)

Canhoneira de madeira, que foi lançada à água em Lisboa em 21 de Agosto de 1864.

Prestou serviço em Cabo Verde e Angola.

Em 1877 desarmou em Luanda.

Lancha-Canhoneira Rio Guadiana (1865-1875)

Canhoneira de madeira que foi lançada à água em Lisboa em 24 de Maio de 1865.

Prestou serviço nas Estações Navais de Angola e Cabo Verde.

Características técnicas

Deslocamento: 35 Toneladas

Dimensões: 13,5 m comp.; 3,5 m boca; 1,5 m calado
Armamento: 2 peças de bronze de carregar pela boca
Propulsão: 1 máquina de 60 h.p. - 1 veio = 8 nós
Guarnição: 15 marinheiros

Armada Real Portuguesa: Canhoneiras da década de 1860

Canhoneira "Camões" (1865-1876)

Canhoneira "Camões"

Canhoneira de madeira da província de Macau que foi mandada construir em 1864. Era escuna de vapor que em 1874 passou ao serviço da Armada como canhoneira. Prestou serviço em Macau e na China.

Em 1876 foi mandada passar ao estado de desarmamento, sendo vendida no mesmo ano.

Características técnicas
Deslocamento: 136 toneladas
Dimensões:  1,81 m calado
Armamento: 3 peças
Propulsão: 1 máquina de 30 H.P. - 1 veio = 7 nós
Guarnição: 50 marinheiros

Canhoneiras Classe "Zarco"

As canhoneiras desta classe foram construídas no Arsenal de Lisboa, à excepção da Zarco que foi construída em Inglaterra.

Canhoneira "Zarco" (1865-1876)

O vapor "Zarco" foi construído em Liverpool pela casa inglesa Birkenhead Iron Works de Laird Brothers. Foi lançado à água em 15 de Novembro de 1864. Foi entregue a Portugal em 18 de Março de 1865. Era um navio forte e elegante, construído de madeira. Em 1869 foi considerado canhoneira. As qualidades náuticas do "Zarco" foram consideradas más e a artilharia impotente. Serviu na Estação Naval da América do Sul, Cabo Verde, Guiné e Moçambique. Desempenhou comissão ao Brasil. Integrou uma expedição militar enviada ao distrito da Guiné. Em 1865 deu comboio ao vapor "Mindelo" que conduzia o Rei a Setúbal.

Foi mandada desarmar por Portaria de 1 de Dezembro de 1875. Em 26 de Setembro de 1877 foi mandada entregar à Alfândega.

Canhoneira "Tejo" (1869-1898)

Canhoneira que foi lançada à água em Lisboa em 15 de Março de 1869. Prestou serviço na Guiné, Cabo Verde, Macau, Timor, Angola e Moçambique.

Em 1898 passou ao estado de desarmamento, sendo abatida em 1900.

Canhoneira "Douro" (1873-1897)

Canhoneira de madeira que foi lançada à água em Lisboa em 11 de Junho de 1873. Prestou serviço em Moçambique, Angola e Ajuda.

Em 1897 desarmou, foi abatida ao efectivo em 1900 e vendida em 1911.

Canhoneira "Quanza" (1877-1900)

Canhoneira de madeira que foi lançada à água em Lisboa em 26 de Setembro de 1877.

Prestou serviço em Angola, Ajuda, Cabo Verde e Moçambique.

Em 1897 foi mandada passar ao estado de completo desarmamento e foi vendida em 1900.

Características técnicas
Deslocamento: 587 toneladas
Dimensões:  43,58 m comp; 7,92 boca; 3,35 m calado
Armamento: (Douro) 2 rodízios de 150mm; (Tejo e Zarco) 2 peças; (Quanza) 3 peças
Propulsão: 1 máquina horizontal de baixa pressão  de 100 H.P. - 1 veio =  10 nós
Guarnição: 78 (Zarco); 100 (Douro) marinheiros