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Armada Real Portuguesa: Fragatas (1808-2...)

Fragata "Unilo" (1808-1822)
Navio português de linha de 5ª classe, construído no estaleiro da marinha na Bahia no Brasil pelo Vice-Rei do Brasil.
Fragata Unilo
Passa para o Brasil em 1823.
Características técnicas
Armamento: 50 peças de artilharia
Guarnição: 320 marinheiros (minimo)

Fragata "Diana" ex "Constituição"(1820-1831)
Fragata construída no Arsenal da Marinha, em Lisboa, por Manuel da Costa,
com o nome Constituição. Passou a chamar-se Diana em 1823.
Fragata Diana
Características técnicas
Armamento: 52 peças de artilharia
Guarnição: 400 marinheiros

Fragata "Dona Maria II" (1831-1850)
A fragata “D. Maria II” era um navio mercante “Ásia”, comprado em Inglaterra em 1831 e transformado em fragata no ano de 1832.
Fragata Dona Maria II
Explodiu em Macau no ano de 1850. A explosão deu-se no paiol que continha 300 barris de pólvora, e teria sido causada de propósito ou descuido pelo fiel da artilharia.
Características técnicas
Guarnição: 224 marinheiros (mínimo)

Fragata "D. Fernando II e Glória" (1845-2...)
A fragata "D. Fernando II e Glória", último navio exclusivamente à vela da Marinha Portuguesa, e a última nau, da denominada carreira da Índia, foi construída no estaleiro real de Damão, Estado da Índia. Foi lançado à água no dia 22 de Outubro de 1843, sendo rebocado até Goa para ser armado e aparelhado. A sua viagem inaugural foi daqui para Lisboa, em 1845, tendo chegado ao Tejo a 4 de Julho deste ano. Tinha como comandante, o capitão de fragata, Torcato José Marques.
Fragata "D. Fernando II e Glória"
Em 1865, por Portaria de 12 de Setembro, foi transferida para a fragata que se encontrava fundeada no Tejo, a Escola de Artilharia Naval, tendo funcionado aqui até 1938. Neste ano, depois de ter entrado na doca seca para ser sujeita a reparações, passou a servir de navio chefe dos navios da Armada, estacionados no porto de Lisboa.
Em 1943 passou ao estado de desarmamento.

No ano de 1963, a fragata sofreu um grande incêndio que a destruiu, tendo ficado meia submersa no Tejo, até 1992. Neste ano, foi celebrado um protocolo entre a Comissão Nacional para as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses e a Marinha, visando a recuperação do navio, devendo ficar integrado no Museu de Marinha. Após a sua recuperação, viria a destinar-se à realização de atividades, cujo objetivo seria o de divulgar o nome de Portugal, a sua história e cultura. Encontra-se atualmente em doca seca, em Cacilhas e é visitável.
A sua última viagem foi à Madeira e aos Açores em 1878.

Características técnicas
Deslocamento: 1849 toneladas
Dimensões: 48,76 m comp.; 12,80 m boca; 6,4 m calado
Armamento: 50 bocas de fogo
Guarnição: 145 marinheiros (minimo)

Papel-Moeda de Entidades não Bancarias

Para além do Banco de Lisboa, e dos Bancos do Norte, houve entidades não bancárias que emitiram papel-moeda. A União Comercial, a Empreza da Estrada de Lisboa ao Porto e a firma João de Brito, são exemplos de um fenómeno que ainda durou alguns anos.

4$800 Réis (184...) Empreza da Estrada de Lisboa ao Porto
A origem deste fenómeno é curiosa. Os documentos (notas) tiveram origem na entrega a clientes como “recibo” de adiantamento de quantias em dinheiro, para pagamento de encomendas futuras, quantias essas que venciam juros. Ao obterem autorização para serem transmitidas a terceiros e reembolsadas, foram consideradas “notas”.


4$800 Réis (1856) Firma João de Brito
9$600 Réis (1856) Firma João de Brito

Primeiras Emissões de Papel-Moeda do Banco de Portugal (1848-1891)

A 19 de Novembro de 1846 é criado o Banco de Portugal. Começou por ser apenas mais um banco, sem o monopólio da emissão de notas. 


10$000 Réis (1848-...)
Desde o início da sua actividade que se tornou num dos principais credores do Estado e, em 1887, chegou mesmo a ser autorizado o estabelecimento de um acordo que lhe concedia as funções de banqueiro do Estado e de caixa geral do tesouro.

18$000 Réis (1854-...)
 No entanto, muitas instituições bancárias, entre os quais os bancos emissores do Norte, resistiram durante alguns anos a este monopólio. 

20$000 Réis (1867-...)
As primeiras notas do Banco de Portugal foram como que a continuação das do Banco de Lisboa. Impressas a uma só cor, sobre fundo branco, muito fáceis de imitar. Com a finalidade de aproveitar o papel existente no Banco de Lisboa, o Banco de Portugal imprimiu as suas notas, durante mais de 28 anos, com a marca de água do antigo Banco emissor (até 1875).

20$000 Réis (1876)
Até 1892 as notas emitidas pelo Banco de Portugal foram manuscritas.
As notas tinham direito a reembolso (cobre, prata ou ouro) só podendo tal acontecer nas Agências do Banco de Portugal, de Lisboa, Porto ou Faro. No caso do Porto e Faro tinham carimbo identificador.

10$000 Réis (1879-1881)
5$000 Réis
Primeira emissão: 3 de Janeiro de 1883.
Ultima emissão:  24 de Maio de 1889.
Retirada da circulação: 2 de Dezembro de 1890.
Cor: Castanho amarelado.


50$000 Reis (1883-1892)
5$00 Réis
Primeira emissão: 28 de Junho de 1890
Ultima emissão: 26 de Setembro de 189.
Retirada da circulação: 26 de Setembro de 1890


5$000 Réis (1890-1891)
$200 Réis (Não Emitida)
2$500 Réis (1891-1893)
Primeira emissão: 03 de Julho de 1891
Ultima emissão: 23 de Março de 1892
Retirada da circulação: 01 de Março de 1893

1$000 Réis
Primeira emissão: 22 de Julho de 1891 
Ultima emissão: 04 de Maio de 1896
Retirada da circulação: 25 de Maio de 1896


$500 Réis
Primeira emissão: 28 de Julho de 1891 
Ultima emissão: 27  de Junho de 1899
Retirada da circulação: 29 de Maio de 1900

Armada Real Portuguesa: Fragatas (1777-1841)

 Navio de guerra superior à corveta, mas inferior à nau, geralmente com duas cobertas e mais trinta bocas-de-fogo. O seu emprego é semelhante ao de guia de esquadra, reconhecimento e combate.

Fragata "Real Fidelissima" (1777-1817)
Fragata construída no estaleiro da marinha em Damão na Índia
Fragata Real Fidelissima
Empregou-se nos serviços de guarda-costa e comboios na Índia.
 Em 1817 perdeu-se no Mar Vermelho incluída numa expedição inglesa.
Características técnicas
Propulsão: Vela
Armamento: 28 peças
Guarnição: 200 marinheiros

Fragata "N.S. das Necessidades, Tritão" (1783-1819)
Fragata construída na Ribeira das Naus em Lisboa. Embora fosse um bom navio, não
era tão veleira como se esperava.
Fragata N.S. das Necessidades, tritão
Em 1797 teve um papel importante na batalha do cabo de São Vicente entre ingleses e espanhóis.
Características técnicas
Propulsão: Vela
Armamento: 44 peças
Guarnição: 217 marinheiros

Fragata "N.S. da Graça a Fênix" (1787-1819)
Navio foi construído em São Salvador, lançado em 25 de abril de 1785 e lançado ao mar em 13 de agosto de 1787.
N.S. da Graça a Fênix
Durante as Guerras Napoleónicas , Nossa Senhora da Graça foi tomada pelos franceses durante a invasão de Portugal em 1807 . No entanto, quando Lisboa foi libertada no ano seguinte, o navio voltou ao serviço português em setembro de 1808. Em 1815, o navio partiu para o Brasil, levando a Divisão de Voluntários Reais dos soldados do Príncipe. Em 1818, o navio retornou a São Salvador após 30 meses de operação no sul do Brasil. Em 1819, o navio não era mais considerado utilizável e foi queimado.
Características técnicas
Deslocamento: 1500 toneladas
Dimensões: 49,07m comp.
Propulsão: Vela
Armamento: 44 peças
Guarnição: 379 marinheiros

Fragata "N.S. da Vitória e Minerva" (1788-1809)
O Nossa Senhora da Vitória foi construído em Lisboa e lançado ao mar em 18 de julho de 1788.
Fragata N.S. da Vitória e Minerva
Em 1807, junto com o grosso da Marinha Portuguesa, ela participou de a transferência da Corte portuguesa para o Brasil. Em junho de 1809 Minerva partiu do Brasil e em 22 de novembro de 1809 encontrou a fragata francesa Bellone onde foi capturada após longas horas de fuga.
Características técnicas
Deslocamento: 1400 toneladas
Dimensões: 47,78m comp.; 12m boca;
Propulsão: Vela
Armamento: 48 canhões, bateria principal de 18 libras
Guarnição: 349 marinheiros

Fragata "Princesa Carlota" (1791-1812)
Foi construída nos Estaleiros da Marinha da Baía (São Salvador) e lançada ao mar no dia 6 de Outubro de 1791.
 Fragata Princesa Carlota
Este navio cumpriu missões de guarda costas e de proteção e apoio aos nossos navios mercantes que cruzavam o Atlântico nos dois sentidos. Também se sabe que -em 1801- esteve no mar Mediterrâneo, integrado na frota inglesa, que desbaratou a armada franco-espanhola ao largo do cabo Trafalgar. Em 1812, esta fragata foi dada como obsoleta e levada para o Rio de Janeiro, onde se procedeu ao seu desmantelamento.
Características técnicas
Propulsão: Vela
Armamento: 44 peças de diferentes calibres
Guarnição: 420 marinheiros

Fragata "Ulisses" (1792-1807)
Foi construída no arsenal da marinha, em Lisboa, e lançada à água no dia 15 de Dezembro de 1792.
 Fragata Ulisses
Em 1793, foi incorporada (a pedido dos nossos aliados britânicos) numa esquadra de reforço das suas forças navais no Mediterrâneo ocidental. Depois, passou para águas do oceano Atlântico, onde, até 1804, assegurou a proteção dos numerosos comboios navais que transitavam entre as costas do Brasil e as da Europa. Depois de se ter exposto a grandes fabricos (também nesse ano de 1804), a armada real portuguesa decidiu mudar-lhe o nome para «Urânia». Em 1807, este navio integrou-se na grande esquadra luso-britânica que conduziu ao Brasil o rei D. João VI e a sua numerosa corte. Foi dada como perdida num naufrágio ocorrido ao largo das ilhas de Cabo Verde no dia 5 de Fevereiro de 1809.
Características técnicas
Propulsão: Vela
Armamento:  44 bocas de fogo

Fragata "Andorinha" (1797-1810)
Fragata construída no Arsenal da Marinha. Em 1804 foi classificada como corveta.
 Fragata Andorinha
Características técnicas
Propulsão: Vela
Armamento: 32 peças de artilharia
Guarnição: 166 marinheiros

Fragata "Amazona" (1798-1831)
Amazona" foi uma fragata da Marinha Portuguesa, integrante da Armada do Atlântico da Esquadra de Guerra Portuguesa em1800. Considerada uma excelente embarcação, quer pela qualidade das madeiras nela empregadas, quer pelas suas qualidades náuticas
Fragata Amazona
Desempenhou inúmeras comissões, entre as quais deu proteção a diversos comboios para o Brasil (nomeadamente a uma das maiores e mais ricas frotas enviadas ao Brasil durante a guerra com a França em 1800), participou na campanha do Rio da Prata em 1801, cruzou no Estreito de Gibraltar, conduziu deportados liberais para Angra em 1810, navegou nas águas de Santander, Madeira, Açores e Angola. Integrou a esquadra do Estreito em Setembro de 1818 e a esquadra miguelista aos Açores em 1829, tendo participado na Batalha da Praia (11 de Agosto de 1829) e no bloqueio naval da Terceira (Outubro de 1829). No contexto da Guerra Civil Portuguesa (1828-1834) acabou por ser capturada pelos franceses em1831.
Características técnicas
Dimensões: 48,16m comp.; 11,89m boca;
Propulsão: Vela
Armamento: 54 canhões
Guarnição: 349 marinheiros

Fragata "Princesa da Beira" (1798-1841)
Navio português de linha de 6ª classe, construído no estaleiro do arsenal da marinha no Pará, lançado ao mar em 1798 com o nome de ‘Princesa da Beira’
Fragata Princesa da Beira
Empregou-se em comboios e em guarda costa
Características técnicas
Propulsão: Vela
Armamento: 28 peças de artilharia
Guarnição: 200 marinheiros